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Déficit em produtos químicos deverá bater recorde com US$ 32,1 bilhões em 2019

Terca-Feira, 19 de Novembro de 2019

Setor químico, um dos mais abertos da economia brasileira, defende inserção internacional via acordos comerciais com parceiros estratégicos



No acumulado do ano, até outubro, as importações de produtos químicos somaram US$ 37,6 bilhões e as exportações chegaram a US$ 10,5 bilhões, respectivamente aumento de 4,9% e retração de 6,9% na comparação com igual período de 2018. Como resultado, o déficit na balança comercial de produtos químicos, entre janeiro e outubro, somou US$ 27,1 bilhões, o que representa um crescimento de 10,4% em relação ao mesmo período do ano passado. 

Os fertilizantes e seus intermediários permaneceram, entre janeiro e outubro, como o principal item da pauta de importações químicas, respondendo por 20,9% do total das importações em valor (US$ 7,8 bilhões) e por 66,6% das quantidades importadas (26,4 milhões de toneladas). As resinas termoplásticas, por sua vez, foram os principais produtos químicos exportados pelo País, com vendas ao exterior de US$ 1,5 bilhão, em uma forte redução de 11,6%, no contexto do ritmo lento do comércio internacional marcado pelo agravamento das tensões comerciais entre EUA e China e do instável momento econômico vivido pela Argentina, principal parceiro comercial em produtos químicos.

Em outubro, especificamente, o Brasil importou US$ 4,3 bilhões em produtos químicos, valor que representa aumento de 1,4% na comparação a igual mês do ano anterior, ao passo que o valor exportado, de US$ 1 bilhão, significou uma redução de 21,8% na mesma comparação.

De acordo com projeções da Abiquim, até o final do ano deverá ser registrado um déficit superior a US$ 32,1 bilhões, maior registro histórico setorial desde o início do acompanhamento da balança comercial em produtos químicos, que remonta a 1991, fato que corrobora a centralidade da preocupação da Abiquim quanto ao processo de inserção comercial internacional da economia brasileira. 

Até dezembro, as importações deverão totalizar US$ 45,2 bilhões, ao passo que as vendas externas US$ 13,1 bilhões, respectivamente aumento de 4,3% e redução de 4,2% em relação ao ano de 2018. Em termos de volumes, por sua vez, deverão ser registradas movimentações de 48,6 milhões de toneladas importadas e de 13,6 milhões de toneladas exportadas, respectivamente aumentos de 7,6% e de 1,1%, na mesma comparação.

Para a diretora de Assuntos de Comércio Exterior da Abiquim, Denise Naranjo, os resultados recordes da balança comercial no ano reiteram que o setor químico já é um dos mais abertos da economia brasileira e acentuam ser fundamental o correto dimensionamento do tempo e do gradualismo na inserção internacional, por meio de um processo dialogado e transparente, condicionado ao incremento da competitividade com as reformas estruturais da economia brasileira, garantindo um ambiente de negócios seguro e previsível. “Tanto o presente quanto o futuro de toda a indústria brasileira, especialmente a química, estão em pauta e é exatamente por isso que o setor químico defende um processo de inserção internacional amparado em avaliação de impacto econômico e regulatório, dialogado, transparente e condicionado à redução progressiva do “Custo Brasil”, e que compreenda a agenda de ampliação da rede de acordos internacionais de comércio com parceiros estratégicos, de implementação de ferramentas de gestão que promovam a modernização dos procedimentos aduaneiros e de eliminação de barreiras técnicas aos produtos brasileiros no mercado internacional”, destaca Denise.