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A indústria química, como nós a conhecemos hoje, é fruto de uma evolução que pode ser observada principalmente após a Segunda Guerra Mundial, com a formação ou consolidação dos principais grupos empresariais do setor e com o desenvolvimento industrial ocorrido em diversos países do mundo.
A partir da década de 60 do século XX, houve uma grande evolução no debate sobre os temas ligados à Química, que estava inicialmente voltado para os aspectos ligados à segurança das instalações e do transporte de produtos perigosos e à poluição industrial. O debate se ampliou e passou a incluir temas ligados às propriedades e características dos produtos químicos, com foco na segurança e saúde dos usuários e nos impactos ao meio ambiente. No entanto, a indústria química, a exemplo da grande maioria das instituições, atuava com o entendimento que a proteção de seus interesses deveria ser resguardada atrás de seus muros, e evitava discutir eventuais problemas com terceiros, incluindo-se aí as comunidades vizinhas às fábricas. As justificativas mais frequentes para tal comportamento eram de que os temas ligados à indústria seriam muito técnicos e complexos para que pudessem ser debatidos com leigos, ou então, que envolviam segredos industriais.
A ocorrência de grandes acidentes nas décadas de 70 e 80 levou a uma mudança deste perfil, uma vez que trouxe impactos significativos do ponto de vista econômico e de imagem para o segmento. A pressão crescente da sociedade levou a indústria química mundial a repensar a suas estratégias de segurança e de relacionamento com o público que poderia ser afetado por seus processos e produtos.
Em 1984 a Canadian Chemical Producers Association – CCPA criou o Responsible Care, estabelecendo novas diretrizes para as questões de segurança dos processos, produtos, a segurança dos trabalhadores e para a proteção ambiental.
Posteriormente adotado por outros países, o Responsible Care é coordenado e liderado pelo ICCA - International Council of Chemical Associations (Conselho Internacional das Associações da Indústria Química), e representa uma estratégia da indústria química mundial para impulsionar a melhoria contínua em saúde, segurança e meio ambiente juntamente com uma comunicação aberta e transparente com as partes interessadas. Em constante evolução, o Responsible Care® abrange o desenvolvimento e aplicação da química sustentável , permitindo a indústria de atender à crescente demanda mundial por produtos químicos. Essa diretriz se refletiu no lançamento, em 2006, da Responsible Care Global Charter na International Conference on Chemicals Management (SAICM ) ocorrida em Dubai.
Neste documento foi firmado o compromisso com o Responsible Care®, concentrando-se em pontos importantes, como o desenvolvimento sustentável, a gestão eficaz dos produtos químicos ao longo da cadeia de valor, uma maior transparência da indústria e melhor harmonização e coerência de Responsible Care em todo o mundo. Atualmente adotado em 53 países o programas está em diferentes estágios de desenvolvimento, e seu monitoramento é coordenado pelo ICCA Responsável Leadership Group Care.
No Brasil a Abiquim lançou em 1992 o Programa Atuação Responsável® como uma iniciativa destinada a apoiar a indústria química a ela associada na gestão de suas atividades em saúde, segurança e meio ambiente.
A criação de uma comissão especial, pela então Diretoria da Abiquim, hoje denominado Conselho Diretor, teve como missão e avaliar a oportunidade do desenvolvimento no Brasil de um programa nos moldes do Responsible Care®. Coordenada pelo então Diretor-Presidente da Union Carbide do Brasil, Dr. Jean Daniel Peter, após um ano de análise sobre o conceito e conteúdo dos programas existentes na ocasião, em especial os que haviam no Canadá e Estados Unidos, concluiu que a Abiquim deveria desenvolver sua própria iniciativa, tomando por base o modelo americano, preferido por sua estrutura de Códigos de Práticas Gerenciais e pelo fato de ser mais amplamente conhecido nas empresas.
O nome Atuação Responsável foi escolhido como o nome do programa no Brasil e a iniciativa foi publicamente adotada pela Abiquim em uma cerimônia de assinatura dos primeiros “Termos de Adesão” por parte de empresas associadas, ocorrida na sede da associação. Seu lançamento marcou o início de uma postura de pró-atividade, transparência e diálogo com as partes interessadas na indústria, com uma proposta de continuidade e responsabilidade, independentemente da existência de legislação. Sua continuidade representa o “compromisso com a sustentabilidade” do setor químico brasileiro.
No quadro a seguir constam os principais fatos relacionados ao Programa:
1991 |
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1992 |
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1993 |
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1994 |
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1995 |
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1996 |
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1997 |
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1998 |
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1999 |
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2001 |
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2002 |
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2003 |
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2004 |
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2005 |
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2006 |
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2007 |
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2008 |
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2009 |
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2010 |
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2011 |
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2012 |
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2013 |
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2014 |
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2016 |
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2017 |
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