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DIRETO DE BELÉM - Abiquim leva liderança técnica e visão estratégica para a COP30
Terca-Feira, 18 de Novembro de 2025
A participação da Abiquim na COP30, em Belém, reforçou o protagonismo da indústria química brasileira na agenda global de clima, inovação e transição energética. A assessora de Sustentabilidade da entidade, Carolina Sartori, integrou quatro painéis estratégicos que discutiram caminhos tecnológicos, regulatórios e colaborativos para a descarbonização da indústria química e petroquímica - setores essenciais para o cumprimento da NDC (Contribuição Nacionalmente Determinada) Brasileira no âmbito do Acordo de Paris e para a consolidação de uma economia de baixo carbono.
Opções de Tecnologia e Política Para Descarbonizar as Indústrias Química e Petroquímica
Neste primeiro painel, Carolina apresentou a visão da Abiquim e do ICCA para a descarbonização da indústria química e petroquímica, ressaltando que não existe solução única para um setor tão diverso em processos e matérias-primas. Ela destacou que a transição exige um portfólio amplo de tecnologias - como eletrificação, hidrogênio de baixa emissão, biomassa sustentável, reciclagem avançada e CCUS - aliado a políticas que assegurem energia competitiva, previsibilidade regulatória e incentivos à inovação.
Ela enfatizou que a cooperação internacional e o fortalecimento de cadeias produtivas globais serão decisivos para acelerar investimentos e consolidar o Brasil como protagonista na química de baixo carbono. Sublinhou, ainda, que países emergentes, como o Brasil, têm papel crucial em mostrar que a transição pode ocorrer de forma inclusiva e economicamente viável.
Caminhos para Descarbonização da Indústria Química e o Alcance da Neutralidade Climática
No painel promovido pela Braskem, Carolina detalhou os três pilares centrais para a rota brasileira rumo à neutralidade climática:
. biomassa sustentável e competitiva;
. tecnologias de captura e armazenamento de carbono, essenciais para processos não eletrificáveis;
. economia circular, com ampliação da reciclagem e rotas químicas avançadas.
A assessora de Sustentabilidade da Abiquim destacou que a combinação desses pilares posiciona o país para conciliar metas climáticas ambiciosas com competitividade. Também reforçou o papel estratégico do Presiq, programa estruturado pela Abiquim para estimular inovação, modernização industrial e eficiência energética, conectando claramente a política industrial às metas climáticas nacionais.
Descarbonização da Indústria Energointensiva
A convite da CNI, Carolina apresentou os principais resultados do Estudo da Abiquim com a Carbon Minds, o mais abrangente já realizado no país sobre emissões da indústria química. O relatório mapeia processos e produtos, identifica barreiras estruturais e oferece uma análise comparativa de rotas tecnológicas.
Ela destacou que a química brasileira já reduziu 42% das emissões desde 2005, demonstrando capacidade real de avanço, mas reforçou que atingir novos patamares depende de habilitadores como energia competitiva de baixa emissão, infraestrutura para CCS/BECCS, estímulo à reciclagem mecânica e química e linhas de financiamento adequadas.
Carolina enfatizou que a transição precisa ser acompanhada de segurança jurídica e governança coordenada, garantindo que metas climáticas avancem junto com produtividade, investimentos e empregos qualificados.
Inovação, investimento e políticas impulsionam o crescimento de baixo carbono
No painel dedicado à convergência entre políticas, investimentos e inovação, e a convite da Times Brasil/CNBC, Carolina reforçou que decisões estratégicas precisam ser sustentadas por dados robustos. Assim, voltou a destacar a relevância do Estudo Abiquim–Carbon Minds, agora sob a ótica da formulação de políticas públicas. Ela explicou que o estudo oferece um mapa preciso das oportunidades de redução de emissões, dos custos relativos entre tecnologias e das demandas regulatórias para escalar soluções de baixo carbono - insumos essenciais para orientar governos e investidores.
Ela deu grande ênfase ao Presiq, classificando-o como um dos instrumentos mais relevantes para transformar ambições climáticas em ação industrial concreta. Destacou que o programa cria um ambiente favorável para modernização de plantas, adoção de matérias-primas renováveis ou circulares, uso de hidrogênio de baixa emissão, eficiência energética e implementação de tecnologias de CCUS.
Segundo ela, o Brasil tem vantagens estruturais - biomassa abundante, matriz elétrica limpa e clusters petroquímicos competitivos - , mas é o Presiq, aliado a marcos regulatórios claros e previsíveis, que pode acelerar a trajetória brasileira de crescimento verde e consolidar o país como líder global da química sustentável.
A participação da Abiquim na COP30 reafirma o compromisso do setor com a construção de uma economia mais sustentável e evidencia que a química é parte indispensável da solução climática. O setor segue confiante e otimista quanto aos próximos passos - especialmente diante do avanço de políticas públicas e de instrumentos estruturantes, como o Presiq, que pavimentam as condições para que o Brasil lidere a rota da descarbonização industrial.