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Abiquim discute desafios do setor químico com governo paulista
Quarta-Feira, 17 de Setembro de 2025
Em encontro com o Secretário-Executivo de Relações Institucionais do Estado de São Paulo, Marcos Penido, na última segunda-feira (15) em São Paulo, a Abiquim fez uma apresentação institucional da entidade e deu um panorama atual do setor químico, destacando seus principais desafios no estado, que concentra o maior parque produtivo e mercado da indústria química brasileira.
Durante a reunião, o presidente-executivo da Abiquim, André Passos Cordeiro, ressaltou a relevância estratégica da indústria para o desenvolvimento econômico de São Paulo. “O setor é vital para o PIB do estado, gera milhares de empregos e garante significativa arrecadação de impostos. Além disso, somos líderes globais em químicos renováveis, com uma pegada de carbono abaixo da média mundial”, destacou.
Um dos pontos críticos apresentados foi o cenário de competitividade. Em 2024, o Brasil registrou um déficit recorde de R$ 48,7 bilhões na balança comercial de produtos químicos, com 50% do consumo nacional suprido por importações. Atualmente, a indústria opera com apenas 64% de sua capacidade instalada, o que representa uma ociosidade significativa.
Entre os temas tratados estiveram os custos do gás natural, a tributação, questões ambientais e de segurança. A Abiquim defendeu, por exemplo, a criação de uma tarifa diferenciada de gás natural para uso como matéria-prima em São Paulo, modelo já adotado em outros estados. A associação também propôs parcerias para seus programas de resposta a emergências químicas, sugerindo o apoio do governo estadual na divulgação do número de emergência para acidentes envolvendo transporte de químicos — medida que valoriza e amplia a efetividade desses programas em benefício da sociedade.
A entidade ressaltou ainda que existem oportunidades importantes a serem retomadas. O estímulo à indústria química no estado pode trazer resultados expressivos, considerando que, de acordo com dados públicos, São Paulo registrou uma redução de cerca de R$ 15 bilhões em arrecadação. O fortalecimento desse setor, portanto, representa não apenas ganhos produtivos, mas também fiscais e sociais para o estado.
“O setor opera hoje com grande capacidade ociosa. Resolver gargalos como o preço do gás e questões regulatórias pode destravar investimentos, aumentar a produção e dobrar os ganhos fiscais e salariais sem a necessidade de grandes aportes iniciais”, afirmou André Passos.
O secretário-executivo Marcos Penido elogiou a apresentação e manifestou disposição em apoiar as pautas do setor, especialmente em relação ao gás natural, tanto no âmbito estadual quanto em articulações junto à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Pela Abiquim, participaram ainda da reunião os executivos Yhebert Afonso, VP de Operações e Conformidade; Eder da Silva, Gerente de Economia e Comércio Exterior; e Talia Felix, Analista de Relações Governamentais; além de João Trigo, consultor de Relações Institucionais e Governamentais da Consultoria Seta.