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Abiquim faz parceria com a Cetesb a fim de mitigar emissão de CO2 na atmosfera

Quarta-Feira, 26 de Novembro de 2014

Uma das ações fruto dessa parceria foi a realização do workshop “Cenários de Mitigação de Gases de Efeito Estufa”, em 3 de novembro. 


A indústria química brasileira tem demonstrado grande preocupação com a emissão de gases de efeito estufa (GEE). O relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU (IPCC, na sigla em inglês), divulgado em 2 de novembro, revelou que os efeitos da mudança climática no planeta podem ser irreversíveis, entretanto, ainda evitáveis. A fim de contribuir para a mitigação desse problema, as empresas do ramo químico têm identificado alternativas para aumentar a eficiência no uso dos recursos energéticos e dos processos químicos, com a utilização de catalisadores cada vez mais seletivos. Dessa forma, será possível colaborar com o objetivo da indústria química mundial de contribuir com a redução da emissão de GEE para o período 2030 e 2050. O resultado desses esforços, que acompanham as recomendações do Sistema de Gestão do Programa Atuação Responsável®, foi comprovado pelos números divulgados em agosto deste ano pela Abiquim: houve uma redução de 32,6% na intensidade de emissão de GEE em processos químicos e no uso de energéticos entre os anos de 2006 e 2013. Com o objetivo de continuar apoiando as empresas na redução de suas emissões, a Abiquim está trabalhando em parceria com a Cetesb, disponibilizando informações consolidadas da indústria química paulista e incentivando as empresas associadas com plantas instaladas no Estado de São Paulo a identificar oportunidades de participação no estudo de mitigação de gases de efeito estufa do segmento industrial químico paulista. 

O estudo, que está sendo realizado pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), ligada à Secretaria do Meio Ambiente do governo paulista, com o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), visa apresentar informações atuais das emissões de GEE associadas às tecnologias de processo e energia da indústria química paulista e identificar, se houver, condições de mitigação de GEE. Ao mesmo tempo, o estudo visa identificar o estado de arte das tecnologias que poderão ser implementadas nas novas unidades industriais para contribuir com o objetivo do governo do Estado de criar as bases de cenários de baixo carbono para o segmento industrial químico, sempre assegurando sua competitividade e crescimento. Dessa forma, será possível articular estratégias para atendimento à Política Estadual de Mudanças Climáticas (PEMC) do Estado de São Paulo, identificar sinergias e oportunidades para ampliar o acesso a mecanismos de financiamento externo, incluindo mecanismos Carbon Finance como empréstimos e garantias para instalações industriais de baixo carbono no horizonte de 2030. Além disso, possibilitará também oferecer uma visão do volume de investimentos necessários e a demanda de financiamentos para a implementação do cenário de mitigação, apoiando a priorização e a competitividade das ações de mitigação. Permitirá também calcular os custos marginais de mitigação para as tecnologias de redução de emissões oriundas do consumo de energia, dos processos químicos e da disposição de resíduos visando identificar o custo/benefício das medidas de mitigação.

De acordo com a gerente de Assuntos Regulatórios e Sustentabilidade da Abiquim, Dra. Nicia Mourão, um dos principais objetivos da entidade é retratar ao governo o cenário atual da indústria química paulista e seu crescimento, a fim de que se criem mecanismos de financiamento e apoio ao setor, que viabilizem as tecnologias que potencialmente têm condições de contribuir para um cenário de baixo carbono em 2030. A Abiquim também se preocupa em incentivar a redução da importação de produtos que sejam desenvolvidos em países com normas menos rigorosas e que estejam fora das regulações de baixa emissão.

Cenários de Mitigação de Gases de Efeito Estufa
Uma das ações fruto da parceria entre Cetesb e Abiquim foi a realização do workshop “Cenários de Mitigação de Gases de Efeito Estufa”, que ocorreu em 3 de novembro de 2014, na sede da associação. Na ocasião, o coordenador do Núcleo de Pesquisa em Políticas e Regulação de Emissões de Carbono do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (NUPPREC-USP), Sérgio Pacca, apresentou detalhes sobre o projeto BR-T 1262, de apoio ao desenvolvimento de estudos de mitigação da emissão de GEE para o Estado de São Paulo. De acordo com o pesquisador, a partir da contribuição das empresas que fornecerão os dados, será desenvolvida uma análise dos custos necessários para investimento em diferentes tecnologias de mitigação e sua relação com o potencial de abatimento. De acordo com Pacca, “o projeto visa preparar a sociedade paulista, incluindo a indústria, para um futuro de baixo carbono, sem perda de competitividade”. Para isso, o estudo tem o objetivo de identificar as melhores possibilidades para reduzir as emissões de GEE e colaborar com a meta da Política Estadual de Mudanças Climáticas (PEMC), além de avaliar os incentivos econômicos necessários para viabilizar as tecnologias de baixo carbono.

Segundo o assessor-técnico de Assuntos Industriais e Regulatórios da Abiquim, Obdulio Fanti, e com o sócio diretor da consultoria Pangea Capital, Roberto Strumpf, o estudo consta de fases que podem ser divididas em “levantamento e análise das informações fornecidas pelas empresas que aderirem ao projeto” e “consolidação desses dados”. Nesse aspecto, Strumpf complementa que “quanto mais precisas forem as informações coletadas, melhor serão os resultados, que servirão como uma verdadeira ferramenta de gestão”.

Também estiveram presentes no workshop o presidente-executivo e a diretora de Assuntos Técnicos da Abiquim, Fernando Figueiredo e Andrea Carla Barreto Cunha, a gerente de Divisão de Mudanças Climáticas da Cetesb, Josilene Ticianelli Vannuzini Ferrer e a consultora de Mercados e Finanças do BID/Brasil, Mônica de Oliveira Santos da Conceição, além de representantes de empresas e de entidades como a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e a Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro (Abividro). Figueiredo, presidente-executivo da Abiquim, encerrou o evento fazendo uma crítica aos países que praticam concorrência desleal, sem respeitar as regras de preservação do meio ambiente, e reafirmando a Abiquim como um espaço para o diálogo aberto entre empresas, governo e sociedade civil.

Mais dois eventos sobre este estudo de mitigação de gases de efeito estufa estão previstos, quando as empresas aderentes ao projeto terão a oportunidade de validar as informações antes da entrega do produto final. A previsão é de que o estudo seja concluído ainda no primeiro semestre do ano que vem.



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