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Alta de preços internacionais desestimula quantidades importadas em janeiro, mas déficit em produtos químicos atinge recorde de US$ 47,2 bi em doze meses

Terca-Feira, 15 de Fevereiro de 2022

REIQ e SISCORI são ativos estratégicos na segurança jurídica e planejamentos setoriais e de políticas econômicas e comerciais



As importações brasileiras de produtos químicos totalizaram US$ 5 bilhões em janeiro de 2022, o que representa um considerável aumento de 43,1% em relação ao total de janeiro de 2021. Tal resultado se deveu sobretudo à expressiva alta de 64,8% nos preços de importados, na mesma base de comparação, uma vez que, em contraposição ao aumento dos valores importados, as quantidades físicas adquiridas do exterior, de 3,7 milhões de toneladas, diminuíram 13,1%, com retrações de volumes em praticamente todos os grupos de produtos acompanhados.

 

Já as exportações, de praticamente US$ 1,3 bilhão, refletem os crescimentos das vendas de produtos químicos, em valor, de 43% na comparação com o mês de janeiro do ano passado, mas redução de 20,5% em relação a dezembro de 2021. No mês, o volume de pouco mais do que 1,2 milhão de toneladas sinaliza retrações de 5,5% em relação a janeiro de 2021 e de consideráveis 30,8% na comparação com dezembro passado, com significativos recuos nas quantidades físicas vendidas ao exterior de produtos químicos inorgânicos (-35,5%), de orgânicos (-25,4%) e de resinas termoplásticas (-8,4%).


O resultado da balança comercial para o primeiro mês do ano foi de um déficit superior a US$ 3,7 bilhões, no mês, e de US$ 47,2 bilhões, em bases anualizadas, respectivamente novos recordes para meses de janeiro e últimos doze meses (fevereiro de 2021 a janeiro de 2022), mais evidências de que 2022 será um ano particularmente crítico para o setor, no qual previsibilidade regulatória e fortalecimento de uma agenda robusta de competitividade terão papel central para toda a cadeia produtiva, com consequências enormes para milhares de empregos e para o futuro da indústria química nacional.

 

Para o presidente-executivo da Abiquim, Ciro Marino, mudanças bruscas no ambiente de negócios do comércio exterior causam turbulências irreparáveis para o setor produtivo instalado, para os investidores e, com isso, impactam a economia brasileira como um todo. “Segurança jurídica e publicidade oficial das estatísticas de operações aduaneiras são ativos estratégicos para as avaliações de cenário e planejamentos empresariais, setoriais e das próprias políticas públicas de comércio exterior. É por isso que defendemos prioritariamente nesse momento a garantia de existência do Regime Especial da Indústria Química (REIQ), nos termos previstos em lei, e o religamento imediato do SISCORI, sistema de dados estatísticos sobre operações aduaneiras e peça fundamental na cooperação do setor privado para uma eficiente gestão integrada de riscos pela aduana brasileira e demais agências de controle de fronteira”, destaca Marino.