Identificação
Trocar a senha
Cadastre-se
Título
APOIO:
ANUNCIE
AQUI
Versatilidade do silicone como provedora de soluções em inúmeros setores é destacada por executivos do setor
Segunda-Feira, 06 de Julho de 2020
Reprodução: YouTube/Abiquim
A Abiquim realizou, no dia 3 de julho, a live “Importância do silicone durante e pós a pandemia de Covid-19”, com a participação do presidente da Elkem Silicones Brasil, Lucas Freire; do gerente geral para a América Latina da Momentive Performance Materials e vice-coordenador da Comissão Setorial de Silicones da Abiquim, Paulo Vianna; a líder técnica de Performance Silicones da Dow Brasil e coordenadora da Comissão Setorial de Silicones da Associação, Renata Campos; do diretor de Químicos de Performance – Divisão de Silicones da WACKER, Valter Araujo; com moderação do presidente-executivo da Abiquim, Ciro Marino; e da gerente de Comunicação da Associação, Camila Matos.
“O silicone é um produto que pode ser moldado em formatos diferenciados para se adaptar a cada tipo de aplicação, ele é resistente a temperaturas extremas positivas e negativas, é hidro repelente, impermeável a gases, hipoalérgico e não conduz eletricidade, essas características permitem que o silicone seja aplicado em diversos segmentos industriais, que visam o bem-estar da população”, explicou o presidente da Elkem Silicones Brasil, Lucas Freire.
A líder técnica de Performance Silicones da Dow Brasil e coordenadora da Comissão Setorial de Silicones da Abiquim, Renata Campos, também avaliou os efeitos da pandemia de Covid-19 no setor. “Alguns mercados sofreram mais e outros menos. O setor automotivo ficou parado em março e abril, os setores têxtil e de maquiagem também foram afetados. Mas em outras cadeias como da saúde, onde o silicone é usado em máscaras, nos tubing entre outras aplicações o saldo foi positivo, assim como no setor de embalagens, papelão e rótulos, que são usados em produtos de home care. O silicone ainda é usado em amaciantes, sabão e cuidados com superfície, que também tiveram saldo positivo. Tivemos alguns balanços (para cima e para baixo) e outros setores que ficaram flat, como agroquímicos e alimentos”.
O diretor de Químicos de Performance – Divisão de Silicones da WACKER, Valter Araujo, explicou que o consumo per capita de silicone no Brasil ainda é baixo em comparação com o mercado norte-americano e europeu. “O silicone acrescenta tecnologia na cadeia de vários produtos e é papel do setor mostrar aos segmentos clientes como eles podem usar o silicone para agregar valor ao seu produto. Para que isso se concretize precisamos mostrar as vantagens do produto e fazer com que o conhecimento seja transferido aos setores clientes. Continuamos trazendo conhecimento e inovações em um produto fabricado há 70 anos no Brasil e as novidades mundiais estão disponíveis no mercado local e continuamos ensinado à cadeia como utilizar os silicones”.
Sobre a demanda de silicones, o presidente da Elkem Silicones Brasil, Lucas Freire, completa: “o Brasil corresponde a 1,5% do consumo mundial de silicone e em qualquer economia desenvolvida do mundo, que domina a tecnologia investe em silicones. O consumo no País é cinco vezes menor do que nos EUA e Europa, porque nossa economia cresce pouco, nosso poder de compra é menor e falta regulamentação dos mercados o que geraria uma demanda maior de silicones por suas características e sua agregação de valor em diversos setores”.
A líder técnica de Performance Silicones da Dow Brasil e coordenadora da Comissão Setorial de Silicones da Abiquim, Renata Campos, explicou que as empresas da Comissão têm feito doações para contribuir no combate à Covid-19. “O setor doou mais de 25 toneladas de álcool em gel para universidades, que foi destinado à fabricação de álcool em gel, as empresas adaptaram a produção para fazer álcool em gel, que foi doado a hospitais. Foram doados mais de 25 mil dólares para catadores das cooperativas de reciclagem, que em virtude da situação de pandemia não tinham produtos para recolher e trabalhar, colaboração com clientes locais para doação de colchões na Bahia, além de cestas básicas para comunidades carentes e bombonas para armazenamento de álcool em gel”. A coordenadora da Comissão também explicou que o setor adaptou as plantas para aumentar a segurança dos trabalhadores e reconheceu o esforço dos funcionários da indústria química que trabalham para manter o fornecimento de produtos essenciais.
