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Metaverso é tema de workshop realizado pela Comissão de Imagem e Comunicação da Abiquim

Terca-Feira, 16 de Agosto de 2022


No dia 10 de agosto, a Comissão Temática de Imagem e Comunicação da Abiquim realizou a oitava edição do Encontro de Profissionais de Comunicação, cujo tema foi “Metaverso – Conceito, Aplicação e Tendências”. Transmitido pelo terceiro ano consecutivo de forma virtual, o encontro contou com a participação de Eliane El Badouy Cecchettini, diretora de Media Intelligence & Consumer Insights da Target Media, e Carolina Kia Takada, CEO da Weme.

 

Eliane El Badouy Cecchettini fez uma apresentação enfatizando que o metaverso pode realmente significar para os anos 2020, o que a internet representou nos anos 90, um ambiente totalmente novo, repleto de oportunidades, com a vantagem de que já existe um gigantesco grupo de clientes espalhados pelo mundo ávidos por experimentar novidades em um universo diferente.

 

Ela contou que esta ‘nova’ realidade virtual já existe há mais de três décadas, mas até recentemente ninguém conhecia. “Só no final de 2021, quando o Facebook anunciou seus planos de se tornar uma empresa de metaverso, é que a ideia ganhou popularidade. Essa tecnologia até teve um hype inicial antes disso, mas perdeu a relevância porque a internet não ajudava, não tinha smartphone e as mídias sociais estavam bem no início. Somente com o passar do tempo, mediante melhorias gráficas, animações mais vivas, integração com mídias sociais, entre outras evoluções, o metaverso acabou ganhando mais espaço e, sobretudo, gerando maior identificação para os que se aventuraram a desfrutar dessa nova experiência.”


Experiência, segundo Badouy, que pode ser a que o indivíduo quiser. Sim, no metaverso, você pode, inclusive, ser o que você quiser, assim como no livro Snow Crash, de Neal Stepherson. Na história, o personagem principal é um entregador de pizza no seu mundo real, mas na realidade virtual ele é um príncipe guerreiro.

 

“É a busca por experiência digitais, únicas, inéditas e não-reprodutíveis no mundo físico que caracteriza o poder explosivo de consumo no metaverso. Por isso tantas organizações estão tão interessadas em liderar o caminho nessa direção. E como resultado, estamos vendo a rápida migração das marcas”, continuou a diretora da Target Media. Ao longo de sua palestra, a especialista apresentou ao público diversos cases de grandes empresas que têm investido em ações no metaverso.

 

Para Carolina Kia, a segunda palestrante do evento, não é uma questão de ‘se’, mas ‘quando’ o metaverso vai ser utilizado pela maioria das pessoas. A filosofia da Weme, empresa de design e inovação que ela trabalha, está alinhada à crença de que podem acelerar a inovação e entregar mais valor para seus clientes por meio de soluções centradas nas pessoas. “A experiência de trabalho dos nossos colaboradores reflete na experiência dos nossos clientes”, ressaltou Kia, explicando como eles se inspiraram no metaverso.

 

Ela contou que antes da pandemia, a Weme tinha quatro escritórios e a integração entre eles era total, envolvendo oficinas e encontros constantes. “Tínhamos muitos elementos culturais que nos ajudavam na condução dos trabalhos. Nosso espaço físico, sobretudo, tinha música e uma interação especial onde cada wemer (como chamamos cada um dos nossos colaboradores), podia levar alguém da família, seu pet e amigos. Ou seja, um ambiente de muita densidade”, continuou a CEO, reforçando que uma entrega eficiente ao cliente começa com o próprio colaborador.

 

Quando se viram obrigados a partir para o formato remoto, o desafio foi justamente manter essa unidade, esse senso de engajamento e pertencimento da equipe. Foi quando, segundo, Kia, descobriram uma plataforma com um potencial gigantesco de manter a cultura e proposta de valor da Weme. Hoje, eles trabalham em um escritório virtual, similar a um ambiente de jogos. O resultado não foi só positivo como a empresa incorporou exclusivamente o formato remoto.

 

“Apesar desta plataforma se posicionar como uma empresa de metaverso, para acessá-la você não precisa de nenhum outro recurso, além do seu computador e seu celular para ter uma experiência um pouco mais imersiva do que uma vídeo-chamada, por exemplo. Hoje somos 70 pessoas espalhadas pelo mundo”, disse Kia, ressaltando o quanto é bacana ver a autonomia de cada colaborador quando cria o seu próprio avatar e, por meio dele, se expressa espontaneamente. “Ele pode se movimentar, caminhar de uma sala para outra, dançar, celebrar e reagir às informações. Se esbarrar com alguém no ‘corredor’, automaticamente, uma vídeo-chamada se abre e, se quiserem, podem aceitar a conversa e bater um papo ali ou tomar um café virtual. É possível ainda customizar seus espaços de trabalho e deixar recados uns para os outros.”

 

 No final das apresentações, Maria Isolina Noguerol, Head de Comunicação e Marketing da Clariant e também membro da comissão da Abiquim, conduziu um painel de perguntas e respostas entre as painelistas e o público, onde várias questões foram levantadas, entre elas, a implementação de ambientes inclusivos para pessoas deficientes no Metaverso, o impacto da inteligência artificial nesta nova realidade virtual, normas de segurança e investimentos.

 

Para assistir o evento na íntegra, clique aqui