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Desoneração de matérias-primas impulsiona setor químico brasileiro e índice de vendas internas cresce quase 7% em junho

Quinta-Feira, 01 de Agosto de 2013



MP 613, que desonera PIS e Cofins na compra de matérias-primas de primeira e segunda geração, entrou em vigor em maio deste ano


O mês de junho foi positivo para o fabricante nacional de produtos químicos. O índice de quantum das vendas internas dos produtos químicos de uso industrial registrou crescimento de 6,90% na comparação com o mês anterior. De acordo com a equipe de Economia e Estatística da Abiquim, essa recuperação foi estimulada pela desoneração de PIS/Cofins sobre a compra de matérias-primas da primeira e da segunda geração petroquímica, seguida pela desvalorização do real em relação ao dólar, que tornou o produto no mercado nacional mais atrativo. 

Os índices de volumes também dão sinais de melhora no acumulado do 1º semestre de 2013, com aumento de 1,81% na produção (contra 0,28% de janeiro a maio) e crescimento de 2,58% das vendas internas (ante 0,08% dos primeiros cinco meses do ano). Já o consumo aparente nacional (produção + importação – exportação), que mede o comportamento da demanda doméstica na ponta, apresentou entre janeiro e junho uma expressiva elevação de 8,8%. Vale destacar que, tanto na produção quanto nas vendas internas, os volumes do 1º semestre de 2013 são os melhores dos últimos sete anos. Na opinião da diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, o atual cenário pode melhorar ainda mais: “As expectativas são positivas em termos de produção com a conversão da MP 613 em lei, além da possibilidade de elevação da utilização da capacidade instalada, que ainda está baixa, em torno de 82%. Há espaço para subir esse índice em dez pontos”, explica.

Já em relação ao índice de preços, houve deflação de 2,04% e 0,48% nos meses de maio e junho, respectivamente. Nos últimos 12 meses, a variação dos preços acumula aumento de 3,66%.

Apesar dos dados positivos para a indústria química brasileira, o volume de importações manteve a trajetória de crescimento, com significativa alta de 25,8% entre janeiro e junho, sobre igual período do ano anterior. Na lista de produtos mais importados lideram os intermediários para fertilizantes (+35,9%, sendo que a ureia teve alta de 60,9% em volume), os petroquímicos básicos (+22,3%, sobretudo metanol, cujas importações cresceram 20,6%) e as resinas termoplásticas (+25,3%, notadamente polietilenos, que cresceram 31,4%). Fátima Giovanna Coviello Ferreira ressalta a importância do gás natural no caso de produtos como ureia e metanol, além dos custos elevados que acabam prejudicando a competitividade do setor: “É fundamental neste momento que se adote com urgência uma política para o gás natural utilizado como matéria-prima para que a indústria local consiga suprir a crescente demanda interna”.

No 1º semestre, as exportações dos produtos amostrados no RAC caíram 2,7%, em comparação ao mesmo período de 2012. Ainda não há como aferir qual será o impacto da valorização do dólar sobre os resultados da balança comercial de produtos químicos, todavia, pela amostra do RAC, analisando as informações até o mês de junho, percebe-se uma redução na taxa de crescimento das importações, bem como uma ligeira melhora nas exportações. Atualmente, as exportações representam cerca de 10% do volume produzido pelo segmento, se forem considerados apenas os produtos inseridos nesta análise. 



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