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Mariana Orsini, líder regional da Dow no Brasil e diretora de Relações Governamentais para a Dow na América Latina
Terca-Feira, 25 de Fevereiro de 2025
AI: O que você considera como principais marcos dentro da sua trajetória profissional?
MO: Sou formada em Relações Internacionais pela FAAP, com especialização em Negociação e MBA em Gerenciamento de Projetos, ambos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP).
Antes de ingressar na Dow, trabalhei no setor público. Especificamente, na Secretaria de Relações Internacionais da Prefeitura de São Paulo e na Assessoria Internacional do Governo do Estado de São Paulo. Esse período foi extremamente valioso para a minha carreira, pois reforçou a relevância de construir pontes para alavancar oportunidades de negócios.
Comecei minha trajetória na Dow em 2011. Em todo esse período, sempre estive comprometida com as ambições e prioridades da companhia no Brasil e no mundo, abraçando todas as oportunidades de crescimento oferecidas, ocupando diferentes posições nas frentes de Governo, Negócios e Public Affairs.
Em meados de 2021, fui indicada para o cargo de Diretora de Relações Governamentais para o Brasil e, e em 2024, assumi a Diretoria de Assuntos Institucionais para a América, somada à posição de Líder Regional da Dow no Brasil.
Trabalhando em estreita colaboração com Matias Campodónico, nosso presidente da Dow na América Latina, tenho trabalhado ativamente pelo avanço da agenda externa da Dow no país, representando a companhia junto às agências governamentais brasileiras, e em importantes fóruns e associações industriais, alavancando novas oportunidades de crescimento sustentável e impacto econômico positivo para os nossos clientes, para as nossas pessoas, nossos parceiros de negócio e comunidades nas quais atuamos.
AI: Por que você resolveu trabalhar com a indústria química?
MO: O compromisso genuíno da Dow com o crescimento sustentável e o impacto positivo gerado aos seus funcionários, clientes, parceiros de negócio e comunidades onde atua, criando oportunidades iguais para todos, sempre foi algo que me chamou muito a atenção. Na Dow, sinto que posso fazer a diferença. Temos a responsabilidade de produzir soluções inovadoras, sustentáveis e seguras para as pessoas e para o planeta, ao mesmo tempo em que trabalhamos fortemente comprometidos com as frentes ESG, com elevadas ambições na redução das emissões de carbono em toda nossa cadeira produtiva.
AI: Para além de seu core business, as empresas têm uma responsabilidade com as pessoas e o meio-ambiente. Neste sentido como você avalia a contribuição da indústria química na formulação de políticas públicas no Brasil?
MO: Acredito que o diálogo entre os setores público e privado é essencial para construir políticas públicas eficientes, conectadas com as demandas da população e com o que há de mais moderno em inovação e tecnologia. Como Diretora de Relações Governamentais, compreendi as necessidades e oportunidades do Brasil em relação às iniciativas de políticas públicas e privadas voltadas para o desenvolvimento sustentável.
O Brasil tem avançado nas discussões sobre políticas públicas focadas na sustentabilidade e há uma sinergia entre a visão da Dow e o papel do poder público para que o país se destaque nessas discussões. O lançamento da Política Nacional de Transição Energética e o Projeto de Lei sobre o mercado de carbono são exemplos de que o governo está alinhado com a nossa agenda de sustentabilidade. A Dow tem um forte compromisso com as iniciativas ESG e, junto com outras indústrias que compartilham esses valores, integramos frentes e coalizões que possibilitam o desenvolvimento de mercados robustos para a indústria química.
Nossa atuação global e nossa posição na base das cadeias de valor mais relevantes nos permitem somar esforços com clientes, fornecedores, governos, academia, sociedade civil e ONGs para enfrentar os desafios de sustentabilidade no Brasil.
AI: Como sponsor da Comissão de Relações Externas da Abiquim, o que você considera como principais
desafios e oportunidades da indústria química?
MO: Sediar no Brasil a maior Conferência Global das Nações Unidas sobre mudanças climáticas nos dá a oportunidade de sermos protagonistas em temas cruciais para os nossos negócios no país.
A indústria química do Brasil chega ao evento com a vantagem de ser a mais limpa do mundo, graças à nossa matriz energética de base renovável. Esse diferencial competitivo precisa ser convertido em lucratividade.
O Brasil é um país chave em matérias-primas renováveis para a indústria química e detém 15% da biodiversidade global, oferecendo um amplo espaço para inovação e transição do modelo atual. Há potencial para transformar esse valor ambiental em valor econômico, trazendo progresso para o país.
Entre os desafios, destacam-se a consolidação de um ambiente regulatório favorável, a resposta aos programas de incentivos industriais globais e o equilíbrio entre políticas comerciais. Além disso, o impacto do consumo no meio ambiente e os desafios sociais exigem uma transição do modelo de economia linear para uma economia circular.
Toda a indústria mundial precisa se reinventar, o que pressupõe uma transição tecnológica, gestão de resíduos e sistemas de logística reversa adaptados a cada localidade. Esse é um desafio que impacta tanto a indústria quanto a sociedade.