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APAGÃO de energia prejudica volumes de outubro e demanda na ponta sofre recuo em 2012, aponta Abiquim

Terca-Feira, 04 de Dezembro de 2012

O Relatório de Acompanhamento Conjuntural (RAC), divulgado pela Associação Brasileira da Indústria Química, revela que o índice de produção em outubro caiu 2,05% e que o de vendas internas recuou 2,25% em comparação a setembro. Em relação ao mesmo mês do ano passado, em termos de produção, o índice apresentou taxa de variação negativa de 2,45%. Segundo a Abiquim, o setor foi gravemente prejudicado pelo apagão de energia elétrica, ocorrido no dia 25 de outubro, que atingiu toda a região Nordeste, Norte e Centro-Oeste, além do estado de Minas Gerais.

Ainda de acordo com a Associação, outro fator preocupante para a indústria é que a demanda na ponta por produtos químicos, medida pelo consumo aparente nacional (CAN), recuou 1,42% no acumulado de 2012 em comparação ao mesmo período do ano anterior.

Segundo Fátima Giovanna, diretora técnica de Economia e Estatística da Abiquim, fatores como o apagão elevam o custo do setor: “Para a indústria química, que opera a maioria das plantas em processo contínuo, a incerteza quanto ao fornecimento seguro de energia elétrica é um fator muito preocupante atualmente, pois tais paradas têm resultado em um alto custo para as empresas, especialmente quando os fornos são afetados, além da demora na volta da operação à normalidade. É lamentável que apesar das elevadas tarifas pagas pela energia, o fornecimento não seja confiável”.

Apesar do enfraquecimento dos volumes no bimestre setembro-outubro, o acumulado de 2012 apresenta um desempenho favorável no segmento de produtos químicos de uso industrial, sobre igual período de 2011: índice de produção + 3,75% e vendas internas +6,93%.

A Abiquim vem participando ativamente do Conselho de Competitividade da Química, que fez um diagnóstico acertado sobre a situação atual da indústria no País e tocou em importantes problemas estruturais que precisam ser adequadamente tratados e resolvidos para que a indústria possa não só sobreviver como também voltar à trajetória de crescimento. Ameaças como o gás de xisto americano podem se traduzir, em um curto espaço de tempo, em mais pressão de importações, não só de produtos químicos, mas também de uma infinidade de produtos transformados e finais, que deverão passar a ser produzidos no mercado americano pelo excepcional ganho de competitividade. Algo precisa ser feito, e com urgência, no Brasil.

“O Brasil, como a maioria dos países, também se recente da desaceleração da economia mundial. Todavia, os fatores relacionados ao custo Brasil fazem com que a situação seja agravada. A indústria brasileira vive um momento delicado de falta de competitividade. Na química, a ociosidade permanece em patamares elevados, o que desestimula novos investimentos no segmento. E assim, o circulo vicioso se repete por mais um ano (baixa produção, baixa rentabilidade, não realização de investimentos, aumento das importações, etc.), agravando o déficit em produtos químicos”, acrescentou Fátima Giovanna, diretora técnica de Economia e Estatística da Abiquim.

A Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), fundada em 1964, reúne as indústrias químicas de grande, médio e pequeno porte, bem como prestadores de serviços ao setor nas áreas de logística, transporte, gerenciamento de resíduos e atendimento a emergências. A entidade representa o setor nas negociações de acordos internacionais relacionados a produtos químicos. A ABIQUIM é responsável pela coordenação, em nível nacional, do Programa Atuação Responsável® e pela operação do Pró-Química®, além de administrar o CB 10 - Comitê Brasileiro de Normas Técnicas, da ABNT, para a área química. 

FATOR BRASIL. Apagão de energia prejudica volumes de outubro e demanda na ponta sofre recuo em 2012, aponta Abiquim. Disponível em: <http://www.revistafator.com.br/ver_noticia.php?not=221586>. Acesso em: 04 dez. 2012.