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Os grandes destaques do Fórum Atuação Responsável, Parceiros do AR e SASSMAQ
Segunda-Feira, 03 de Junho de 2024
“Esse evento tem como objetivo ressignificar os encontros presenciais entre associados, parceiros e empresas certificadas pelo Programa Atuação Responsável e pelo SASSAMQ e apresentar em primeira mão as novas revisões do Sistema de Gestão Atuação Responsável ® (SGAR 2023) e do Sistema de Avaliação de Saúde, Segurança, Meio Ambiente e Qualidade (SASSMAQ) – 4ª edição.” Assim, André Passos Cordeiro, presidente-executivo da Abiquim abriu o Fórum Atuação Responsável, Parceiros do AR e SASSMAQ, evento presencial promovido pela Associação, em São Paulo, no dia 28 de maio.
“O ponto central dessas revisões é a obrigatoriedade do Programa Atuação Responsável ® e do SASSMAQ como norma de transporte de produtos químicos. Para a indústria química é crucial o atendimento dessa norma”, destacou o dirigente da entidade, ressaltando que a referência dessa obrigatoriedade - já recolocada no site do Abiquim – é fruto do diálogo e do compromisso da nova gestão da Abiquim que tem como característica uma escuta ativa.
“Esse é um compromisso assumido e demonstrado pela nossa indústria. A Abiquim representa essa indústria e preza, sobretudo pela sua reputação do ponto de vista técnico e institucional. Essa nova gestão tem o compromisso de cumprir compromissos, alinhado com as diretrizes do Comitê Executivo da entidade. O Programa Atuação Responsável e o SASSMAQ são duas referências da indústria brasileira. O AR é referência, inclusive, para o BNDES reduzir taxas de juros de financiamento. O SASSMAQ, por sua vez, é uma referência para além da indústria química. Hoje, ele é adotado no transporte de outros tipos de carga, além de produtos químicos”, completou Passos destacando ainda a relevância dessas duas ferramentas para a excelência de uma indústria química sustentável.
Em sua apresentação, Luiz Shizuo Harayashiki, gerente de Gestão Empresarial da Abiquim reforçou o propósito do evento que passa a atender os novos modelos das comissões da Abiquim, além de difundir princípios e práticas ESG na movimentação de produtos de químicos, promovendo dessa forma, a identificação e apresentação de novas tecnologias e boas práticas que agreguem eficiência, competitividade e segurança aos processos operacionais logísticos nos modais terrestres e aquaviários.
No que tange ao SGAR 2023, Shizuo destacou sua abrangência e seus requisitos, fez um comparativo com outros programas e normas, ressaltando sua harmonização com as normas ISO e correlacionando com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e ESG, e apresentou um resumo das alterações no processo – validade de três anos; auditoria de manutenção da certificação anual; e credenciamento dos Organismos de Avaliação de Conformidade (OAC). A Certificação do Atuação Responsável agora também estará disponível para não associados.
Como parte do SGAR, ele apontou um aumento no portfólio de atividades nos programas Pró-Química, Olho Vivo e Appel/Transappel. E quanto à 4ª edição do SASSMAQ - que está em processo de conclusão da sua revisão -, Shizuo destacou entre as mudanças, a revisão no processo de qualificação de prestador de serviços da indústria química que envolve responsabilidades do contratante, alinhamento com a norma ISO 45.001 e a inclusão das dimensões de Sustentabilidade, Security (que trata da segurança empresarial) e o relacionamento dos requisitos com os ODS. Também está em andamento a inclusão do Pellet Zero, auditorias de manutenção anual e a contratação da Totvs para automatização do sistema. Seu lançamento se dará no Congresso do Atuação Responsável®, que será realizado nos dias 08 e 09 de outubro de 2024 no Novotel Center Norte, em São Paulo.
Análise ao longo do processo produtivo do setor químico
Sergio Sukadolnick, vice-presidente da Associação Brasileira de Transporte e Logística de Produtos Perigosos (ABTLP), fez uma apresentação mostrando os trabalhos da Comissão de Estudos e Prevenção de Acidentes no Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos do Estado de São Paulo, que além de prevenir a ocorrência de acidentes e diminuir os impactos causados às pessoas, ao meio ambiente e ao patrimônio, mantém um fórum de debates para identificar causas básicas que geram os acidentes e/ou incidentes, falhas no atendimento dos órgãos públicos e das empresas envolvidas e as irregularidades no cumprimento da Legislação vigente. Por meio desse fórum, a comissão busca despertar e/ou motivar práticas preventivas que resultem na redução de riscos causados pelas ocorrências, a integração das instituições públicas e realização de fiscalização em conjunto e a implantação e ou implementação de planos de emergência regionais preventivos e de respostas aos acidentes. Sukadolnick mostrou ainda as atividades da comissão e das subcomissões – hoje são nove instaladas, entre as quais ele coordena a da região da Baixada Santista.
O destaque da apresentação de Eduardo Vinicius Lima Leal, secretário -executivo da ABTLP, foi o Relatório de Ocorrências com Produtos Perigosos de 2023 que registrou 862 ocorrências - com uma redução de 14,82% em comparação com o ano anterior. O relatório apresentado trazia alguns recortes desse total como ocorrências por evento, consequências das ocorrências, tipo de transporte nas ocorrências, ocorrências por produtos, ocorrências por classe de risco dos produtos e vítimas nas ocorrências. Leal também apresentou o Curso de Formação de condutores de combinações de veículos de carga (CVC), projeto criado em parceria com o SEST/SENAT e gratuito com o intuito de ensinar sobre a condução de CVC para pessoas envolvidas e com interesse em fazer parte do setor de transporte.
