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Abiquim apresenta agenda da indústria química brasileira para Ministro Fernando Haddad
Segunda-Feira, 30 de Janeiro de 2023
Ministro da Fazenda mencionou encontro com a associação nesta segunda-feira, 30, em reunião na FIESP, ao destacar oportunidades de reindustrialização do País
Na última sexta-feira, dia 27 de janeiro de 2023, a Abiquim e CEOs de suas empresas associadas se reuniram com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad e sua equipe, para apresentar a agenda estratégica da indústria química brasileira, no gabinete do Ministério, em São Paulo.
Entre os temas, foram abordadas as oportunidades de desenvolvimento que o país tem diante de um contexto mundial onde dois vetores são centrais: redução de efeitos climáticos e uma economia circular e sustentável.
Segundo o presidente-executivo da Abiquim, André Passos Cordeiro, a química tem um papel fundamental para que tais oportunidades possam ser aproveitadas. Ele enfatizou ainda que não é possível fazer uma transição energética a partir de uma economia linear não sustentável e que produz efeitos importantes sobre o clima pelas emissões de carbono, para uma economia circular, sustentável e carbono neutra. “Captura de carbono, hidrogênio e baterias, entre outros insumos, materiais e componentes para veículos elétricos, por exemplo, têm na química seu fundamento. É na química que se pode dar o mais nobre uso para a matéria-prima de transição: o gás natural. Usando-o como energia e matéria-prima, acompanhado do uso de tecnologias de captura de carbono (CCU e CCS).”
Passos lembrou ainda que diversos países ao redor do mundo organizaram planos estruturados de sustentação do processo de transição. Inflation Reduction Act, Jobs Act e, antes desses, o programa do Shale Gas, são exemplos dos Estados Unidos que mobilizam bilhões de dólares. A União Europeia - e dentro dela, Alemanha e França, por exemplo - também têm seus planos e programas de sustentação da transição, além, de China, Japão, Índia e Coreia. (Confira os detalhes desses países e seus respectivos programas clicando aqui)
Ao final da apresentação, o presidente-executivo da Abiquim demonstrou que a indústria química brasileira está pronta para responder aos desafios no Brasil com projetos, capacidade técnica e disposição para investir. “Levamos ao ministro Haddad propostas para construir diretrizes e instrumentos de política pública que componham a sustentação a esse processo de transição que começa com o aproveitamento do Gás Natural do Pré-Sal e segue em direção a produção usando energia e matérias-primas renováveis, à semelhança do que esses países estão fazendo. Se conseguirmos avançar nestes modelos, podemos ver um novo ciclo de investimentos na química brasileira, na casa dos USD 5 bilhões anuais”, garantiu Passos, complementando que a base para que isso ocorra são as vantagens comparativas do país: gás natural em grande volume, água em abundância, matriz energética mais renovável e potencial de circularidade elevado.
No que tange as relações comerciais no Mercosul, Passos disse que química brasileira tem um balanço de transações correntes com a Argentina muito forte. São 15 bilhões de dólares de exportação para a Argentina e 13 bilhões de dólares de importação. “Para o Brasil é importantíssimo que a transação desse fluxo de comércio se consolide, se estabilize e encontre soluções inteligentes para que ele ganhe ainda mais fluidez, seja entre esses dois países como com os demais do Mercosul”, salientou Passos.
A ideia, segundo Passos, é que se consiga coordenar esses esforços para que isso seja viabilizado, ao que Fernando Haddad se colocou à disposição para se construir um diálogo e seguir na construção de políticas públicas que dialoguem com as propostas apresentadas pelo setor químico.
Nesta segunda-feira, 30 de janeiro, o ministro da Fazenda, durante reunião de diretoria da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), destacou o encontro realizado com a ABIQUIM, sobre a importância da química em meio a oportunidades de desenvolvimento da indústria brasileira, que passa pela transição energética para uma economia mais sustentável e o papel do gás natural nessa transição. Segundo Fernando Haddad, uma equipe foi montada dentro do governo para trabalhar no plano de transição energética com foco na reindustrialização do País.