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Abiquim organiza fórum com setores clientes da cadeia do plástico
Terca-Feira, 20 de Abril de 2021
Objetivo é aumentar a competitividade do setor químico e dos segmentos clientes
A Abiquim iniciou em abril reuniões com as associações setoriais, que representam clientes diretos e indiretos do segmento de resinas termoplásticas, com o objetivo de criar uma linha de comunicação direta entre os produtores de resinas termoplásticas e os setores clientes para debater ações que visam garantir um fluxo eficiente dos produtos, reduzir os custos e gerar maior competitividade aos produtores de resinas plásticas, ao setor transformador de resinas e ao setor produtivo cliente dos plásticos utilizados em suas mais diversas finalidades.
Na primeira quinzena de abril, a Abiquim e os fabricantes de resinas termoplásticas integrantes da Comissão Setorial de Resinas Termoplásticas (Coplast) da entidade promoveram reuniões individuais com executivos da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), Associação Brasileira dos Distribuidores de Resinas Plásticas e Afins (Adirplast), Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Associação Brasileira de Fibras Poliolefínicas (Afipol), Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros).
Durante as reuniões houve relatos de uma redução na produção dos setores clientes e, como resultado, diminuição da demanda dos produtores de resinas termoplásticas nos meses de abril e maio de 2020. No entanto, a recuperação da economia e por consequência da produção, além da recomposição dos estoques dos setores clientes logo no terceiro trimestre de 2020 geraram aumento na demanda de resinas. Mas, a segunda onda da pandemia de Covid-19 em 2021, que incluiu a restrição na circulação das pessoas e mesmo o fechamento do comércio nos meses de março e abril, geram incertezas sobre a produção da maior parte dos setores clientes, que esperavam ter um desempenho em patamares superiores ou mesmo equivalente aos obtidos em 2019.
Além de abastecer seus clientes regulares, os produtores nacionais de resinas termoplásticas também passaram a receber pedidos de empresas que compravam resinas de produtores estrangeiros. A busca por resinas nacionais deve-se à redução na disponibilidade de resinas termoplásticas no mercado internacional causada por paralisações devido à Covid-19 e eventos climáticos, e pela recuperação econômica global em escala global, a partir do terceiro trimestre de 2020. Outra dificuldade apontada para se importar resinas deve-se à elevação no preço do frete internacional.
O desequilíbrio na oferta e demanda das resinas termoplásticas vem ocorrendo desde o segundo semestre de 2020 e as projeções dos fabricantes brasileiros são de que esse reequilíbrio ocorra ainda no primeiro semestre de 2021, sendo que as empresas nacionais possuem capacidade de produção maior do que a demanda do mercado e ela está em plena carga. No entanto, preocupa o setor produtor de resinas e os clientes a possibilidade da recuperação econômicas nos países com a vacinação acelerada e maior controle da pandemia, o que pode gerar um aumento nos preços das matérias-primas da indústria química no mercado internacional.
Nas reuniões foram esclarecidas dúvidas dos setores clientes sobre a precificação das resinas termoplásticas, que é influenciada pelo aumento nos custos da matéria-prima, cuja precificação é baseada em referências internacionais e pela desvalorização do real frente ao dólar.
Foi constatado que existe a necessidade de uma ação conjunta da indústria para a redução do Custo Brasil, da Reforma Tributária, de uma abertura comercial cadenciada, responsável, realizada simultaneamente com a redução do Custo Brasil, que aconteça de forma multilateral, beneficiando a população e a indústria nacional. O debate com as associações ainda permite fortalecer a indústria, o planejamento da cadeia de forma integrada e o desenvolvimento de um setor capaz de se desenvolver e se regular sem a intervenção do governo.
Os impactos da Medida Provisória (MP) 1.034, de 1º de março de 2021, que extingue o Regime Especial da Indústria Química (REIQ) foram lembrados nas reuniões com os demais setores que serão afetados pela MP.
Além das associações, que já se reuniram com a Abiquim e os fabricantes de resinas termoplásticas integrantes da Comissão Setorial de Resinas Termoplásticas (Coplast), também serão agendadas reuniões com outras associações que estiveram em agenda com a Cadeia do Plástico, realizada em março deste ano pela Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade (Sepec), do Ministério da Economia.