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Notícias Abiquim

RAC – Demanda prossegue firme no bimestre julho-agosto de 2017

Terca-Feira, 03 de Outubro de 2017

Vendas internas reagem, mas ritmo das importações é mais intenso
 
Os principais índices de volume do segmento de produtos químicos de uso industrial registraram altas em agosto de 2017, na comparação com o mês anterior, conforme informações preliminares. O índice de vendas internas cresceu 7,77% no último mês de análise, segunda alta consecutiva, o que correspondeu a uma elevação de 11,7% apenas no bimestre julho-agosto. Apesar da melhora, em relação a iguais meses do ano passado, as vendas internas apresentaram recuo (-2,8% na comparação agosto contra agosto e -3,81% quando a referência é o mês de julho). Segundo a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, como possíveis razões para a melhora do período recente, destacam-se a economia dando sinais de retomada, alguma recomposição de estoques nas diversas cadeias consumidoras e, além disso, tradicionalmente, na química, o segundo semestre do ano costuma ser mais forte do que o primeiro, com concentração de vendas anuais da ordem de 55% para os meses de julho a dezembro e de 45% entre janeiro e junho.

Segundo Fátima, apesar da melhora, o cenário está longe de ser o ideal. “Mesmo com dois meses consecutivos de resultados positivos, o fato é que as vendas internas de produção nacional recuaram muito nos últimos três anos e ainda não voltaram aos patamares médios realizados em 2007”. No acumulado de 2017, até agosto, o índice de produção teve crescimento de 0,8%, enquanto o de vendas internas recuou 1,8%. Em igual período, no entanto, o volume de importações cresceu 30,3%.

A demanda interna, medida pelo CAN (consumo aparente nacional), exibiu alta de 1,2% em agosto de 2017, sobre julho, após ter crescido 9,0% no mês anterior, acumulando elevação de 10% nos dois últimos meses. No que se refere ao índice de produção, após alta de 10,02% verificada em julho, houve recuo de 0,28% no índice de agosto, sobretudo em razão de problemas operacionais e paradas programadas para manutenção. No acumulado do ano, o CAN cresceu 8,3%. Ainda conforme a diretora, a melhora da demanda local por produtos químicos não se traduziu em elevação das vendas de produção local. “Pelo contrário, perdemos espaço para o fabricante de produtos químicos no mercado internacional, que já ocupa 38,2% de toda a demanda nacional, um ganho de quase seis pontos porcentuais sobre o share de todo o ano passado”, lamenta. Ainda em relação à perda de competitividade, destaca-se o recuo da parcela destinada ao mercado exterior, que apresentou queda de 1,2% de janeiro a agosto de 2017, sobre iguais meses do ano passado.

O nível de utilização da capacidade instalada ficou no patamar de 82% em agosto, melhor nível operacional do ano. Quanto ao índice de preços, o segmento vem registrando recuos, tendo sido a quinta queda consecutiva. Em agosto, a variável caiu 1,50%, notadamente em razão dos preços internacionais, mas especialmente, em razão do comportamento das cotações do petróleo e da nafta petroquímica. Para os próximos meses, em razão das consequências negativas das fortes chuvas e furacões no hemisfério norte, pode haver alguma pressão de alta nos preços dos produtos químicos, especialmente em razão de algumas plantas terem sido afetadas, o que acabou levando a interrupções de operações.