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Desafios e oportunidades do setor foram os grandes destaques de sessão solene na Alesp para celebrar os 60 anos da Abiquim

Terca-Feira, 13 de Agosto de 2024


Evento presencial reuniu cerca de 100 pessoas, entre autoridades,

representantes das indústrias, entidades de classe e imprensa


Da esquerda para a direita: André Passos, Luiz Fernando Teixeira, Rômulo Fernandes e Daniela Manique.

Foto: Alesp/Divulgação
 

“Há 60 anos a Abiquim vem trabalhando continuamente para auxiliar na construção de um Brasil melhor, mais saudável, seguro, moderno e próspero, por meio de uma indústria química forte, capaz de prover soluções para as mais diversas necessidades. Nosso trabalho enquanto representantes desse importante setor, não apenas para a economia, mas para a sociedade como um todo, tem por objetivo promover avanços, fortalecer a indústria e contribuir ativamente para o bem-estar de todos, baseados em ciência, inovação e tecnologia.” Esse é um trecho do discurso de André Passos Cordeiro, presidente-executivo da Abiquim, durante sessão solene na Assembleia Legislativa de São Paulo, promovida pelo deputado estadual Luiz Fernando Teixeira (PT-SP), no dia 09 de agosto de 2024, para celebrar o sexagésimo aniversário da Associação.

 

Passos ressaltou ainda o quanto é importante celebrar o fato de que a indústria química brasileira é a mais sustentável de todo o mundo, destacando que todos os esforços do setor em saúde, segurança e meio ambiente resultam diariamente em operações cada vez mais eficazes, mais limpas e diretamente conectadas com as demandas de ESG e cada vez mais voltadas às necessidades de um mundo em constante mudança.

 

O dirigente da Abiquim lembrou o quanto esse trabalho tem sido desafiador. “Estamos vivendo um dos momentos mais difíceis da história do setor, que sofre com os impactos geopolíticos e o surto predatório de importações de químicos, fazendo, consequentemente, que fábricas operem com índices perigosíssimos de ociosidade, além do alto custo das operações.” 


Por outro lado, Passos, fez questão de destacar a capacidade da Abiquim e da indústria química nacional de se reinventar, enfatizando, sobretudo, a importância da união. “Somente com um trabalho conjunto – setor, entidades públicas e sociedade - é possível vencer as adversidades de toda a cadeia e aproveitar os recursos naturais do nosso País para resgatar o poder de crescimento do setor e do Brasil. Reforço que a nossa resiliência aos desafios e a nossa busca para a construção de um mundo melhor é o motor que move – e continuará movendo – a Abiquim num único destino: fortalecer a indústria química brasileira!

 

Química verde

“É uma honra receber essa homenagem na Alesp. A Abiquim está há 60 anos nessa jornada, tendo o estado de São Paulo como o maior polo industrial do país”, relatou Daniela Manique, presidente da Rhodia Solvay e presidente do Conselho Executivo da Abiquim. Mais de 60% da indústria química do país está no Estado de São Paulo. Uma referência, continuou a CEO, que vem construindo muitos pontos de pioneirismo. “A alcoolquímica começou no Brasil e no mundo, vindo de campos do Estado de São Paulo, prioritariamente, e que agora pode crescer enormemente com o uso de etanol, de biomassa.”

 

Segundo Manique, as empresas do segmento químico treinam os funcionários, ensinam tecnologia, idiomas e como operar em painéis de controle avançados. Ela afirmou que uma indústria química não é somente uma base importante, como ela também traz a possibilidade de trazer um trabalho assalariado de alta renda que contribui ainda mais para o crescimento do país. “É isso que o país precisa ver. Espero que a gente consiga nessa neoindustrialização demonstrar isso para o governo. Investir no setor químico é investir no crescimento sustentável do país rumo a maior indústria química verde do mundo. O Brasil tem todo o potencial para ser disruptivo nessa direção, tornando-se, inclusive, um expoente da economia mundial.”

 

Defesa e reconhecimento da indústria química

O Anfitrião, Luiz Fernando Teixeira, que também é presidente da Frente Parlamentar em Apoio à Indústria Química e Farmacêutica do Estado de São Paulo, salientou o momento de festa e endossou a importância da indústria química para o desenvolvimento do País. Porém, não deixou de registrar a situação crítica que o setor vem enfrentando, solidarizando-se com as empresas que tiveram suas operações paralisadas e sobretudo, com as perdas de postos de trabalho. “Precisamos cobrar comprometimento e responsabilidade das autoridades públicas, defender essa indústria que traz riquezas e gera empregos de qualidade. Precisamos coibir essas importações predatórias”, finalizou o deputado colocando-se totalmente à disposição da Abiquim para um diálogo com o vice-presidente Geraldo Alckmin, e o presidente Lula.

 

“Pensando em reindustrializar ou neoindustrializar nosso país, se faz necessário cuidar, estimular e ampliar essa indústria de ponta; fundamental para outros ramos industriais e essencial para o crescimento nacional. E tudo isso, só será possível com o apoio e o intenso trabalho da Abiquim, que nos últimos 60 anos se dedicou a esse setor tão fundamental para o Brasil. Não se pode pensar em um país desenvolvido sem uma indústria química forte. Parabéns, Abiquim. Vida longa à Abiquim. Vida longa ao nosso País.”

