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Déficit em produtos químicos deverá ser de US$ 29,3 bilhões, em 2020, com recorde de mais de 50 milhões de toneladas importadas
Terca-Feira, 17 de Novembro de 2020
Transformação do processo de recuperação em retomada sustentável do crescimento econômico depende de agenda de competitividade
No acumulado do ano, até outubro, as importações de produtos químicos somaram US$ 33,8 bilhões e as exportações chegaram a US$ 9,1 bilhões, reduções de respectivamente 10% e de 15,9% na comparação com igual período de 2019. Como resultado, o déficit na balança comercial de produtos químicos, entre janeiro e outubro, somou US$ 24,7 bilhões, o que representa uma redução de 7,6% em relação ao mesmo período do ano passado.
Os fertilizantes e seus intermediários permaneceram, entre janeiro e outubro, como o principal item da pauta de importações químicas, respondendo por 19,7% do total das importações em valor (US$ 6,6 bilhões) e por 68,6% das quantidades importadas (28,6 milhões de toneladas). Por sua vez, as resinas termoplásticas, apesar de permaneceram como principais produtos químicos exportados pelo País, US$ 1,2 bilhão no acumulado do ano, tiveram uma forte queda de 26,8% nas vendas ao exterior, em comparação com 2019, resultado do firme comprometimento da indústria nacional em manter o mercado doméstico atendido, particularmente no processo de recuperação da atividade econômica dos últimos meses.
Em outubro, especificamente, o Brasil importou US$ 3,5 bilhões em produtos químicos, valor que representa redução de 17,5% na comparação a igual mês do ano anterior, ao passo que o valor exportado, de US$ 830 milhões, significou uma redução de 19% na mesma comparação.
De acordo com projeções da própria Abiquim, até o final do ano deverá ser registrado um déficit da ordem de US$ 29,3 bilhões. Até dezembro, as importações deverão totalizar US$ 40,2 bilhões, ao passo que as vendas externas US$ 10,9 bilhões, recuos de respectivamente 8,9% e 13% em relação ao ano de 2019. Em termos de volumes, por sua vez, deverá ser registrado recorde em quantidades importadas, de praticamente 50,4 milhões de toneladas, e uma movimentação de 14,3 milhões de toneladas exportadas, respectivamente aumentos de 5,8% e de 2,8%, na mesma comparação com o ano passado.
Para o presidente-executivo da Abiquim, Ciro Marino, os resultados da balança comercial setorial e dos indicadores conjunturais do mercado interno apontam que o pior momento econômico parece ter ficado para trás e que 2021 ainda será bastante desafiador, mas igualmente com muitas oportunidades. “Sem dúvida, a indústria química brasileira foi decisiva no enfrentamento da pandemia e dos seus graves impactos na saúde pública, na economia e na sociedade, provendo as soluções em qualidade e quantidades necessárias para as várias cadeias produtivas, muitas delas na ‘linha de frente’ de combate à Covid-19. Agora o momento é de pensar como serão os próximos meses e entendemos que a transformação desse atual processo de recuperação em uma efetiva retomada sustentável do crescimento econômico, em 2021, estará condicionada, além de evidentemente sermos eficazes contra o coronavírus, à concretização de uma sólida agenda de competitividade, alicerçada na regulamentação do novo mercado do gás, em modernização da infraestrutura, particularmente logística, e nas reformas estruturantes, como a tributária”, destaca Marino.