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Déficit em produtos químicos recua 8,7% e totaliza US$ 7,4 bi no bimestre

Terca-Feira, 21 de Marco de 2023


Manutenção de resinas termoplásticas na LETEC desloca produto nacional

e ameaça fabricação doméstica




O déficit acumulado da balança comercial de produtos químicos totalizou US$ 7,4 bilhões nos dois primeiros meses do ano. O valor representa um recuo de 8,7% em relação ao mesmo período do ano passado, que havia sido recorde de US$ 8,1 bilhões. No primeiro bimestre de 2023, as importações de produtos químicos somaram US$ 9,7 bilhões, retraindo 8,3% em relação ao mesmo período de 2022. Já as exportações, de pouco mais de US$ 2,3 bilhões, apresentaram, por sua vez, uma redução de 7% na mesma comparação. Ambos os resultados se justificam no contexto das reduções de 10% das quantidades físicas importadas pelo Brasil e de 3,2% daquelas exportados pelo País para seus parceiros comerciais.

 

Especificamente no mês de fevereiro, as importações de produtos químicos foram de US$ 4,3 bilhões, redução de 22,7% em relação ao mesmo mês do ano passado, enquanto as exportações, de praticamente US$ 1,1 bilhão, em fevereiro, recuaram 14,9% em igual comparação. Em termos de quantidades, as importações, de 3,3 milhões de toneladas, são as menores desde fevereiro de 2020, ao passo que as exportações de 1,1 milhão de toneladas se mantêm estáveis na média dos volumes vendidos para os vários mercados de destino dos produtos brasileiros.

 

Nos últimos 12 meses, o déficit em produtos químicos somou US$ 62,3 bilhões (março de 2022 a fevereiro de 2023), redução de quase US$ 1 bilhão para tal indicador em bases anualizadas frente ao resultado de 2022 (déficit recorde de US$ 63 bilhões).

 

Segundo a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, além das missões estratégicas e estruturantes para o desenvolvimento da indústria química brasileira, duas agendas são emergenciais para o setor, indispensáveis para a melhoria do cenário de curto prazo: a revigoração do REIQ e a retirada das resinas termoplásticas da Lista de Exceções à Tarifa Externa Comum (LETEC). “A indústria mundial busca alternativas para descarbonizar a produção e toda a sua cadeia de valor, incluindo a matriz de transportes. O Brasil tem uma janela importante de oportunidades para atrair montante expressivo de investimentos na descarbonização, mas para isso é fundamental a construção de um ambiente de estabilidade política, jurídica e regulatória. Revigorar o REIQ e retomar a aplicação das alíquotas devidas para a importação das resinas termoplásticas são as medidas emergenciais e indispensáveis para o reestabelecimento da segurança jurídica necessária às operações industriais no País e garantia da preservação do mercado doméstico das vulnerabilidades externas neste atual momento, marcado por uma já importante sobre capacidade global de produção e por novas plantas sendo instaladas ao redor do mundo com fortes políticas de estímulo industriais, como o Green Deal europeu e o Inflation Reduction Act dos EUA”, destaca Fátima Giovanna.