Sob o tema ‘Gestão de riscos em carga e descarga de produtos químicos’ José Alexandrino Machado da RSE – Consultoria e Gerenciamento de Risco e Sustentabilidade Empresarial – demonstrou a relevância do tema para a segurança de operacional e apresentou estatísticas de acidentes em carga e descarga de produtos químicos, além de normas e legislações. Ele trouxe também uma análise de riscos nas atividades de carga e descarga de produtos químicos e demonstrou a importância da gestão dos fatores humanos na gestão de riscos, ilustrando o contexto da sua apresentação com alguns exemplos de ocorrências. Por fim, ele apresentou o Plano Nacional de Prevenção, Preparação e Resposta Rápida a Emergências Ambientais com Produtos Químicos Perigosos – P2R2 e Referências Normativas ABNT.
Thiago Ormonde, coordenador-geral de Fiscalização da Superintendência de Segurança Operacional da Agência Nacional do Petróleo (SSO/ANP) fechou o evento, sob o tema ‘Requisitos da ANP para gestão da segurança baseada em risco’. Ele relacionou os Regulamentos Técnicos de Segurança da ANP (upstream e midstream), bem como a gestão de risco e principais achados de auditorias, pontuando sobretudo, os principais desafios da indústria do upstream na gestão de segurança - garantia da contenção primária (integridade), gestão das análises de risco, contingenciamento de elementos críticos, gestão de mudanças, sistema de detecção de F&G (Incêndio e Gás) , válvulas de segurança - Válvulas de Segurança de Fechamento Automático (SDVs) e Válvulas de Despressurização (BDVs) -, sistema de dilúvio, sistema de drenagem e resposta a emergências.
As vantagens de quem adota os programas
Entre o público presente - um total de 70 pessoas - José Maria Gomes, presidente da ABTLP ressaltou a importância do evento como fortalecedor da relação dos transportadores de produtos químicos com a indústria. “Em função de programas que temos adotado, como o Atuação Responsável da Abiquim, temos conseguido fazer um transporte muito mais seguro e com menor número de eventos que possam causar danos ambientais e para as pessoas. A nova versão do SASSMAQ já é uma melhoria e tanto”, disse o executivo. Por outro lado, Gomes destacou o que ele considera ser atualmente o maior desafio do setor de transporte – a questão de ordem operacional. “Tem a ver com tempo de carga e descarga, falta de padrão em conexões, assim como de instalações adequadas nos clientes que recebem os produtos. Precisamos avançar nisso porque já temos um programa bom, um grande regulador que efetivamente norteia todo o nosso dia a dia, ou seja, a parte qualitativa. A meu ver, esse desafio só será superado se nós fizermos em conjunto com a indústria. Estamos alinhados com a busca da indústria no que tange à competitividade porque de fato, uma indústria só será saudável se ela for competitiva. Só que nós também precisamos ser saudáveis, como elo da cadeia produtiva”, relatou Gomes.
Na visão de Dennys Spencer, Chief Operating Oficcer da Ambipar, o fórum resgata o valor de reunir líderes do mercado que são engajados no segmento da segurança e da logística e que fazem parte de toda essa discussão do AR. “É aliás uma expectativa do próprio mercado reforçar essas ferramentas. No pós-pandemia, enxergamos uma certa queda na exigência referente às questões técnicas, de qualidade e de segurança do transporte. E a Abiquim fomentando todo esse conjunto de exigências para melhorar a qualidade do transporte, traz todo o mercado a reboque. A Associação sempre foi a vanguarda nesse tipo de iniciativa.”
Para Sergio Sukadolnick, também executivo de Relações Institucionais do Grupo Cesari, o encontro promove uma troca de informações e ideias, além de ser uma oportunidade para as empresas mostrarem o que vêm fazendo, assim como se atualizarem. “Tudo isso contribui para aprimorar o próprio sistema, especialmente para a área de operações de logística. A Abiquim entende muito da fabricação dos produtos, mas ela tem que cuidar da cadeia toda. Daí a importância de os transportadores também participarem das ações da associação. É uma cadeia de produtos e todos são afetados pelas suas ações. Ao promover esse tipo de fórum, consequentemente, você capacita as pessoas com novos conhecimentos o que traduz em mais segurança para o setor.”
Em outro ponto da cadeia, Fernando Franco de Oliveira, Regional TDS Adviser South America da Basf, ressaltou a essencialidade do SASSMAQ, relatando que a empresa em que trabalha foi a mentora da proposta, incorporando a ferramenta desde que foi implementada pela Abiquim. “Na época eram muitas transportadoras que tínhamos que fazer a auditoria e cada indústria pedia coisas diferentes para os transportadores. Com o SASSMAQ, pudemos validar um processo que é comum a todas as indústrias. Foi um ganho imensurável. Agora fazemos apenas a checagem das licenças e a qualificação em cima do próprio relatório que é emitido pelo SASSMAQ. É o melhor do mercado, além de ter preço bom. É um ganho, sobretudo para o fornecedor.”