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Produtos químicos de uso industrial têm melhor 3º trimestre desde 2013

Sexta-Feira, 28 de Outubro de 2016

Demanda interna cresce 10% em relação ao mesmo período do ano passado


São Paulo, 27/10/2016 – Os índices de volume dos produtos químicos de uso industrial registraram expressivo crescimento no 3º trimestre de 2016, alcançando os melhores resultados nessa comparação desde 2013. O índice de produção cresceu 5,6%, o de vendas internas 7,0%, enquanto a demanda interna, medida pelo consumo aparente nacional (CAN), teve alta de 10%. A utilização da capacidade instalada também registrou melhora, com resultado de 82%, acima da média do período de julho a setembro do ano passado, que foi de 79%.

Segundo a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, tradicionalmente, na indústria química, o 3º trimestre é o que concentra os maiores volumes de produção, de vendas e de demanda do ano. “Nesta época se produz o maior volume para as encomendas de final de ano e início do ano seguinte. Diversos segmentos clientes da química começam a dar sinais de melhora ou de que o pior já tenha passado, embora essa performance ainda não possa ser generalizada. Destacam-se os produtos químicos destinados à agricultura”, explica. 


Fátima lembra também que “apesar do alívio, não se pode deixar de mencionar que a retomada da atividade econômica e da demanda interna voltará a pressionar os resultados da balança comercial de produtos químicos, até porque os problemas mais estruturais do setor ainda carecem de solução. Além disso, com a melhora da demanda interna, as exportações também tendem cair”. Em 2015, com o recuo do CAN, houve um ganho de share do produtor local, em comparação às importações, de cerca de cinco pontos percentuais. No entanto, já se percebe elevação das importações sobre o CAN, que passaram de 29,7%, no 3º trimestre de 2015, para 33,0%, em igual período de 2016, ou seja, um aumento de 3,3 pontos percentuais.

Em setembro de 2016, a produção manteve-se praticamente estável, sobre agosto, com um crescimento de 0,10%. Os resultados poderiam ter sido melhores não fosse a ocorrência de algumas paradas programadas para manutenção, em diversos grupos de produtos amostrados, bem como um apagão de energia na região de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. Na comparação com setembro do ano passado, a produção cresceu 6,87%. No que se refere às vendas internas, o índice caiu 4,13% em setembro, sobre o mês anterior, mas subiu 4,02% sobre igual mês do ano passado. Apesar do recuo pontual de setembro, com a recuperação do mercado interno no ano, houve declínio no volume exportado em setembro (-20,9%), sobre o mês anterior, tendo sido este o pior resultado absoluto do ano. A utilização da capacidade instalada alcançou 83% em setembro, melhor nível operacional mensal desde meados de 2014.


 No acumulado de janeiro a setembro de 2016, sobre igual período do ano anterior, os resultados da amostra de produtos do RAC também sinalizam recuperação: o índice de produção cresceu 3,53% e o de vendas internas teve elevação de 1,94%. A taxa de utilização da capacidade instalada ficou em 80%, um ponto acima daquela registrada na média de janeiro a setembro do ano passado. Essa melhora se observa também no CAN, que teve elevação de 3,4% de janeiro a setembro de 2016, sobre os mesmos meses do ano passado, reforçando o quadro de melhora no ambiente econômico interno. “Vale ressaltar, todavia, que apesar dos números positivos, os níveis atuais de produção e vendas estão ainda distantes daqueles que haviam sido alcançados em 2007, sendo que a indústria, no momento, apresenta recuperação de mercado e não crescimento efetivo. A crise fez com que as curvas de vendas internas e demanda tivessem uma rápida inflexão para baixo. A retomada, no entanto, se dará de forma mais lenta e gradual”, analisa Fátima. Em termos de exportações, em volume dos produtos químicos de uso industrial, que compõem a amostra do RAC, houve um desempenho expressivo nos primeiros nove meses do ano, com crescimento de 16,6% sobre igual período do ano passado. No que diz respeito às importações, houve acréscimo de 10,7% de janeiro a setembro deste ano e a tendência é de volta aos níveis mais altos do passado com a melhora da demanda de mercado, em razão da falta de competitividade e de investimentos.


Nos últimos 12 meses, de outubro de 2015 a setembro de 2016, o índice de produção foi positivo em 2,22% sobre os 12 meses anteriores, enquanto o de vendas internas exibiu recuo de 0,58%, mas vale destacar que a taxa, apesar de negativa, apresenta trajetória crescente, uma vez que a queda das vendas internas era de 1,24% até agosto de 2016. A utilização da capacidade instalada ficou em 79% na média dos 12 meses encerrados em setembro, patamar exatamente igual ao dos 12 meses imediatamente anteriores. Na comparação anualizada, o CAN teve elevação de 0,3% (primeiro dado positivo na comparação anualizada; até os 12 meses encerrados em agosto, o recuo era de 2,2%). 


Segundo a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, o Governo Temer tem dado sinais de que está preocupado com questões mais estruturais e de longo prazo e não apenas de curto prazo. “Os projetos anunciados recentemente, como o Programa de Parceria de Investimentos (PPI) e o Programa Gás para Crescer, podem trazer benefícios tanto para a infraestrutura (custo e maior disponibilidade de oferta, especialmente matérias-primas) quanto para a competitividade do País e resultar em atração por novos e importantes investimentos em um futuro próximo”, conclui Fátima.  


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