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Produção e vendas internas de químicos têm leve alta em janeiro

Terca-Feira, 22 de Fevereiro de 2022

Utilização de capacidade instalada de 82% é o melhor resultado mensal desde outubro de 2018



Os índices de volume dos produtos químicos de uso industrial iniciaram o ano com resultados positivos na comparação de janeiro de 2022 com o mês anterior: para produção, a alta foi de 0,38%; para vendas internas, houve elevação de 2,50%; e a utilização da capacidade instalada subiu para 82%, registrando o melhor janeiro dos últimos quatro anos e o melhor resultado mensal desde outubro de 2018. 

 

Em relação ao consumo aparente nacional (CAN) - resultado da soma da produção com as importações menos as exportações -, houve recuo de 17,5% sobre o mês anterior. O expressivo declínio é resultado da forte queda das importações dos produtos amostrados no RAC (-39,4%), puxados pelo grupo de intermediários para fertilizantes, cujo volume importado caiu 50,7% em janeiro deste ano, sobre dezembro do ano passado.


Confira os principais indicativos do mês de fevereiro:



No que se refere ao índice de preços Abiquim-FIPE, a variável registrou recuo de 0,56% em janeiro de 2022, em relação a dezembro, mas alta de 51,24% em relação a janeiro de 2021. Os preços de produtos químicos de uso industrial no mercado local estão sendo impactados pelas variações ocorridas no mercado internacional. O petróleo Brent chegou à US$ 92,3 o barril no início de fevereiro, puxando a nafta petroquímica, principal matéria-prima da química de base, para o valor de US$ 772 a tonelada em janeiro deste ano, alta de 56% em dólares em relação a igual mês do ano passado. Apenas em janeiro de 2022, sobre dezembro, a cotação internacional da nafta, convertida para reais, teve alta de 8,7%.

 

Outro insumo e matéria-prima da indústria química que tem enorme relevância sobre os custos no mercado interno é o gás natural, que também se encontra em um patamar muito elevado desde o início do segundo semestre do ano passado, sobretudo pela maior demanda para geração de energia elétrica.

 

 “Olhando para o futuro, com o aumento da produção de óleo e de gás no Brasil, a indústria química tem a oportunidade de poder crescer e se desenvolver, desde que esses insumos possam ser acessados de forma competitiva”, observa a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira. “Ademais, a química pode ajudar o Brasil a se desenvolver, agregando valor aos seus recursos naturais e mitigando riscos inerentes às modificações no mercado de combustíveis.”

 

Em sua visão, cabe ao governo brasileiro uma importante e urgente decisão: a definição entre ser exportador de commodities ou de bens acabados, que trazem muito mais valor ao País.

 

“Também são urgentes as reformas tributária e administrativa, as soluções de infraestrutura e de deficiências logísticas, além da redução do custo Brasil, que impõem custos ao país que não são compatíveis com os que se praticam no mercado internacional”, alerta a diretora da Abiquim. “Atrair investimentos é urgente para que o Brasil possa dar condições aos 12,4 milhões de trabalhadores desempregados retornarem à atividade. A química está confiante de que, ajustando corretamente o rumo e a direção, pode voltar a crescer, oferecendo produtos, serviços, inovação e empregos compatíveis com uma nova realidade econômica e com as necessidades de uma produção limpa e sustentável.”