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RAC - 1º bimestre de 2017 tem queda de vendas internas de produtos químicos industriais, enquanto importações aceleram

Sexta-Feira, 31 de Marco de 2017

Paradas para manutenção de equipamentos e mês mais curto puxam volumes para baixo em fevereiro


São Paulo, 29/03/2017 – Segundo levantamento preliminar da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), os produtos químicos de uso industrial brasileiros têm perdido espaço para os produtos importados. No primeiro bimestre do ano, em comparação com o mesmo período do ano anterior, as importações dos produtos da amostra do Relatório de Acompanhamento Conjuntural (RAC), cresceram 67,4% em volume, sobretudo pelo aumento das compras de intermediários para fertilizantes, que cresceram 118%. Neste mesmo período de análise a produção nacional cresceu apenas 3,06%, já as vendas internas caíram 0,33%.

O Consumo Aparente Nacional (CAN) apresentou crescimento de 18,1% no 1º bimestre deste ano, sobre iguais meses de 2016. O aumento da demanda foi atendido basicamente por elevações das importações, que voltam a pressionar a balança de pagamentos da química, elevando o peso dos produtos fabricados no exterior sobre a demanda doméstica. Na média do 1º bimestre de 2017, o índice de utilização da capacidade instalada, que ficou em 77%, teve redução de dois pontos em relação ao valor de igual período do ano anterior. Deve-se registrar que esses dados foram impactados pelo menor número de dias úteis de fevereiro, pela ocorrência de algumas paradas programadas para manutenção, bem como por problemas relacionados com o suprimento de matérias-primas em algumas unidades.

Apesar do crescimento da demanda nos dois primeiros meses do ano, alguns sinais trazem preocupação para a produção local, destacando-se que o índice de vendas internas teve recuo pelo segundo mês consecutivo. Esse resultado sinaliza desaceleração no ritmo de melhora de mercado que vinha sendo percebido de meados do ano passado até janeiro deste ano. Após oito meses consecutivos de resultados positivos na comparação mês contra igual mês do ano anterior, em fevereiro registra-se recuo de 3,22% nas vendas internas, sobre fevereiro do ano passado. Além disso, em relação a fevereiro dos demais anos, fevereiro de 2017 foi o pior desde 2011. 

Na análise dos últimos 12 meses, sobre os 12 meses imediatamente anteriores, os índices de volume são positivos: produção subiu 4,05%, mantendo esse ritmo anualizado há três meses consecutivos, enquanto as vendas internas cresceram 4,96%. Levando-se em consideração os produtos da amostra do RAC, o CAN cresceu 8,7% nos últimos 12 meses encerrados em fevereiro, em relação aos 12 meses imediatamente anteriores, taxa que vem crescendo desde setembro do ano passado. As variáveis inseridas nesse cálculo tiveram o seguinte desempenho: produção subiu +4,05%, exportações +9,7% e volume importado, dos mesmos produtos, teve crescimento de 25,3%. 

Segundo a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, esses números comprovam que o setor vem perdendo espaço para os importados (o que acaba gerando empregos e riqueza fora do País), além de ter recuado o ritmo das exportações, que caíram, em bases anualizadas, pelo terceiro mês consecutivo. “A desvalorização do Real no ano passado trouxe impactos positivos para a balança comercial de produtos químicos. No entanto, deve-se registrar que o câmbio apenas não é suficiente para estimular uma competição mais efetiva no mercado internacional e alavancar a produção. De 1990 a 2016, a taxa anual de crescimento do CAN foi de 3,1%, enquanto a da produção subiu 2,0% ao ano, a das vendas externas 2,8% ao ano e a das importações 9,4% ao ano, três vezes mais do que o aumento do CAN”.

Para Fátima a economia dá sinais gerais de melhora na comparação com o ano passado, mas, como a base de comparação é uma das piores da história do País, ainda não dá para dizer que a crise terminou. “A inflação cedeu, a taxa de juros está em recuo e houve ligeira melhora nos índices de desemprego, no entanto, novos incidentes e fatos, especialmente no campo da política, ainda trazem algum impacto sobre os indicadores da economia”, explica.

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