Importações de produtos químicos recuam 8,8% e somam US$ 2,8 bilhões em julho

Segunda-Feira, 22 de Agosto de 2016

Importações de produtos químicos recuam 8,8% e somam US$ 2,8 bilhões em julho
Reintegra a níveis adequados é uma das prioridades da Agenda Setorial 2016-2018 da Abiquim 

As importações brasileiras de produtos químicos somaram US$ 2,8 bilhões em julho, redução de 8,8% em relação ao mês de junho e de expressivos 27,6% na comparação com julho de 2015. Em termos de volumes, as compras externas recuaram 15,6%, no mês, totalizando 2,9 milhões de toneladas, o que representa retração de 16% frente a julho de 2015. Já as exportações, por sua vez, somaram US$ 1,0 bilhão, um pequeno aumento de 1,2% frente a junho, mas retração de 19,7% em relação a julho de 2015.

No acumulado deste ano, entre janeiro e julho, as compras externas alcançaram US$ 19,0 bilhões, o que representa redução de 16,5% em relação ao mesmo período de 2015. É a primeira vez que o valor importado não supera a marca de US$ 20,0 bilhões, no período de janeiro a julho, desde 2010. O volume de importações, de 20,1 milhões de toneladas, entretanto, é 5,1% maior, na mesma comparação. As exportações, por sua vez, somaram US$ 6,9 bilhões, queda de 9,5% em relação ao mesmo período de 2015, apesar do aumento de 5,4% nos volumes exportados, que foram superiores a 9,5 milhões de toneladas.

Com esses resultados, o déficit na balança comercial de produtos químicos chegou, até julho, à marca de US$ 12,1 bilhões, uma retração de 20,0% em relação ao mesmo período de 2015. Nos últimos 12 meses, de agosto de 2015 a julho deste ano, o déficit comercial atingiu a marca de US$ 22,4 bilhões, sendo observadas consecutivamente reduções desse indicador desde o final de 2013, quando o déficit em produtos químicos foi recorde de US$ 32,0 bilhões.

Para o Presidente-Executivo da Abiquim, Fernando Figueiredo, na visão da indústria química reestabelecer o Reintegra a níveis adequados para eliminar os resíduos tributários existentes nos produtos exportados é absolutamente essencial para melhorar a competitividade no mercado internacional. “Recentemente o Conselho Diretor da Abiquim apresentou ao Presidente Michel Temer e ao Ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, a Agenda do Setor Químico 2016-2018 apontando claramente as demandas setoriais prioritárias para fomentar a competitividade do setor e a recuperação da economia nacional. O Reintegra é, assim como o preço do gás natural para uso como matéria-prima e a garantia dos recursos necessários ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a continuidade dos financiamentos e empreendimentos industriais, indiscutivelmente um dos pontos que devem ser tratados com urgência para agilizar a retomada do crescimento”, destaca Figueiredo.


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