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Abiquim inicia novo ciclo de governança com foco em inovação e sustentabilidade

Terca-Feira, 02 de Setembro de 2025

Conselho Diretor e Conselhos Estatutários são empossados para o biênio 2025-2027,

traçando uma visão de longo prazo para a indústria química brasileira



Crédito: Abiquim/Divulgação

 

No dia 27 de agosto, a Abiquim realizou no auditório do condomínio Millenium, onde está localizada sua sede

em São Paulo, a Reunião Aberta do Conselho Diretor, seguida da Cerimônia de Posse dos Conselhos Estatutários para o biênio 2025-2027. O encontro reuniu associados, lideranças empresariais e representantes de entidades parceiras, consolidando o início de um novo ciclo de governança da entidade. 

 

Durante o encontro Daniela Manique, presidente do Conselho Diretor da Abiquim e reeleita pela segunda vez para o mandato, ressaltou a importância do papel estratégico do Conselho para o futuro da indústria química brasileira, lembrando que o setor é “a mãe de todas as indústrias” e deve ser protagonista no processo de industrialização do país. Para ela, cabe ao Conselho projetar uma visão de longo prazo, defendendo uma indústria sustentável, verde e inovadora, capaz de se consolidar como referência global nos próximos cinco a dez anos. 


Daniela Manique e André Passos Cordeiro enfatizaram o papel estratégico da Abiquim na construção
de uma indústria química sustentável e competitiva.
Crédito: Abiquim/Divulgação

 

André Passos Cordeiro, presidente-executivo da Abiquim, apresentou os principais avanços obtidos no primeiro semestre de 2025, em meio a um cenário global de baixa demanda, margens pressionadas e competição acirrada. Entre os destaques, mencionou o acordo de cooperação com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), que viabilizará um mapeamento abrangente da indústria química nacional, incluindo ameaças e oportunidades. Também foram formalizadas parcerias com a Firjan e a FIEB, que trazem os centros de pesquisa e inovação SENAI CETIQT e CIMATEC como aliados estratégicos em áreas como economia circular, baixo carbono e matérias-primas renováveis. 

 

Outro ponto central foi a participação ativa da Abiquim nas negociações do Acordo Global do Plástico, contribuindo para garantir equilíbrio entre interesses ambientais, sociais e industriais, além do avanço do debate no Congresso Nacional com a tramitação do Projeto de Lei 892/2025, que institui o Programa Especial de Sustentabilidade da Indústria Química (PRESIQ). Passos ressaltou ainda os esforços da entidade para reforçar a defesa comercial da indústria, por meio de medidas antidumping e revisões tarifárias, fundamentais diante da concorrência internacional predatória. 

 

 

 

Comissões Temáticas: foco em objetivos estratégicos e entregas concretas

 

As dez Comissões Temáticas da Abiquim têm desempenhado papel essencial na construção de diagnósticos, propostas e ações que fortalecem a indústria química brasileira em diferentes frentes estratégicas. Ao longo de 2025, os grupos vêm atuando de forma integrada em temas que vão desde a governança e a competitividade até a sustentabilidade, a inovação e as relações institucionais, sempre em sintonia com o Planejamento Estratégico da entidade.


Esses fóruns reúnem lideranças empresariais, especialistas e representantes das associadas para debater e encaminhar soluções que impactam diretamente o setor. Entre os principais focos de trabalho, destacam-se a defesa comercial e a redução de custos de insumos críticos como gás natural e energia; a modernização da logística e infraestrutura; o avanço da agenda de economia circular e de sustentabilidade; o fortalecimento das práticas de segurança e suprimentos; e o engajamento com governos, órgãos reguladores e a sociedade em pautas de competitividade e inovação.

 

Cada comissão conta com coordenadores e vice-coordenadores que lideram a agenda de trabalho, assegurando que os objetivos de médio e longo prazo se convertam em entregas concretas para as empresas associadas e para o ambiente de negócios da química no Brasil. Esse esforço coletivo – detalhado pelos membros de cada equipe durante o encontro - garante que a Abiquim atue de maneira estruturada e consistente, consolidando a representatividade do setor e criando condições para atrair investimentos, preservar ativos produtivos e ampliar a sustentabilidade da indústria química.

