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Gás natural é tema de apresentação da Abiquim no Ministério de Minas e Energia
Terca-Feira, 07 de Novembro de 2023
Nos dias 31 de outubro e 01 de novembro, a Abiquim fez contribuições nas três Reuniões Públicas dos comitês do Grupo de Trabalho do Programa Gás para Empregar (GT-GE), no auditório do Ministério de Minas e Energia (MME), em Brasília.
No comitê 1, que trata da Disponibilidade do Gás Natural, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, diretora de Economia e Estatística da Abiquim, relacionou em sua apresentação as seguintes prioridades: a conclusão da Rota 3 e finalização da respectiva UPGN (GasLub/Itaboraí/Rio de Janeiro); a adaptação/melhoria da Unidade de Tratamento de Gás da Petrobras - UTGA/UPGN de Caraguatatuba; revisão dos projetos das FPSO’s (sigla para Floating Production, Storage and Offloading, que significa unidade flutuante de armazenamento e transferência de gás), em especial dos mecanismos de tratamento para incluir módulos de separação de CO2 (P80, P82, P83 e FPSOs do Campo de Bacalhau); a previsão de novas rotas de escoamento; a possibilidade de exploração de gás não convencional; e a avaliação de uma integração energética com outros países da região sul.
Já no comitê 2, cujo tema gira em torno do acesso ao mercado de GN, Coviello destacou sugestões em relação aos potenciais investimentos para oferta de gás para uso como matéria-prima, incluindo o gás em si (metano) e também as frações que estão inseridas no gás, como etano, propano, butano e C5+, todas com potencial de uso como matéria-prima; oferta e demanda de etano; e a necessidade de transparência nos preços nacionais, bem como mudança da lógica atual de precificação do gás, que é a de paridade da importação, para algo que leve em conta países que sejam produtores de gás, como o Brasil.
Para o comitê 5, responsável pelo Papel do GN na Transição Energética, ela sugeriu que o gás natural “cinza ou azul” deve ser uma etapa intermediária para viabilizar a transição energética para a introdução do gás verde, o “biometano”, que precisará da logística que será criada pelo mercado maduro do gás. “Da mesma forma, antes do aproveitamento do potencial máximo de etanol e de biomassa para produção de produtos químicos, haverá a etapa intermediária e mais urgente que é a da substituição dos atuais fósseis derivados de petróleo (com maior emissão de carbono) por fósseis derivados do gás natural (com menor emissão)”, ressaltou a diretora.
Na sua participação nos três comitês, Coviello reforçou que o Brasil tem gás hoje para atender toda a demanda do mercado doméstico e pode triplicar esse volume até o final da década, podendo, inclusive, virar exportador de gás e de suas frações mais pesadas, como o etano. Hoje, segundo ela, os desequilíbrios entre capacidade e índices de operação são elevados e as principais razões ou gargalos atuais são: infraestrutura insuficiente para tratamento do Gás no FPSO; falta de capacidade dos dutos de Escoamento, para a transferência do etano, propano, butano e C5+ para as refinarias e polos petroquímicos (a deficiência no escoamento impede o processamento de Gás, pois não tem como fazer a estocagem); desequilíbrio entre a oferta e a demanda, principalmente em indústrias que operam em regime de contratos de longo prazo, como a indústria de fertilizantes e a petroquímica; e a questão do desalinhamento das regulações federais e estaduais onerando as tarifas de Transporte e de Distribuição.
“Para a indústria química é necessário oferecer um gás firme, com especificação técnica constante, contratos de longo prazo e preços de insumos (para matéria prima) desvinculados do uso energético. O “Programa Gás para Empregar” com ações concretas poderá superar os atuais gargalos e criar as condições para atrair novos investimentos”, enfatizou
O Grupo de Trabalho do Programa Gás para Empregar (GT-GE) é dividido em cinco comitês e as Reuniões Públicas são mais uma forma de Participação Social, ou seja, elas têm como objetivo ouvir e receber contribuições da sociedade de modo a buscar aprimorar o diagnóstico dos principais problemas e desafios enfrentados no setor de Gás Natural para fins de atingimento dos objetivos para o qual foi criado o GT-GE. Tais contribuições permitirão que os Comitês temáticos reflitam e possam incorporá-las no Relatório final do GT-GE a ser submetido ao Conselho Nacional de Política Energética - CNPE.