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Notícias Abiquim

Apagão na região Nordeste interrompe sequência de alta nas vendas de produtos químicos

Sexta-Feira, 27 de Setembro de 2013

Índice quantum recuou 2,82% em agosto em comparação ao mês anterior

Após registrar duas altas expressivas entre junho e julho, o índice de quantum das vendas internas dos produtos químicos de uso industrial teve recuo de 2,82% em agosto de 2013, sobre o mês anterior, enquanto o índice de produção caiu 4,19%, na mesma comparação. Em termos de volumes, o mês de agosto dava sinais de que manteria estabilidade em relação aos níveis relativamente bons do mês anterior. Todavia, o apagão de energia elétrica, ocorrido no dia 28 de agosto e que durou quase três horas em toda a região Nordeste do País, impactou negativamente a produção e as vendas de diversos produtos amostrados. Algumas fábricas levaram dias para reestabelecer a produção, diminuindo o fornecimento de matérias-primas para várias outras empresas. Para a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, o apagão prejudica a confiança do setor. “Preocupa o fato de que, além de o Brasil possuir uma tarifa de energia pouco competitiva, temos também a baixa confiabilidade e insegurança quanto ao suprimento, o que causa prejuízos à produção”, afirma.

Além do apagão, foram realizadas paradas programadas para manutenção em algumas plantas de São Paulo. Como consequência desses fatores, o índice de utilização da capacidade instalada recuou para apenas 79%. Na média dos primeiros oito meses do ano, esse índice foi de 82%, o que ainda é considerado baixo. “Reduzir a ociosidade é o primeiro passo para diminuir o atual déficit dos produtos químicos e acompanhar a aceleração do crescimento, além de atrair novos investimentos”, complementa Fátima. 

Quanto ao índice de preços, houve alta de 2,41% em agosto, sendo esta a segunda elevação consecutiva. Os preços dos produtos químicos no mercado interno estão sendo impactados pela valorização do dólar no mundo (e especialmente no País, em relação ao Real) e também pelas oscilações dos preços no mercado internacional, como consequência da alta da nafta petroquímica, principal matéria-prima do setor. Em agosto, sobre julho, apesar da desvalorização do Real, o volume importado dos produtos do Relatório de Acompanhamento Conjuntural (RAC) cresceu 3,1%.

Já em relação ao acumulado de janeiro a agosto de 2013 sobre igual período do ano passado, o segmento vem exibindo aumentos consistentes em termos de volume, mas com alguma desaceleração: produção +0,91% (contra +1,86% de janeiro a julho) e vendas internas +2,16% (ante +3,25% de janeiro a julho). Parte expressiva desse desempenho pode ser atribuída à desoneração de PIS/Cofins sobre a compra de matérias-primas de primeira e segunda geração petroquímica, estabelecida pela medida provisória 613/2013, no início de maio, convertida no início de setembro na Lei 12.859. Também há um impacto importante proveniente da desvalorização do real, em relação ao dólar, que tornou o produto no mercado nacional mais atrativo. 

O consumo aparente nacional (produção mais importação menos exportação), que mede a demanda interna por produtos químicos, registrou aumento de 7,3% de janeiro a agosto deste ano, também em relação a igual período do ano anterior.




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