APOIO:

ANUNCIE

AQUI

Home > Notícias Abiquim
Notícias Abiquim

Em encontro no Rio de Janeiro, Abiquim defende energia e gás acessíveis para o Brasil

Segunda-Feira, 02 de Junho de 2025

André Passos Cordeiro enfatizou o papel estratégico do gás natural como um vetor de transição energética
Crédito: Brasil 247/Divulgação

 

Durante a celebração do Dia da Indústria, evento realizado no dia 27 de maio e sediado no BNDES, no Rio de Janeiro, o presidente-executivo da Abiquim, André Passos Cordeiro, trouxe à tona os desafios críticos que a indústria nacional enfrenta, especialmente em relação à crise climática global e ao crescente protecionismo comercial. Passos ressaltou uma contradição brasileira: apesar de possuirmos uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, a energia no país é "extremamente cara, o que inviabiliza a competitividade da nossa indústria". Sua análise fez parte de um painel que contou com a participação de figuras importantes como Márcio Elias Rosa, secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC); Ricardo Cappelli, presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI); e Magda Chambriard, presidente da Petrobras.

 

Passos detalhou que mais de 80% da eletricidade brasileira provém de fontes renováveis, tornando a matriz elétrica nacional a mais limpa globalmente. Contudo, essa vantagem ambiental é ofuscada pelos elevados custos internos, que impactam diretamente a competitividade. "A indústria brasileira, especialmente a química, que é grande consumidora de energia, não consegue competir internacionalmente com essa estrutura de custos", afirmou o executivo, destacando que cerca de 50% dos produtos químicos consumidos no Brasil já são importados, apesar de o setor empregar 2 milhões de pessoas e ser um grande arrecadador de impostos.

 

O dirigente da Abiquim enfatizou o papel estratégico do gás natural como um vetor de transição energética para tornar a indústria mais competitiva, mencionando a colaboração com a Petrobras nesse sentido. Além disso, defendeu a ampliação do uso de matérias-primas renováveis, como o etanol, não apenas como combustível, mas também como base para a produção industrial. Ele ressaltou a liderança brasileira na produção de químicos a partir do etanol, com 260 mil toneladas anuais, contrastando com o segundo maior produtor que não atinge 20 mil.

 

Para finalizar, André Passos defendeu uma reformulação do gasto tributário, sugerindo que ele seja repensado para gerar resultados concretos através de contrapartidas, citando o Regime Especial da Indústria Química e o programa Mover como exemplos de sucesso. Ele expressou otimismo, afirmando que o Brasil está no caminho certo para reconstruir sua política industrial e que é preciso "aprofundar, porque os resultados já estão vindo e continuarão a vir", demonstrando confiança na recuperação e fortalecimento do setor.

 

Clique aqui e acompanhe na íntegra a participação de André Passos Cordeiro no evento