Abiquim integra comitiva brasileira em agenda na Argentina

Quarta-Feira, 20 de Marco de 2024

Foto: Divulgação/Abiquim



Com o objetivo de manifestar o interesse em acessar o gás natural do Campo de Gás de Vaca Muerta como importante opção de suprimento para o Brasil, a Abiquim, associadas e representantes do Ministério de Minas e Energia (MME) viajaram para Buenos Aires, Argentina, para uma agenda de encontros - nos dias 05 e 06 de março -, na sede da Total Energy, na Embaixada do Brasil e Secretaria de Energia, além de reuniões com produtores privados e transportadores de gás natural.

Na pauta da programação: produção de gás na Argentina e oportunidades de expansão; investimentos em infraestrutura; projeto piloto do Programa Gás para Empregar, denominado Uberaba / Triângulo Mineiro-MG; os números do Campo de Gás de Vaca Muerta e seu potencial comercial; financiamentos; principais obras realizadas pelas transportadoras argentinas e as que estão em curso; projeto argentino ‘Sistema Central de Transporte de Gás; entre outros.

Segundo Fátima Giovanna Coviello Ferreira, diretora de Economia e Estatística da Abiquim que participou da agenda, o gás argentino é uma opção muito interessante em termos de suprimento e que pode se tornar competitiva para os consumidores brasileiros em relação as atuais opções de suprimento de gás. Como síntese dos encontros, ela destacou a relevante interação e coordenação dos governos da Argentina e do Brasil para criar as condições regulatórias (incluindo financiamento) para viabilizar a criação da infraestrutura de transporte que vincule a oferta de gás da Argentina com a demanda nacional regional. “Foi realizada também uma proposta da criação de um Grupo de Trabalho Binacional, sendo que por parte do Governo Brasileiro, o grupo será liderado pelo Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e outros membros da pasta, além de integrantes do setor privado.”

A mobilização de representantes dos dois governos visa trabalhar e estruturar apoio à toda a lógica da legislação, da infraestrutura necessária e das garantias governamentais que devem acompanhar um programa tão grande, de tamanha importância e de longo prazo (10 -15 anos).

Pela comitiva brasileira, participaram ainda das reuniões: Heloisa Borges Esteves, diretora de Estudos do Petróleo, Gás e Biocombustíveis da EPE; Luis Guilherme Cintra, chefe da Assessoria Especial de Assuntos Internacionais do MME; Marcello Weydt, diretor de Gás Natural da Secretaria Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis; Rui Ramos, secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Inovação (Sedec) de Uberaba, MG; Paulo Kazuo Amemiya, coordenador técnico do projeto-piloto do Triângulo Mineiro do programa "Gás para Empregar; Anderson Adauto, ex-Ministro dos Transportes e coordenador institucional do projeto-piloto do gasoduto no Triângulo Mineiro; Fernando Homem, advogado da Abiquim; Antônio Marques Neto, sócio-diretor da 369 Capital; Daniel Hubner, vice-presidente de Soluções Industriais da Yara International; Geraldo Queiroz, gerente de Sustentabilidade da CMAA; Idarilho Nascimento, diretor de Relações Institucionais da Tenaris-Techint; Lucas Zacharias, diretor de Novos Negócios da Matrix Energia; e Marcos Cittolin, diretor de Relações Institucionais e Conselheiro de Administração da Be8 Energy. 

Já entre as autoridades argentinas, Júlio Glinternick Bitelli, embaixador brasileiro no país argentino; Dr. Eduardo Rodríguez Chirillo, secretário de Energia do Ministério da Economia; Mariela Baljansky, ex-diretora Nacional de Geração Elétrica do Ministério de Energia; Dr. Juan Carlos Doncel Jones, presidente da estatal argentina Enarsa; e Dr. Rigoberto Mejia Aravena, vice-presidente da Enarsa.