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Importações sobre a demanda doméstica de produtos químicos alcançam recorde de 38,3% em 28 anos de análise

Segunda-Feira, 04 de Setembro de 2017

Os dados comprovam previsão da Abiquim: a recuperação do setor beneficiará fornecedores estrangeiros, enquanto as empresas químicas brasileiras perdem competitividade

São Paulo, 01/09/2017 – Os dados divulgados pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) indicam que, mesmo com uma leve recuperação do setor, as empresas brasileiras seguem perdendo espaço para os fornecedores estrangeiros. Nos primeiros sete meses do ano as importações dos produtos amostrados no Relatório de Acompanhamento Conjuntural (RAC), todos com produção local, tiveram elevação de 33,6%, mais que três vezes o crescimento da demanda de produtos químicos, medida pelo consumo aparente nacional (CAN), que cresceu 9%, enquanto as exportações declinaram 0,7%. 

Nos sete primeiros meses do ano, a participação das importações na demanda doméstica foi de 38,3%, novo recorde em 28 anos de análise, e a utilização da capacidade instalada foi de 78%, um ponto abaixo em relação ao mesmo período no ano anterior.

Para o presidente-executivo da Abiquim, Fernando Figueiredo, os dados divulgados comprovam o que a entidade há algum tempo vem alertando: a recuperação do setor químico significa a volta do crescimento das importações. “Todos nós queremos a retomada da economia, isso não há dúvidas. Mas a indústria precisa de condições para crescer junto. Um País rico em petróleo e gás e com a maior biodiversidade do mundo não pode ter as matérias-primas e a energia mais caras do mundo. Isto sem falar dos juros mais elevados do planeta, o que é fatal para uma indústria intensiva em capital. Precisamos de uma política industrial que torne as empresas brasileiras mais competitivas. Temos demanda doméstica que é atendida por importações, levando riqueza e emprego para outros países”, lamenta.

No mês de julho o segmento de produtos químicos apresentou elevação de 10,04% no volume de produção, as vendas internas tiveram alta de 4,20% e o índice de utilização da capacidade instalada subiu quatro pontos percentuais, chegando a 78%. A melhora dos índices, em relação ao mês anterior, deve-se principalmente a fraca base de comparação, em razão de paradas programadas para manutenção e problemas operacionais isolados, além do mercado deprimido, especialmente no segundo trimestre. Ainda em julho, as importações dos produtos do RAC cresceram 11,4% e as vendas destinadas ao mercado externo tiveram recuo de 2,0%.

Segundo a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, o aumento da participação de produtos importados vem sendo influenciado especialmente pelos produtos químicos destinados ao agronegócio nacional, que puxa a demanda por intermediários para fertilizantes. Fátima também alerta que “a continuar o crescimento das importações de produtos químicos de forma tão explosiva, a preocupação que começa a ganhar força dentre as empresas do setor diz respeito à elevação das importações indiretas por produtos químicos, contidos na importação de bens acabados, o que pode levar à desestruturação do setor químico no País e ao fechamento de plantas, pela intensificação da falta de competitividade”.

Para a diretora da Abiquim, apesar de algumas medidas para a retomada da indústria brasileira significarem, no curto prazo, possíveis renúncias fiscais, a melhora esperada com o aumento na produção, no ambiente de negócios e na atração por novos investimentos, significará mais empregos, mais negócios, mais investimentos e, consequentemente, mais riqueza, pelo efeito agregador da química, tanto à montante quanto à jusante. “Não há País desenvolvido sem uma indústria química também expressiva”, afirma.



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