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Notícias Abiquim

“Indústrias que usam gás têm vantagem de quase 80% sobre as que usam petróleo”, analisa consultora

Quarta-Feira, 11 de Setembro de 2013



Palestras debatem o impacto do shale gas sobre a indústria química


A equipe de Economia e Estatística da Abiquim, em parceria com a IHS Insight, promoveu uma palestra sobre o impacto do shale gas sobre a indústria química nos Estados Unidos e na América Latina. Os consultores da IHS Insight, Rina Quijada e Peter Feng, apresentaram um panorama histórico e os aspectos da atual ascensão da competitividade da indústria petroquímica norte-americana, atribuída às novas técnicas de extração do shale gas, além das perspectivas para o futuro dos Estados Unidos e da América Latina, sob o ponto de vista das oportunidades do gás não convencional. O evento aconteceu na última sexta-feira, 6 de setembro, no Hotel Estanplaza, em São Paulo, onde estiveram presentes representantes da indústria química e petroquímica, o presidente-executivo da Abiquim, Fernando Figueiredo, e o deputado federal Vanderlei Siraque (PT/SP), que também é presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Competitividade da Cadeia Produtiva do Setor Químico, Petroquímico e Plástico do Brasil.

Segundo a palestrante Rina Quijada, diretora na América Latina da IHS Insight, nos anos 2000, não havia perspectivas para as indústrias dependentes do gás como matéria-prima nos Estados Unidos. “As expectativas eram tão pessimistas, que se previa que os Estados Unidos se tornariam importador de resinas. Com a nova tecnologia, esperamos para 2020 um grande aumento na proporção de uso do shale gas nos Estados Unidos, em relação ao gás convencional”, explicou. Ainda segundo Rina, a América Latina também tem grandes reservas de gás não convencional, entretanto enfrenta os desafios da logística e a dificuldade de fornecer suprimentos para a tecnologia de extração. 

Rina também relacionou a revolução do shale gas com os preços do petróleo. De acordo com a consultora, apesar de esse gás ter sido descoberto há muitos anos, o petróleo era barato e não permitia condições de competitividade para se investir na extração do gás não convencional. Mas ela analisa que o cenário mudou. “Em 2013, aqueles que usam etano, propano e gás natural (metano) têm uma vantagem econômica de quase de 80% sobre as indústrias que utilizam derivados do petróleo”, comparou. Devido à competitividade que o gás proporciona à indústria química, Rina afirmou que as empresas que se deslocaram para outros países em busca de melhores condições para produzir, estão, agora, voltando aos Estados Unidos e incrementando o volume de investimentos no país.

Na sequência, o deputado Vanderlei Siraque falou sobre a criação da Frente Parlamentar e da aprovação da MP 613, a fim de defender a cadeia química e petroquímica. “Só existe país forte economicamente desenvolvido se tiver uma indústria química competitiva”, afirmou. 

Já, o palestrante Peter Feng, diretor de Aromáticos da IHS Insight, destacou as transformações às quais a exploração de shale gas está levando os Estados Unidos. “O sistema de logística do país está mudando, devido às novas explorações”, observou. Peter destacou também as oportunidades que advirão do tight oil. “O tight oil vai transformar as refinarias e a paisagem petroquímica”, previu, mas lembrou o grande percurso que há para ser percorrido até lá. “Nós ainda estamos nos estágios iniciais da transformação. Os produtores petroquímicos terão de se adaptar ao novo ambiente para poder prosperar”, alertou.

As apresentações realizadas durante o evento estão disponíveis na área Notícias do Espaço do Associado. Acesse com seu login e senha.


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Mario Viana 
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