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Representantes da academia e indústria analisam as adaptações do setor químico para o momento e o futuro pós-pandemia

Segunda-Feira, 18 de Maio de 2020

Foto: Reprodução YouTube/Abiquim


A Abiquim realizou, no dia 15 de maio, a live “Indústria Química no Enfrentamento à Covid-19: Cenários Durante e Pós-Pandemia”, que teve a participação do economista, diretor da consultoria Elabora e professor assistente-doutor da Escola Politécnica da USP, João Furtado; e do coordenador da Comissão Temática de Economia e Competitividade da Abiquim e presidente da Deten Química, José Luís Gonçalves de Almeida; com mediação do presidente-executivo da Abiquim, Ciro Marino; e da gerente de Comunicação da Associação, Camila Matos. 

O presidente da Deten Química e coordenador da Comissão Temática de Economia e Competitividade da Abiquim, José Luís Gonçalves de Almeida, afirmou que principal preocupação do setor é com a segurança de seus colaboradores. “Entre as medidas tomadas pelo setor visando a segurança dos colaboradores, incluíram ações como o afastamento dos funcionários enquadrados no grupo de risco, a adoção do trabalho remoto pelos colaboradores da área administrativa e mudanças nos turnos de trabalho em acordo com os sindicatos trabalhistas”. 

O professor da USP, João Furtado, explicou que a Covid-19 deverá gerar mudanças nos hábitos das pessoas até a criação de uma vacina, o que segundo ele pode levar até 18 meses para acontecer. “A vida precisará seguir com o máximo de inteligência e respeito aos terceiros”. 

Essa mudança nos hábitos de vida, incluindo as atividades profissionais aceleraram alguns processos na indústria. Segundo Almeida, a pandemia acelerou processos que já estavam em curso como a adoção do trabalho remoto, a maneira que as reuniões são organizadas e a digitalização de processos industriais. “Acredito que essas formas de trabalho serão implementadas cada vez mais”. 

A importância do fluxo de caixa e crédito para a manutenção da cadeia produtiva foi destacada pelos convidados. “Há um problema muito grave, que é perder cadeias inteiras se nós não nos organizarmos. Sou um entusiasta e acompanho a química há mais de 20 anos, a virtude de se relacionar com várias cadeias vai ser posta a prova. Precisamos olhar e ver o que podemos fazer. Porque se eles (clientes) não sobreviverem, a química terá mais dificuldades. O desafio é reestruturar a forma de olhar os clientes afetados pela pandemia de forma diferente uns dos outros”, avalia o professor João Furtado. 

Segundo o coordenador da Comissão Temática de Economia e Competitividade da Abiquim, José Luís Gonçalves de Almeida, as grandes empresas estenderam os prazos de recebimento de pagamentos. “O cliente que hoje precisa é o parceiro de amanhã, só existimos por causa deles. Nossas empresas precisam entender como ajudar, principalmente os pequenos que não tem recursos, para manter os clientes do futuro”. 

O professor João Furtado deu um conselho para empresários de todos os segmentos: pensar e estudar as possibilidades futuras. “As empresas precisam destacar uma pessoa para cuidar dos temas que estão surgindo. A realidade está impondo desafios que não cabem no organograma. É necessário destacar uma célula inteligente e capaz para fazer isso oito horas por dia, cinco dias da semana, como mitigar os riscos e avaliar quais países tem experiências bem sucedidas. É indispensável tratar a crise como algo sério. Pessoas destacadas para isso, que possam acionar os níveis hierárquicos e recolher as experiências para orientar a organização”, finaliza. 

A próxima Live da Abiquim será realizada no dia 22 de maio, às 14 horas e será focada nos desafios logísticos em meio à pandemia. Mais detalhes nos canais da Abiquim durante a semana.

Clique aqui para acessar o canal da Abiquim no YouTube e assistir a live “Indústria Química no Enfrentamento à Covid-19: Cenários Durante e Pós-Pandemia”.