Apagão e paradas para manutenção fazem vendas e produção do setor químico caírem em setembro

Quinta-Feira, 31 de Outubro de 2013

Indústria química brasileira havia registrado resultados positivos em junho e julho com a adoção da MP 613

Após duas altas consecutivas entre junho e julho, o índice de quantum das vendas internas teve recuo de 8,77% em setembro de 2013, sobre uma redução de 2,81% em agosto. No bimestre agosto-setembro, as perdas chegaram a 11,3% para a média do segmento. A produção também caiu 1,44% em setembro, mas essa queda foi menor que a de 3,63% registrada em agosto, acumulando redução de 5,0% nos últimos dois meses. De acordo com a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, apesar de negativos, os resultados de setembro já eram esperados, por conta da parada programada de cerca de 40 dias para manutenção na unidade de petroquímicos básicos, da Braskem, no pólo de Camaçari-BA, que teve início em meados de setembro. “Esse é um fato absolutamente normal nos pólos petroquímicos e em empresas que operam em regime contínuo. De tempos em tempos, precisam interromper as operações para manutenção. O problema é que a parada foi precedida pelo apagão de energia elétrica, que atingiu toda a região Nordeste em agosto e impactou nos resultados  entre final de agosto e início de setembro”, explica Fátima Giovanna. 

Apesar dos resultados negativos, no acumulado de janeiro a setembro, sobre igual período do ano passado, as taxas ainda são positivas, embora com desaceleração: produção +0,61% e vendas internas +0,77%. Parte expressiva desse desempenho pode ser atribuída à desoneração de PIS/Cofins sobre a compra de matérias-primas da primeira e da segunda geração petroquímica, estabelecida pela medida provisória 613/2013, no início de maio, e convertida na Lei 12.859 no início de setembro.

Para os produtos acompanhados na análise do Relatório de Acompanhamento Conjuntural (RAC), o volume exportado caiu 5,6% de janeiro a setembro de 2013, sobre iguais meses do ano anterior, enquanto o volume importado, dos mesmos produtos, teve crescimento de 24,2%, apesar da desvalorização do real. O consumo aparente nacional (produção mais importação menos exportação), que mede a demanda nacional por produtos químicos, registrou aumento de 7,7% de janeiro a setembro deste ano, também em relação a igual período do ano anterior. 



Informações à Imprensa:
Allcomm Partners
Ligia Leme 
 ligia@allcommpartners.com.br / (11) 96152-7788
Mario Henrique
 mh@allcommpartners.com.br  / (11) 99651-8706