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Produção e vendas internas de produtos químicos voltam a recuar em setembro

Segunda-Feira, 27 de Outubro de 2014


Conforme informações preliminares da Equipe de Economia e Estatística da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), os índices de volume de produção e de vendas internas voltaram a recuar em setembro de 2014 sobre agosto. O índice de produção teve queda de 8,83% e o de vendas internas caiu 2,55%. Na análise trimestral, a produção recuou 3,18% no 3º trimestre de 2014 sobre igual trimestre do ano passado, assim como todos os trimestres deste ano, que também apresentaram volumes mais baixos, na comparação com os mesmos períodos de 2013.

Além do mercado, que está desaquecido em diversos segmentos que são importantes clientes da indústria química, destaca-se neste mês de setembro a parada programada para manutenção da Braskem no Polo Petroquímico de Mauá (SP). De acordo com a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, essa parada teve impactos diretos e indiretos em diversas outras empresas, que aproveitaram a oportunidade para manutenções preventivas. Em menor proporção, também houve algum impacto isolado da falta de água no Sudeste do País, que motivou algumas reduções de carga. De acordo com a diretora, quando possível, essas reduções são compensadas por aumento de produção em regiões não afetadas, quando a empresa tem plantas em diferentes regiões do Brasil. A utilização da capacidade instalada ficou em 77% em setembro, sete pontos porcentuais menor do que o do mês anterior e seis pontos abaixo do registrado em setembro de 2013. A média de utilização da capacidade instalada de janeiro a setembro ficou em 79%, três pontos abaixo do nível registrado nos primeiros nove meses no ano passado, indicando elevação da ociosidade do segmento para o pior patamar dos últimos oito anos.

Entretanto, a demanda nacional por produtos químicos, medida pelo CAN (consumo aparente nacional), teve melhora de 0,9% de janeiro a setembro, sobre iguais meses do ano anterior. Fátima Giovanna explica que como a produção caiu, as importações ocuparam uma fatia ainda maior da demanda e apresentaram crescimento de 11,1%. “A falta de competitividade do produtor local tem impactado não só o desempenho das vendas domésticas, mas também dificultado a remessa de produtos para o mercado internacional e estimulado a entrada de produtos fabricados em mercados atualmente mais vantajosos em termos de custos de produção”, afirma a diretora. Na análise dos últimos 12 meses encerrados em setembro de 2014, sobre os 12 meses imediatamente anteriores, o CAN dos produtos químicos de uso industrial cresceu 2,0%, com suas variáveis apresentando o seguinte desempenho: produção caiu 3,3%, exportações caíram 6,3% e o volume importado teve crescimento de 9,2%. A participação das importações sobre o CAN chegou a 35,3% nos últimos 12 meses, maior valor registrado na série que teve início em 1990.

Para Fátima Giovanna, a atividade econômica vem apresentando resultados muito aquém do que se esperava e as principais cadeias demandantes de produtos químicos não têm tido uma boa performance e o crescimento do PIB, geralmente estimulador da demanda por produtos químicos, está bem abaixo do que o que se previa no início do ano. “O quadro do início deste ano foi agravado pela crise energética, com riscos de um eventual corte no fornecimento de energia e/ou mini apagões, e possibilidade de falta de água, pela escassez de chuvas na região Sudeste”, conta a diretora. Segundo a economista, tais problemas trazem insegurança e acabam encarecendo a produção do segmento, que opera em processo contínuo e não pode parar a produção sem um planejamento prévio. “Ressaltam-se também as deficiências logísticas e a alta carga tributária, que tem impactado muito o setor químico. Essa situação precisa ser resolvida se o Brasil quiser voltar a receber investimentos em química”, alerta a diretora da Abiquim.


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