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Debate sobre qualidade do ar é um dos destaques do 17º Congresso de Atuação Responsável da Abiquim

Terca-Feira, 07 de Agosto de 2018




O ambientalista Fabio Feldmann, especialistas nacionais e internacionais discutem emissões de fontes estacionárias e móveis, experiências e tendências internacionais, regulamentações nacionais, além de soluções para a redução das emissões


A sala “Qualidade do Ar” terá três sessões no 17º Congresso de Atuação Responsável, que a Abiquim realiza nos dias 15 e 16 de agosto, no Novotel Center Norte, na capital paulista. As discussões serão realizadas no período da tarde do primeiro dia do evento e durante todo o segundo dia.

No primeiro dia será realizado o debate sobre emissões atmosféricas provenientes de fontes estacionárias e móveis. A discussão abrangerá reflexões sobre a necessidade de inventários oficiais destas emissões, por tipo de fonte que permitam análises críticas das contribuições de cada tipo de fonte na qualidade do ar. “A ideia de abordar a Qualidade do Ar no evento tem o objetivo de avaliar a contribuição dos vários atores na Qualidade do Ar no Brasil, fazendo com que os esforços despendidos pela indústria para reduzir suas emissões sejam ampliados para todos os setores”, afirma o coordenador da Comissão de Meio Ambiente da Abiquim e responsável por Meio Ambiente Corporativo da Braskem, Mauro Machado.

 


Foto: Arquivo pessoal

O coordenador da Comissão de Meio Ambiente da Abiquim, Mauro Machado

 

Também serão apresentados cases do Pólo de Mauá, pela gerente Global de Meio Ambiente da Oxiteno, Lorena Brancaglião; um case de Cubatão, pela Supervisora Ambiental da Yara Brasil, Sueli Moroni, e; um case do Polo de Camaçari, por Eduardo Fontoura do COFIC - Comitê de Fomento Industrial de Camaçari.

O diretor Técnico da Consultoria ERM: Environmental Resources Management, Braulio Pikman, abordará a possível mudança na especificação técnica do gás natural, nacional ou importado, a ser comercializado, no Brasil. No mesmo dia será realizada a apresentação sobre o Sistema de Inventário de Emissões de Fontes de Poluição da Cetesb – SINCET, pelo Engenheiro e Gerente do Setor de Projetos Especiais da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), Milton Norio Sogabe.

A especialista em Meio Ambiente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), Priscila Freire Rocha, fará uma apresentação sobre o processo de discussão da revisão da Resolução CONAMA nº 03 de 1990, que dispõe sobre os padrões de qualidade do ar.

 

Fontes móveis

 

O segundo dia da programação da Sala de Qualidade do Ar abordará as diferenças de emissões provenientes de fontes estacionárias e móveis. Para debater o impacto das emissões geradas pelas fontes móveis, a programação terá, no período da manhã a participação de um dos autores do livro Programa Ambiental de Inspeção e Manutenção Veicular e diretor da consultoria em emissão veicular EnvironMentality, Gabriel Murgel Branco.

O debate sobre as tendências regulatórias, que será realizado no período da tarde do dia 16, tem confirmada a participação do ambientalista, administrador, advogado e consultor, Fabio Feldmann, que já foi deputado federal por três mandatos e participou do desenvolvimento do capítulo dedicado ao meio ambiente na Constituição de 1988. Segundo o consultor, é necessário ter um ar mais limpo e as empresas brasileiras precisam seguir padrões mundiais, que são mais rigorosos. “O objetivo é ter um ar de mais qualidade para melhorar a saúde das pessoas. Ter um ar de melhor qualidade é uma tendência inevitável. No caso do Brasil, 90% da poluição das cidades é veicular, precisamos ter projetos de engenharia com padrões mais rigorosos, combustível de qualidade, além de inspeção e manutenção para termos veículos bem regulados”.

  


Foto: Fabio Feldmann Consultores

O ambientalista, administrador, advogado e consultor, Fabio Feldmann

 

Este debate também tem confirmada a participação do secretário Municipal do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Campinas e presidente da Associação Nacional dos Órgãos Municipais de Meio Ambiente – ANAMMA, Rogério Menezes e da coordenadora-geral de Qualidade Ambiental e Gestão de Resíduos do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Letícia Reis Carvalho.