 

Para o deputado estadual Rômulo Fernandes (PT-SP), outro membro da Frente Parlamentar da Química, fica evidente reconhecer a importância da indústria química ao olhar os seus números – responsável pelo 3º PIB industrial do País, além de gerar 2 milhões de empregos diretos e indiretos. Ele ressaltou que o Brasil está vivendo um momento bastante importante com o avanço de novos mercados – avanço da tecnologia, das novas fontes de energia, inclusive, avanço à ciência e incentivo à educação nesse país com universidades, Etec(s) e Fatec (S), como exemplificou. “Acho que é um momento virtuoso, mas ao mesmo tempo, temos que colocar todos os atores juntos nesta evolução e nessa construção. E a indústria química tem esse papel fundamental na história desse país e desse mercado – um dos que remunera melhor e que exige maior qualificação. Por isso, estamos todos juntos aqui para prestigiar esse evento. Trata-se do reconhecimento da importância da Abiquim nesse tempo.”

 

Para Milton Rego, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Cloro Álcalis e Derivados e diretor do Instituto Nacional do Desenvolvimento da Química, o que está ocorrendo com a indústria química é um pouco emblemático do que está acontecendo na indústria no Brasil. “Estamos perdendo complexidade, assim como setores de maior tecnologia. E não é isso que faz um país para as próximas gerações.” Ele destacou São Paulo como um estado que tem um papel fundamental nesse contexto por ser mais competitivo e inovador, além de ter um ecossistema industrial mais desenvolvido. “Embora, a solução da indústria química não é uma solução estadual e sim, uma solução de País, o Estado de São Paulo tem o papel de liderar essas questões e a grande discussão sobre qual o país que queremos”, finalizou Rego, parabenizando a Abiquim, bem como a Alesp por promover a celebração. 


Milton Rego, presidente da Abiclor e diretor do IdQ
Foto: Alesp/Divulgação

 

Presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC, Aroaldo Oliveira afirmou que o Brasil só terá futuro, de fato, se a indústria se fortalecer e que apesar de ela estar em meio às grandes transformações que trazem dificuldades e obstáculos, as oportunidades também se fazem presentes. “É nesse momento, portanto, que precisamos recolocar a indústria no lugar que ela merece: assumindo o papel central

da disputa geopolítica econômica; como o carro chefe desse novo projeto de desenvolvimento nacional, desenvolvimento esse tecnológico e produtivo, mas sem esquecer do social com o objetivo de elevar a qualidade de vida de todo o povo brasileiro”, ressaltou Oliveira, corroborando com Rego ao destacar a responsabilidade do Estado de São Paulo dentro desse contexto, mas enfatizando que o sucesso só se dará com uma visão única: “com qual indústria queremos reconstruir o Brasil e que ambiente queremos criar para essa indústria no Brasil.” 


Aroaldo Oliveira, presidente da Agência de Desenvolvimento
Econômico do Grande ABC
Foto: Alesp/Divulgação


Palavra dos sindicalistas

Como representante da Central Única dos Trabalhadores, Airton Cano, destacou o papel fundamental da entidade sindical na manutenção da demanda da indústria e na defesa dos empregos e das empresas. “Com isso, vamos conseguir distribuir renda e fazer um papel social perante o Brasil. Me orgulho, portanto, de estar aqui parabenizando os 60 anos da Abiquim, uma associação que sempre esteve e estará a par de todos os processos de desenvolvimento do país, sobretudo na sustentação de empregos e renda”. 


Airton Cano, representante da Central Única dos Trabalhadores
Foto: Alesp/Divulgação

 

Já Hebert Passos Filho, representante do Sindicato dos Químicos de São Paulo e da Força Sindical destacou a indústria química como o caminho para a recuperação ambiental no mundo em meio a tantas discussões sobre o meio ambiente. Ele usou como exemplo a cidade de Cubatão, considerada a cidade mais poluída do mundo nos anos 80 e que se transformou no símbolo de resiliência, recuperação ambiental e desenvolvimento sustentável. “A química é o caminho para a recuperação ambiental e isso é crucial. Geração de renda e empregos são importantes, mas esse caminho de desenvolvimento que foram construídos em todos esses anos, inclusive por vocês que aqui estão, é que é fundamental. E hoje estamos aqui para parabenizar, mas principalmente saudar os próximos 60 anos que virão.



Hebert Passos Filho, representante do Sindicato dos Químicos de São Paulo
e da Força Sindical
Foto: Alesp/Divulgação


Hélio Rodrigues, presidente do Sindicato dos Químicos de São Paulo parabenizou a Abiquim pela defesa dos interesses da indústria química brasileira, elogiou o Deputado Luiz Fernando por juntar indústria e sindicatos - dois atores importantes neste processo - e destacou a importância da indústria para motivar o sistema educacional no país, ter mais tecnologia e disputar de fato, em mundo capitalista. “Precisamos de uma indústria competitiva.”


Hélio Rodrigues, presidente do Sindicato dos Químicos de São Paulo
Foto: Alesp/Divulgação