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Biorrefinarias ganham espaço na Alemanha

Terca-Feira, 16 de Julho de 2013

Sociedade técnica da área química alemã apoia Simpósio sobre o tema, promovido pela Embrapa em parceria com a Abiquim

Biorrefinaria é um conceito já aplicado em algumas indústrias, mas que ainda encerra muitos desafios para instituições de pesquisa, governo e setor produtivo. De 24 a 26 de setembro, Brasília/DF receberá profissionais brasileiros e estrangeiros envolvidos com o tema, no II Simpósio Nacional de Biorrefinarias. O evento é promovido pela Embrapa Agroenergia em parceria com a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) e a Sociedade de Engenharia Química e Biotecnologia da Alemanha (Dechema).

Instituições alemãs estão entre as que vão apresentar cenários e expectativas em relação a biorrefinarias. O assessor da Dechema, Dieter Miers, que integra a comissão organizadora do Simpósio, diz que a Alemanha iniciou uma corrida por fontes de energia limpas e renováveis, passando também a investir em biorrefinarias. “A comunidade científica já estava preocupada com a questão do efeito estufa, da produção racional de energia e do preço alto dos combustíveis fósseis, e, paralelamente, as questões econômicas que tumultuam a Europa fortalecem a bioeconomia”, conta o assessor.

Segundo Miers, nos últimos três anos, os alemães fecharam usinas nucleares e estabeleceram prazos de encerramento das atividades de outras. Para compensar a falta dessa energia, investimentos têm sido feitos na geração eólica e solar. No entanto, com a baixa incidência de raios solares e a dificuldade de armazenamento, a energia derivada da biomassa também ganha espaço, o que gera oportunidades profissionais na área.

Em 2012, o diretor-geral da Dechema, Kurt Wagemann, lançou o "Roadmap Bioraffinerien", uma espécie de mapa que, segundo Miers, “visa a organizar as metas do desenvolvimento conceitual das biorrefinarias nas indústrias alemãs”. Atualmente, há usinas operando com beterraba, cereais, girassol, canola e resíduos lignocelulósicos de madeira e cereais. Biocombustíveis, rações e CO2 para a indústria alimentícia estão entre os produtos já obtidos. “Pretende-se avançar e evoluir até as chamadas biorrefinarias de syngas e biogás, mas a disponibilidade de matérias-primas ainda é um entrave”, pondera. 



Cooperação

Para o brasileiro que vive na Alemanha, a colaboração entre os dois países deve contribuir para acelerar o desenvolvimento das biorrefinarias. “A Alemanha quer aprender com os brasileiros”, afirma Miers. O Brasil é muito bem visto no país europeu pela experiência acumulada em energias renováveis, especialmente etanol. “Estou convicto de que, em termos energéticos, os biocombustíveis são excelentes alternativas, seja para utilização em aeronaves e automóveis, seja para geração de energia elétrica”, enfatiza Miers, que trabalhou no pioneiro programa brasileiro de etanol, o Proálcool. 

As inscrições para o evento estão abertas no site www.snbr2013.com.br. Até 31 de julho, a taxa é de R$ 500,00, com desconto de 50% para estudantes. Empregados da Embrapa e colaboradores da Abiquim e da Dechema pagam R$ 400,00. Também no site está disponível a programação, que contará com apresentações de especialistas de instituições do Brasil, Canadá, Espanha, Estados Unidos, Holanda, Inglaterra e Noruega, além da Alemanha. Está prevista a realização de uma mostra de tecnologias verdes, além de rodada de negócios. Durante o evento, haverá o lançamento de um livro sobre o potencial de matérias-primas brasileiras para Química Verde.

O Simpósio tem o apoio institucional da Internacional Union of Pure and Applied Chemistry (IUPAC), da Sociedade Ibero-americana para o Desenvolvimento das Biorrefinarias (Siadeb), da Sociedade Brasileira de Química (SBQ), da Associação Brasileira das Indústrias de Química Fina, Biotecnologia e suas Especialidades (Abifina), da Associação Brasileira da Indústria da Cana-de-açúcar (Unica), da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei) e do Conselho Regional de Química do Estado de São Paulo (CRQ IV Região). A Braskem e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) patrocinam o evento.