Além de gerar novos protocolos e preocupações com a higiene, a pandemia de Covid-19 alterou vários aspectos culturais nas empresas, explicou o gerente geral para a América Latina da Momentive Performance Materials e vice-coordenador da Comissão Setorial de Silicones da Abiquim, Paulo Vianna. “Isso vai refletir no novo normal, que ainda tem como pontos relevantes a economia insular, pois chamou a atenção durante a crise a extrema dependência da economia, que se globalizou demais”, afirmou Vianna. O vice-coordenador da Comissão Setorial de Silicones da Abiquim explicou que a digitalização aumentou e a pandemia forçou a realização de mais videoconferências. “O e-commerce e as plataformas de comunicação vão crescer e o silicone tem papel importante nas tecnologias de comunicação por sua resistência a elevadas temperaturas, pois todos os circuitos eletrônicos operam com ondas de calor elevadas”.
Outros temas
Durante a live, também foram recebidas perguntas sobre outros temas relacionados ao setor de silicones.
Como o Segmento de Silicone vê a gestão de resíduos contidos na embalagens industriais a partir da logística reversa destas embalagens? Existe alguma regulamentação especifica para o setor?
Já existem trabalhos implementados em diferentes setores que utilizam silicone como ingrediente em suas produções. Sustentabilidade tem sido um ponto de discussão constante dentro de nossa comissão e com certeza a logística das embalagens já faz parte de nossa agenda. Não existe uma legislação específica para a área de silicones e as práticas que adotamos são as já estabelecidas pela indústria química em geral. (Valter Araujo/WACKER)
Falou-se muito sobre a questão da sustentabilidade do silicone e economia de energia, porém há também um consumo importante na fabricação a partir de sílica. Qual é o balanço final?
Excelente questão. Existe um material disponível no site da Comissão Global de Silicones que mostra exatamente o balanço de carbono dentro da cadeia de fabricação que pode ser visto no link: (https://www.siliconescarbonbalance.eu/). Ele mostra que o uso de produtos de silicone na Europa, América do Norte e Japão permite uma redução de CO2 equivalente a 52 milhões de toneladas por ano. (Valter Araujo/WACKER)
Como vocês veem a importância de termos matérias primas locais para produção de silicone no Brasil? Qual o percentual de matérias primas locais para essa indústria?
Atualmente as matérias primas básicas para a cadeia de transformação ainda são importadas, conforme exemplificado durante a live. O Brasil já é produtor de silício metálico que é matéria prima fundamental na fabricação dos silanos e siloxanos. Esta matéria prima é exportada e retorna ou na forma de silicones já manufaturados ou como matéria prima que utilizamos na fabricação dos insumos da cadeia em suas diversas aplicações. A utilização de matérias primas locais vai ocorrer na transformação destas bases, como por exemplo os tensoativos e bactericidas utilizados na fabricação de emulsões e antiespumantes. (Valter Araujo/WACKER)
Temos sempre o interesse de desenvolvermos fornecedores locais, na medida que atendam as nossas necessidades, em termos de especificação e disponibilidade local. Infelizmente, não temos a informação de porcentagem de matérias-primas locais para divulgação. (Lucas Freire/Elkem Silicones Brasil).
Quais setores em que o silicone pode auxiliar em uma transformação tecnológica para o futuro?
Algumas áreas muito importantes que podem ser impactadas na transformação tecnológica:
- na área automotiva, pois graças às características de isolamento térmico e elétrico, as novas baterias utilizadas em carros elétricos só são viáveis devido à utilização do silicone;
- na construção civil os elementos estruturais muito mais leves e resistentes, como as placas de fibro-cimento tratadas com silicones e tintas formuladas a base de resinas de silicone de altíssimo desempenho e durabilidade;
- em energias renováveis a geração de energia elétrica a partir de módulos solares, em ampla expansão aqui no Brasil, só é possível de serem construídos e implementados devido às características de isolamento térmico e elétrico e a longa durabilidade dos elastômeros de silicone. (Valter Araujo/WACKER)
O silicone está presente em todos os setores, e é um componente essencial para inúmeras aplicações. No quesito inovação e transformação, destaco dentro da tendência digital os setores de eletrônicos (LED, smartphones, tablets, laptops, etc) e de comunicação 5G, na parte de transportes, os setores automotivo (carros elétricos) e aero espacial, e finalmente em cuidados com a saúde (próteses que replicam articulações protéticas artificiais em impressão 3D). (Paulo Vianna/Momentive Performance Materials)
Clique aqui para assistir a live “Importância do silicone durante e pós a pandemia de Covid-19” no canal da Abiquim no YouTube.