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Papel da Plasticultura no agronegócio brasileiro é debatido por especialistas do setor
Terca-Feira, 29 de Setembro de 2020
Reprodução: YouTube/Abiquim
A Abiquim realizou, no dia 18 de setembro, a live “Plasticultura: perspectivas de mercado”, dentro da programação de lives “Química em Pauta”, com a participação do gerente geral da NaanDanJain Brasil & Suporte América do Sul, Antonio Alfredo Teixeira Mendes; do gerente de Produto e Marketing da BASF América do Sul, Pedro Chuqui; e do diretor dos Negócios de Agro, Infra e Indústrias da Braskem, Renato Yoshino de Lima.
A moderação do debate foi feita pelo presidente-executivo da Abiquim, Ciro Marino; e pela gerente de Comunicação da Associação, Camila Matos. Durante a live, os convidados ressaltaram como a plasticultura pode auxiliar o agronegócio nacional a aumentar sua produção em uma área menor, com menos perdas e por consequência utilizando menos recursos naturais.
Além abordar o tema plasticultura, a live apresentou a Subcomissão de Plasticultura, vinculada à Comissão Setorial de Termoplásticos (COPLAST) da Abiquim, composta pelas empresas BASF, Braskem, Cabot, Clariant, Croda e ExxonMobil. Durante a transmissão, o presidente-executivo da Abiquim, Ciro Marino, convidou mais empresas do setor a fazerem parte da Subcomissão, cujos principais objetivos são: levar informação sobre o uso correto dos produtos, a qualidade dos produtos e a economia circular.
Segundo o diretor dos Negócios de Agro, Infra e Indústrias da Braskem, Renato Yoshino de Lima, além do aumento na produtividade, a plasticultura também possibilita aumentar a qualidade dos produtos e a redução dos desperdícios. “O plástico pode ser usado em telas para o sombreamento das plantações; em proteções anti insetos; nas canaletas para o transporte de água; em vasos para culturas que não são plantadas diretamente no solo; nas estruturas para proteger o desenvolvimento de mudas; no ‘mulching’, onde um filme plástico é utilizado para prevenir a absorção da água pelo solo, técnica usada na produção de morango e melão; na proteção de frutas em tempos frios; além de outras aplicações como na piscicultura (cultivo de peixes e outros organismos aquáticos); na carcinicultura (cultivo de camarões); nos bebedouros e comedouros das granjas; e nos implementos agrícolas”, explica Lima.
O papel do agronegócio na economia brasileira também foi ressaltado pelos convidados que destacaram as qualidades do solo, do clima, a disponibilidade de tecnologia e conhecimento do produtor rural local. O gerente de Produto e Marketing da BASF América do Sul, Pedro Chuqui, afirmou que o agronegócio é um dos mais importantes setores da economia nacional, sendo que o País exerce um importante papel no panorama mundial como fornecedor e produtor de alimentos. “O agronegócio é uma indústria em processo de inovação e, diferente de outros países, conseguimos fazer de duas a três safras por ano. Da porteira para dentro, o Brasil tem muito a ensinar, em termos de tecnologia e know-how de produção. O País ainda pode expandir as terras cultiváveis sem comprometer a sustentabilidade”.
O mercado da plasticultura no Brasil ainda tem espaço para crescer, o que geraria resultados positivos para a produção nacional e de acordo com o gerente geral da NaanDanJain Brasil & Suporte América do Sul, Antonio Alfredo Teixeira Mendes, a plasticultura no Brasil ainda é um segmento de nicho perto do que existe na Europa e na China. “Com uma adoção maior das tecnologias da plasticultura, o Brasil poderia aumentar sua produção de grãos de 250 milhões de toneladas para 500 milhões de toneladas”.
A sustentabilidade também foi lembrada pelos convidados, que ressaltaram a necessidade de pensar na destinação final dos produtos usados na plasticultura e no uso do polietileno verde. “O plástico contribui na economia de recursos e isso também precisa entrar nessa discussão. Se pensarmos em sustentabilidade não podemos simplificar o tema”, lembra Pedro Chuqui, da BASF. “Algumas aplicações já estão bem endereçadas com relação ao reúso e outras estão bem em relação ao destino final. Além de desenvolver a tecnologia do próprio produto, é preciso ter o ciclo fechado para que elas não tenham qualquer tipo de invulnerabilidade e comprometam a sustentabilidade no futuro”, completou Renato Yoshino de Lima, da Braskem.
No caso do polietileno verde, Antonio Alfredo Teixeira Mendes, da NaanDanJain Brasil, afirmou que ele já é usado no agronegócio. “Colocamos no mercado, junto com a Braskem, o polietileno verde, inclusive trazendo na mensagem da cana para a cana, porque foram em projetos de grande porte do setor sucroenergético, onde aplicamos o produto renovável que ajudará a produzir mais cana-de-açúcar”.
A Subcomissão de Plasticultura da Abiquim tem como um dos seus objetivos levar informação sobre a correta utilização das soluções plásticas para os canais de venda e produtores rurais. Ela possui uma parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para a capacitação de produtores e extensionistas rurais, que levam conhecimento adquirido na Embrapa aos produtores espalhados pelo País.
Mais informações sobre a Subcomissão de Plasticultura com a assessora de Comissões Setoriais da Abiquim, Carolina Ponce de León, pelo e-mail: carolina.poncedeleon@abiquim.org.br.
Clique aqui para assistir a live “Plasticultura: Perspectivas de Mercado” no canal da Abiquim no YouTube.