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Abiquim toma posse como membro do Conselhão de Lula

Terca-Feira, 09 de Maio de 2023

Na última quinta-feira (04), o presidente Lula assinou decreto instituindo o Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), o chamado Conselhão, do qual André Passos Cordeiro, presidente-executivo da Abiquim, passa a fazer parte, entre os 246 conselheiros de diversos setores da sociedade civil.

 

Durante a cerimônia, o presidente da República afirmou que por meio deste grupo tão diverso a nação brasileira buscará os entendimentos que tanto precisa para vencer os grandes e urgentes desafios que se colocam à frente. “Para isso, precisamos do engajamento da sociedade como um todo. O que vemos aqui hoje não é apenas o retrato do Brasil que somos, mas também o retrato do Brasil que queremos ser. Estou falando de um Brasil no qual o diálogo e a busca de consensos serão sempre mais fortes que o ódio e as tentativas fracassadas de desunir o país”, destacou.

 

Na visão de Passos, mais do que dar luz aos pontos sensíveis de setores diversos visando o crescimento comum e que, no caso da indústria, certamente vai contribuir para o desenvolvimento econômico do país, esta iniciativa do Governo Federal mostra claramente sua intenção de tomar as decisões a partir de dados técnicos, sempre com base na responsabilidade, transparência e escuta de todos os atores envolvidos nos processos. “Em 2022, o Brasil registrou o maior déficit da história do segmento, alcançando quase 65 bilhões de dólares, que foi resultado de importações de 83 bilhões de dólares com exportações de 18 bilhões. Em dez anos, nosso déficit químico mais que dobrou de tamanho, em virtude do elevado Custo Brasil. Com isso, a participação do produto importado sobre o mercado local chegou a quase 50%, enquanto a produção local não só não cresceu no último ano como permanece estagnada na última década, com capacidade ociosa próxima de 30%.”

 

O presidente-executivo da Abiquim ressalta ainda que, apesar dos desafios recentes, o Brasil se destaca com enormes vantagens comparativas, que podem ser transformadas em vantagens competitivas, favorecendo a produção local de químicos. “Significativas reservas de gás natural, muitas já em produção, e grandes fontes de energia e matérias primas renováveis são dois exemplos evidentes dessas vantagens. Se as medidas corretas forem adotadas para estimular os investimentos, estamos certos de que o Brasil poderá ter nos próximos anos uma das indústrias químicas mais fortes, pujantes e sustentáveis do mundo.”

 

O vice-presidente Geraldo Alckmin, também presente na cerimônia, aproveitou a ocasião para lembrar que o que todos querem é crescimento, emprego e renda. O vice-presidente registrou o recuo da Indústria para 10% do PIB e afirmou que imposto, juro e câmbio explicam esse cenário. Para ele, a reforma tributária irá simplificar e agir nas causas do baixo desempenho. “Arcabouço ajuda juro, acordos ajudam comércio internacional e também produtividade", pontuou Alckmin.

 

“O povo voltou ao poder”. Assim a ministra Simone Tebet iniciou a sua participação no evento. A ministra lamentou todos os retrocessos ocorridos no país nos últimos quatro anos, a condução da pandemia e lembrou a extinção do Ministério do Planejamento e Orçamento pela gestão anterior. “O Ministério do Planejamento voltou e o Conselhão voltou, o braço do planejamento do Brasil. O que as senhoras e senhores irão fazer a partir de agora é nos auxiliar; estaremos a partir de agora implantando o planejamento participativo”, enfatizou Tebet, pedindo ainda aos conselheiros suporte no cumprimento da grande missão que, segundo ela, é conciliar algo que não é distante: a responsabilidade fiscal com compromisso social.

 

Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Brasil tem tudo para crescer forte. “Precisamos arrumar o que está desarrumado e apertar os parafusos. Tenho muita esperança de que esse conselho nos ajude a aprimorar os programas e as políticas públicas”, afirmou.

 

Tebet lembrou o início do planejamento participativo para construção do Plano Plurianual (PPA) do quadriênio 2024-2027 e a ida da ministra e da equipe do Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO) a todas as capitais brasileiras nos próximos dois meses para ouvir os conselhos da sociedade civil, destacando ainda que as sugestões do Conselhão serão incorporadas ao PPA, que é a base para as demais leis orçamentárias.

 

Para a ministra, esse é o conselho da união. “É disso que o Brasil precisa, acabar com a polarização e unir a nossa gente. Esse é o conselho da reconstrução porque temos que reconstruir o Brasil em outras bases, é o conselho do diálogo, porque é nas divergências e nos diferentes que nós vamos encontrar a saída para os problemas do Brasil. Esse é o Conselhão da democracia, repaginado, fortalecido nas bases do amor ao Brasil e da defesa intransigente da democracia e da cidadania”, reforçou Tebet.