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Inovação é tema principal de audiência pública da Abiquim na Câmara

Quinta-Feira, 20 de Junho de 2013



Representantes da Abiquim e da indústria participaram na terça-feira, 11 de junho, da audiência pública “A Importância da Inovação na Indústria Química”, promovida pela Frente Parlamentar de Ciência, Pesquisa, Tecnologia e Inovação, em Brasília, a convite do presidente do grupo, deputado federal Izalci (PSDB-DF). 

O presidente-executivo da Abiquim, Fernando Figueiredo, abriu as apresentações fazendo um panorama atual do setor químico e seus desafios. Figueiredo lembrou aos demais sobre a importância da química para o futuro, pois ela está ligada diretamente à inovação, além ressaltar o grande potencial que o Brasil possui para o mercado de produtos químicos renováveis, já que conta com a maior diversidade de biomassa do mundo. Na opinião do presidente-executivo da Abiquim, o País precisa urgentemente aumentar os investimentos em ciência e tecnologia. Enquanto investimos apenas 0,73% sobre o faturamento líquido, países como Japão e EUA investem 4% e 2%, respectivamente. Ainda de acordo com Figueiredo, o plástico é o material do futuro, explicando que os automóveis terão plástico em quase 100% de sua constituição. Fernando Figueiredo encerrou seu discurso falando sobre a indústria do petróleo: “O Brasil é o quarto maior produtor de petróleo do mundo e grande exportador. No entanto, precisamos investir na exportação de valor agregado, precisamos exportar mais produtos químicos ao invés de apenas matérias-primas”, afirmou.

Segundo palestrante da audiência, o diretor de P&D para América Latina da Rhodia-Solvay Thomas Canova mostrou aos presentes como a química ajudou na evolução das mais variadas áreas. Segundo o executivo, a química está na base de inúmeros segmentos industriais. Canova destacou os avanços tecnológicos que somente foram possíveis por meio da química, desde as atuais vestimentas dos atletas, que dão maior flexibilidade e resistência em provas, aos aviões movidos à energia solar. “A química tem contribuído principalmente para tornar novos materiais mais leves e, ao mesmo tempo, resistentes (...) Outras indústrias, como a aeronáutica, de construção e, principalmente, a farmacêutica, têm sido beneficiadas pelos avanços da química”, concluiu.

Já Felipe Pereira, gerente setorial de Indústria Química do BNDES detalhou aos parlamentares o estudo de Oportunidades para Diversificação da Indústria Química, contratado pela instituição, e cujo resultado terá como objetivo criar políticas públicas para o setor químico brasileiro, buscando ao mesmo tempo oportunidades de investimentos em áreas que revelarem-se estratégicas para a indústria. O trabalho deverá ser concluído em 12 meses.

A importância da educação no Brasil para o futuro da área de inovação foi tema da palestra do gerente-executivo de Educação Profissional e Tecnológica do Senai, Rolando Vargas. A instituição divulgou recentemente o ‘Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022’, estudo que tem por objetivo apontar os fatores que podem levar a indústria a ser mais competitiva. De acordo com o levantamento, a baixa qualidade do ensino básico, a pouca oferta de ensino profissionalizante e as deficiências do ensino superior limitam a capacidade de inovar das empresas, com impacto direto em sua competitividade. Segundo Rolando Vargas, os objetivos prioritários do Senai são: aumentar a qualidade da educação básica, melhorar a oferta do ensino profissional, além de ampliar a oferta de engenheiros graduados em cursos superiores, tecnólogos industriais. Atualmente, 6,6% dos estudantes brasileiros cursam ensino profissionalizante, enquanto que em países como Japão, a porcentagem chega a 55% e na Alemanha, a 52%. Ainda de acordo com Vargas, o Senai tem desenvolvido várias estratégias para reverter este cenário, entre elas a duplicação o número de vagas na educação profissional, a criação de 23 Institutos Senai Inovação (ISI) e a criação de 63 Institutos Senai de Tecnologia em todo o País.