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1ª Jornada Segurança de Processos promove troca de experiências em prol da melhoria contínua

Segunda-Feira, 30 de Setembro de 2019

Foto: Abiquim/Divulgação

A diretora de Operações da Dow América Latina, Teresa Keating


A “1ª Jornada Segurança de Processos” organizada pela Comissão Temática de Segurança de Processo (Sepro) da Abiquim foi realizada no dia 24 de setembro, em São Paulo. Segundo o coordenador do grupo e líder de Segurança de Processos da Dow Brasil, João Carlos Gregoris, a Jornada foi inspirada em um evento realizado, desde 2016, em Bahia Blanca, na Argentina. “Neste encontro são apresentados os equipamentos e projetos em segurança de processo do site, e realizamos atividades educativas e treinamento dos profissionais. Destaco o envolvimento de outras indústrias da região, representantes de agências governamentais e universidades. Pretendemos que a jornada seja bienal, alternando a empresa que a receberá”, resume Gregoris. 

A abertura da Jornada teve a participação da diretora de Operações da Dow América Latina, Teresa Keating. Ela explicou que os profissionais envolvidos na segurança de processo devem ter como foco: “proteger pessoas e gerenciar riscos”. 

Gregoris, explicou na apresentação “A Segurança de Processos e o Risco Tecnológico”, que a segurança é definida pela probabilidade de um evento ocorrer e a severidade do que pode acontecer. “As empresas precisam realizar análises de riscos e criar camadas de proteção voltadas a neutralizar esses riscos”. Ele ainda apresentou o trabalho realizado pela DOW na apresentação “Segurança de Processos em Fornos de Sílica”, que envolveu conhecimentos de riscos da área de siderurgia.  

Fator humano na segurança de processo

Segundo o sócio da ARrisk Consultoria, Antônio Ribeiro, que fez a apresentação “Desafios na formação de competências em Segurança de Processos nas universidades no Brasil”, as empresas precisam ter a visão de que a segurança de processo é importante para a sustentabilidade do negócio. Ribeiro destacou que no Brasil, há o desafio de introduzir a segurança na grade dos cursos. Além de aumentar o diálogo com o governo e as universidades, ele explica que as empresas poderiam destacar o aumento da empregabilidade dos profissionais que possuem esse conhecimento. 

O gerente de Saúde, Segurança e Meio Ambiente da Oxiteno, George Tonini, fez a apresentação “Bypass de Barreiras de Proteção: visão frente a fatores humanos” e afirmou que o fator humano sempre influenciará na segurança de processo. 

Pela BASF o gerente de Segurança e Meio Ambiente, Werner Ernesto Kleiber, fez a apresentação “Parâmetros para controle de Reações Exotérmicas” e destacou a necessidade de entender como ocorrem os desvios nos processos químicos que podem afetar a reação e o que eles podem causar. 

Estudos de ocorrências, parceria e tecnologia na análise de riscos

A programação da “1ª Jornada Segurança de Processos”, promovida pela Abiquim e pela DOW Brasil, que recebeu o evento em sua sede administrativa na capital paulista, também destacou a importância do permanente estudo de ocorrências.  


Foto: Abiquim/Divulgação

O coordenador da Comissão Sepro, João Carlos Gregoris, e o engenheiro da Braskem, Tiago Novo 


Na apresentação “A evolução da Segurança de Processo na Braskem – definições sistêmicas e abordagem específicas: exemplo do tratamento dos eventos de near miss” o engenheiro de Saúde, Segurança e Meio Ambiente, Tiago do Monte Novo, explicou que foi necessário realizar um processo de alinhamento entre as equipes responsáveis pela segurança de processo do Brasil, México, Estados Unidos e Alemanha, incluindo a produção de uma análise de risco a cada quinze dias. 

O consultor do Center for Chemical Process Safety (CCPS), Alexandre Glitz, destacou que a jornada proporciona a troca de experiências e conhecimentos dos profissionais da área, o que torna a indústria química mais segura e que o CCPS tem contribuído realizando encontros para debater o tema.

A programação da jornada também contemplou o mercado de resseguros e teve a participação da especialista de Subscrição da gerência de Riscos de Property do Instituto de Resseguros do Brasil, Tatiana de Jesus Soares da Silva. Ela destacou a necessidade das empresas e seguradoras atuarem como parceiras na realização da inspeção para a confecção do relatório com as recomendações de melhoria das exposições de riscos que possuem e não possuem barreiras. 

O diálogo com a comunidade foi lembrado pelo diretor da RSE Consultoria, Américo Diniz. Ele ressaltou que além de realizar uma análise quantitativa dos riscos: “a empresa precisa dialogar com a comunidade para estabelecer uma relação de confiança, sendo necessário explicar os cenários e o papel da indústria e da comunidade em uma emergência”. 

O assessor técnico da Abiquim, William Matsuo, apresentou o Programa Atuação Responsável® e sua relação com a Comissão Temática de Segurança de Processos da Abiquim. Destacou também a parceria com o Center for Chemical Process Safety (CCPS) na tradução dos livros de segurança de processo da entidade americana. 

Mais informações sobre a Comissão Temática de Segurança de Processo da Abiquim pelo e-mail: willian.matsuo@abiquim.org.br, com o assessor técnico da Abiquim, Willian Matsuo.