APOIO:

ANUNCIE

AQUI

Home > Notícias Abiquim
Notícias Abiquim

Importações de químicos crescem, enquanto produção e vendas caem no 1º semestre

Quinta-Feira, 31 de Julho de 2014

Queda da produção nacional e aumento da participação dos produtos importados no mercado interno evidenciam falta de competitividade da indústria química brasileira dentro e fora do País.  

Conforme informações preliminares da Equipe de Economia e Estatística da Abiquim, os índices de volumes de produção e de vendas internas voltaram a apresentar quedas em junho, puxando as médias acumuladas do primeiro semestre de 2014 para patamares negativos. O índice de produção teve retração de 7,02% no acumulado dos seis primeiros meses do ano e o de vendas internas apresentou redução de 4,37%, ambos em relação a iguais meses de 2013. No primeiro semestre do ano, o Consumo Aparente Nacional (CAN) – medida da demanda interna por produtos químicos de uso industrial – também teve declínio, em relação a igual período do ano passado, com resultado negativo de 1,3%. Todavia, como vem ocorrendo há algum tempo, o volume de importações cresceu 8,1% de janeiro a junho, sobre igual período do ano passado, aumentando a participação dessa parcela sobre a demanda local. Ainda no primeiro semestre de 2014, as exportações brasileiras dos mesmos produtos encolheram 9%. A utilização da capacidade instalada, importante parâmetro de competitividade, ficou em 78% na média do primeiro semestre de 2014, quatro pontos abaixo do nível registrado nos primeiros seis meses no ano passado, indicando elevação da ociosidade do segmento.

Segundo a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, ambiente geral de não competitividade foi agravado pela crise energética, com riscos de um eventual corte no fornecimento de energia e/ou miniapagões, e possibilidade de falta d’água, pela escassez de chuvas na região Sudeste. Tais problemas trazem insegurança e acabam encarecendo a produção do segmento, que opera em processo contínuo e não pode parar a produção de forma abrupta, sem um planejamento prévio. “A elevação dos custos de produção no mercado interno, associados aos custos da energia e das matérias-primas, bem como as deficiências logísticas e a alta carga tributária, têm impactado sobremaneira muitos setores produtivos, como o químico”, afirma Fátima Giovanna. Para a diretora, os resultados negativos tornam evidente uma dificuldade de competição do setor com o mercado internacional, que se agravou muito no período recente. “Os produtos químicos de uso industrial são altamente dependentes de matérias-primas e de insumos energéticos, que atualmente têm preços em patamares muito elevados no Brasil”, explica Fátima Giovanna.
 O índice de produção caiu 0,78% em junho em relação a maio de 2014. A demanda desaquecida e a realização da Copa do Mundo no Brasil, que também ajudou a retrair a atividade produtiva, são as principais justificativas para o resultado. Especificamente no caso dos intermediários para fertilizantes, cujo índice exibiu redução de 10,31% em junho deste ano sobre o mês anterior, a queda é atribuída principalmente a paradas programadas para manutenção. Com relação ao índice de vendas internas, houve queda de 1,66% em junho sobre maio. 

Na análise dos últimos 12 meses findos em junho de 2014 sobre os 12 meses imediatamente anteriores, os índices de volume também apresentam resultados negativos. Essa taxa vem decrescente desde julho do ano passado, mas tornaram-se negativas a partir de maio deste ano. Nos últimos 12 meses, a produção caiu 2,87%, ante redução de 1,49% nos 12 meses anteriores, e as vendas internas caíram também 2,87%, contra queda de 0,59% nos 12 meses anteriores. Nos últimos 12 meses até junho de 2014, o CAN cresceu 2,1% sobre mesmo período de 2013. Entretanto, os números mostram que o dinamismo da demanda também caiu, pois nos 12 meses encerrados em maio, o crescimento era de 3,2%.



Informações à Imprensa
AllComm Partners Comunicação Estratégica
11-4301-2636
Rachel Cardoso – e-mail: rachel@allcommpartners – cel. (11) 99782.2404
Mario Henrique Viana – e-mail: mh@allcommpartners – cel. (11) 99651.8706