O presidente da Associação dos Fabricantes de Equipamentos para Controle de Emissões Veiculares da América do Sul (Afeevas), Stephan Blumrich, abordará a contribuição da química no controle das emissões veiculares.

Preservação do meio ambiente e economia de combustível

A sessão também contará com a presença de dois convidados internacionais: o sócio da Gilson Environmental, Don Gilson, especialista, desde 1975, em sistemas de recuperação de vapor e controle de emissões de hidrocarbonetos de veículos automotores e postos de abastecimento de gasolina, e o engenheiro sênior da Ingevity, Glenn Passavant.

  


Foto: Ingevity

 O engenheiro sênior da Ingevity, Glenn Passavant

 

Os convidados discutirão as emissões de vapor de gasolina da distribuição do combustível e oriundas do veículo. Gilson se concentrará nas emissões de vapor de gasolina do manuseio de combustível nos terminais, dos caminhões-tanque e na entrega ao posto de combustível. O engenheiro Glenn Passavant irá focar nas emissões por evaporação em movimento e durante o reabastecimento do veículo, e a tecnologia ORVR – Sistema a bordo de Recuperação de Vapores do Reabastecimento.

Segundo Passavant, veículos de passageiros e comerciais leves emitem vapor de combustível quando estão estacionados, sendo conduzidos ou reabastecidos, e os atuais regulamentos de emissões por evaporação do Programa de Controle de Emissões Veiculares (PROCONVE) fornecem apenas um nível modesto de controle, apenas na situação quando o veículo está estacionado por um dia. O engenheiro explica que esses hidrocarbonetos estão entre as fontes mais comuns de poluição do ar no Brasil. “Estimamos que, para a atual frota de veículos no País, as emissões por evaporação são de aproximadamente 274 mil toneladas métricas por ano e para as emissões de reabastecimento, há um adicional de 57 mil toneladas métricas por ano. Sem controles, esses valores aumentarão conforme o número de veículos em uso aumentar”.

Passavant lembra que a Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) e várias entidades industriais estudaram as opções de controle para as emissões de reabastecimento por muitos anos antes da EPA propor os requisitos de controle via ORVR em 1987. “Os controles foram adotados em 1994 e implementados em 1998. O Canadá implantou em seguida. A China também avaliou opções e escolheu o ORVR com base na experiência da América do Norte, ela adotou o ORVR no final de 2016 e ele deve ser implementado em todos os novos veículos até julho de 2020. Mas várias províncias anunciaram intenções de implementação em 2019”, detalha.

O diretor da consultoria ADS tecnologia e desenvolvimento sustentável ltda., um dos autores do livro Programa Ambiental de Inspeção e Manutenção Veicular, Alfred Szwarc, explica que nas regiões urbanas do Brasil e de outros países os veículos automotores têm participação principal ou significativa na emissão de poluentes atmosféricos. “É necessário dar prioridade à regulação das emissões veiculares para se atingir as metas de qualidade do ar estabelecidas para a proteção da saúde pública e do meio ambiente”.

  


Foto: Divulgação pessoal

 O diretor da consultoria ADS tecnologia e desenvolvimento sustentável ltda, Alfred Szwarc

 

O 17º Congresso de Atuação Responsável tem o patrocínio da Arlanxeo, Basf, Birla Carbon, Braskem, Chemours, Clariant, Comissão Setorial de Silicones, Covestro, Croda, Dow, Elekeiroz, ExxonMobil, Huntsman, Ingevity, Innova, Nitro Química, Oxiteno, Rhodia, Suatrans, Unigel e Unipar Carbocloro.

O evento tem o apoio da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), Associação Brasileira de Engenharia Química (ABEQ), Associação Brasileira da Indústria de Cloro-Álcalis e Derivados (Abiclor), Associação Brasileira de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção (Abendi), Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais (ABHO), Associação Brasileira de Tecnologia da Borracha (ABTB), Associação Brasileira dos Distribuidores de Produtos Químicos e Petroquímicos (Associquim), Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (Abrafati), Instituto Brasileiro do PVC (IPVC), Confederação Nacional da Indústria (CNI), Instituto Ekos Brasil, Plastivida, Sindicato das Indústrias de Produtos Petroquímicos para Fins Industriais e da Petroquímica no Estado de São Paulo (Sinproquim) e Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).


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