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Abiquim e IBP reforçam diálogo setorial para fortalecer sinergias entre química e óleo & gás
Terca-Feira, 09 de Setembro de 2025
“Não existe indústria petroquímica sem óleo e gás. Nossa competitividade está diretamente ligada à disponibilidade e às condições de suprimento dessas matérias-primas essenciais, sejam de origem fóssil ou renovável”, afirmou André Passos Cordeiro, presidente-executivo da Abiquim, durante a reunião híbrida realizada no dia 4 de setembro entre a Abiquim e o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), na sede da Abiquim, em São Paulo. O encontro, intitulado A Petroquímica e Conexões com a Indústria de Óleo & Gás, marcou a retomada de um diálogo estratégico mais estruturado entre os dois setores.
Em sua fala de abertura, André Passos destacou a importância do fortalecimento do diálogo institucional e da sinergia entre as cadeias produtivas. Segundo ele, a indústria química tem sua base de custos majoritariamente ligada às matérias-primas fornecidas pelo setor de óleo e gás — que podem representar de 40% a 85% do custo de produção, a depender do caso. Além disso, reforçou que o processo de transição energética traz novos desafios e oportunidades: “Não existe química verde sem a combinação de matérias-primas renováveis com os produtos da cadeia de óleo e gás”, afirmou, ressaltando a necessidade de cooperação para fortalecer a competitividade, ampliar a produção nacional e agregar valor ao petróleo e ao gás produzidos no Brasil.
A programação do encontro foi conduzida por Eder da Silva, gerente de Economia e de Comércio Exterior e coordenador-executivo da Comissão de Energia e Matérias-Primas da Abiquim. Ao longo das discussões, foram abordados temas como a complementaridade e as sinergias entre petroquímica e óleo e gás; os marcos e desafios da petroquímica no Brasil; as características e modelos de negócios da indústria química; e o papel da sustentabilidade, da transição energética, da descarbonização e dos bioprodutos no futuro da cadeia. Também foram analisadas perspectivas para a petroquímica nacional, incluindo desafios relacionados à competitividade, inovação e inserção em um mercado global cada vez mais complexo.
Representando o IBP, Ana Mandelli, diretora de Downstream, destacou que a iniciativa sinaliza um esforço de alinhamento de agendas em prol da reindustrialização e da competitividade do país. “Acreditamos que possuímos muito mais pontos em comum do que divergências. A presença do IBP neste encontro reflete a intenção de trabalhar de forma integrada e madura, reconhecendo o papel crucial da química em temas estratégicos na cadeia de downstream como a petroquímica e como o combustível sustentável de aviação e a transição energética. Nossa expectativa é fortalecer este relacionamento e atuar conjuntamente em prol do desenvolvimento do Brasil”, afirmou.
Participaram ainda do encontro pela Abiquim: Paula Tanaka e Alessandra Moura; pelo IBP, Carla Imbroisi e Enrico Andriolo; e os profissionais da associada Braskem, convidados como representantes de empresa da primeira geração petroquímica nacional, Gustavo Boni, Ana Beatriz Figueiredo, Juliana Amorim, Carolina do Valle, Elisa Andrade, Débora Pescarini e Mariana Campos. Representando a Chemvision, consultoria que apresentou um panorama setorial no Brasil e no mundo para facilitar e nortear a conversa, Carlos Alberto Lopes e Luiz Fernando Marinho.