 

 

Reflexões sobre Governança e Inovação


Rodolfo Fücher destacou o papel dos conselhos na inovação e na transformação cultural das empresas
Crédito: Abiquim/Divulgação
 

Um dos momentos de grande destaque do evento foi a palestra de Rodolfo Fücher, membro da Comissão de Inovação do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), que trouxe uma visão aprofundada sobre o papel dos conselhos em contextos de transformação.


Ele ressaltou que cabe aos conselheiros zelarem pelo propósito das organizações e promover transformações culturais quando necessárias, destacando que conselhos eficazes dedicam mais tempo a temas estratégicos de longo prazo - como modelo de negócio, riscos e sustentabilidade – em vez de se limitarem à supervisão operacional.


Fücher também abordou conceitos de inovação e cultura organizacional, trazendo referências da neurociência e da psicologia, como a importância da segurança psicológica para estimular times a inovarem, e a necessidade de clareza e simplicidade na definição de propósitos. Para ele, “o futuro não se prevê, se constrói a partir de sinais, cenários bem desenhados e decisões estratégicas no presente”. A palestra reforçou a convergência entre os desafios de governança e inovação que também permeiam a agenda estratégica da Abiquim.

 

Cerimônia de Posse


Em sentido horário, a partir da primeira foto superior à esquerda, Daniela Manique e André Passos Cordeiro
com Roberto Ramos (Braskem), Mariana Orsini (Dow), Rodrigo Cannaval (Unipar), Maximilian
Yoshioka (Indorama Ventures Polímeros), Francisco Fortunato (Grupo OCQ) e Priscila Camara (Basf)
Crédito: Abiquim/Divulgação

 

Na sequência, foi realizada a Cerimônia de Posse dos Conselhos Estatutários para o biênio 2025-2027 - formalizando o compromisso das lideranças da Abiquim em conduzir, de forma colegiada e estratégica, a agenda da indústria química no país e marcando simbolicamente, sobretudo, o início de um novo ciclo de trabalho da entidade em defesa do setor.

 

O encontro foi ainda marcado pelos depoimentos dos vice-presidentes do Conselho Diretor da Abiquim, que compartilharam suas visões sobre os desafios e oportunidades da química brasileira. Reinaldo Kroger, vice-presidente da Innova, abordou o impacto das margens reduzidas e dos juros elevados, defendendo maior apoio governamental para viabilizar investimentos de longo prazo. Dentro desse contexto, o CEO da Braskem, Roberto Prisco Ramos, alertou para o risco de desindustrialização petroquímica diante da concorrência internacional agressiva, defendendo medidas urgentes de defesa e proteção. Corroborando com as análises anteriores, Rodrigo Cannaval, CEO da Unipar, enfatizou a necessidade de garantir competitividade no acesso a matérias-primas, além de políticas de fomento e priorização de agendas como o PRESIQ _Programa Especial de Sustentabilidade da Indústria Química.


O presidente do Grupo OCQ, Francisco Fortunato, destacou a inovação e a digitalização como vetores centrais da transformação da indústria, sobretudo no avanço da química verde e sustentável. Já Mariana Orsini, líder regional da Dow no Brasil, reforçou o papel da Abiquim na construção de políticas públicas equilibradas, que permitam a transição energética em setores de difícil descarbonização sem perda de competitividade. Priscila Camara, vice-presidente sênior da BASF para a América do Sul, enfatizou a importância de reduzir a dependência de insumos importados e acelerar a adoção de matérias-primas renováveis e tecnologias limpas, destacando o papel do Conselho em articular políticas que unam competitividade e sustentabilidade. Por fim, Maximilian Yoshioka, CEO da Indorama Ventures Polímeros, sublinhou a função estratégica do Conselho como porta-voz do setor junto ao governo e à sociedade, fortalecendo a competitividade frente às importações desleais.