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MMA conta com parceria da indústria química para promover o crescimento sustentável

Segunda-Feira, 11 de Abril de 2016

Proposta de colaboração foi feita durante evento O Acordo de Paris, realizado pela Abiquim

O secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (MMA), José Miguez, solicitou à indústria química, por interlocução da Abiquim, propostas a serem apresentadas ao governo com a finalidade de promover o crescimento sustentável. O objetivo seria criar um cenário positivo para o setor desenvolver ainda mais soluções e produtos que visem a sustentabilidade da própria indústria, de toda a cadeia produtiva e que estejam alinhadas com a metas do País validadas na COP-21. 

Miguez fez o convite durante o evento “O Acordo de Paris: A contribuição da indústria química para a agenda brasileira”, realizado em São Paulo, no dia 1º de abril. Ele participou de debate coordenado pelo diretor de Desenvolvimento Sustentável da Braskem, Jorge Soto, que abordou a importância de o País ter instrumentos econômicos incentivadores para desenvolver produtos sustentáveis. O debate também contou com a participação do coordenador-geral de Meio Ambiente e Mudanças Climáticas do Ministério da Fazenda, Aloísio Melo; do coordenador de Mudanças Globais de Clima do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (CGMC/MCTI), Márcio Rojas; e do vice-presidente do Conselho Diretor da Abiquim, Ralph Schweens.

Sobre o financiamento das ações que proporcionarão ao País a viabilidade para atingir as metas validadas na Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas – COP-21, Miguez explicou: “serão feitos redirecionamentos e aumentaremos a eficiência dos recursos para cumprir as metas do País”, e que recursos internacionais são benvindos. “Também temos conversado com fontes de recursos internacionais que querem ajudar na implantação das ações”.   

O coordenador-geral de Meio Ambiente e Mudanças Climáticas do Ministério da Fazenda, Aloísio Melo, destacou a necessidade de extrair o melhor das experiências internacionais para adaptá-las à realidade brasileira. “É importante olhar para as políticas que estão sendo desenvolvidas no exterior e como poderemos criar políticas que envolvam o governo e o setor privado”, destacou.

O coordenador de Mudanças Globais de Clima do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (CGMC/MCTI), Márcio Rojas, informou que nos próximos meses será lançada a plataforma Sirene – Sistema de Registro Nacional de Emissões, com os dados de emissões de gases do efeito estufa - GEE de diversos setores. “A ideia é ter no âmbito do Governo Federal uma plataforma sólida, prática e segura, que irá disponibilizar essas informações de forma transparente. O visitante poderá checar os dados de emissões de GEE de um determinado período, setor, separado por estado”.  

O vice-presidente do Conselho Diretor da Abiquim, Ralph Schweens, afirmou que a indústria química colabora com a sustentabilidade, desde antes de o tema se tornar uma pauta global. “Há muito tempo melhoramos processos e tecnologias para nossa produção, além de fornecer soluções que ajudam nossos clientes a diminuir suas emissões de gases do efeito estufa”.  Schweens também lembrou que os objetivos ambiciosos do Brasil na COP-21 fazem com que a indústria química esteja mais propensa a inovar para se atingir as metas, mas é necessário ter incentivos. “A Alemanha, por exemplo, incentivou o uso de energia eólica e solar, as empresas e a população passaram a investir em energia renováveis”. 

O presidente-executivo da Abiquim, Fernando Figueiredo, e o coordenador do Comitê para o Desenvolvimento Sustentável da Associação, Weber Porto, explicaram que a indústria química brasileira trabalha em busca da eficiência energética desde a época da Rio-92, realizada no ano em que a Abiquim assumiu a coordenação do Programa Atuação Responsável® no Brasil. “A química é uma indústria transversal, presente em todos os setores da economia, e capaz de propiciar inovações para a humanidade”, contou Figueiredo. 

Segundo o coordenador, Weber Porto, o Comitê foi criado para posicionar a indústria química como provedora de soluções para a sustentabilidade. “Em 2050, a população mundial será de 9 bilhões de pessoas. Para que todas vivam bem dentro dos limites do planeta, é necessário lidar com as mudanças climáticas e inovar para ampliar as soluções disponíveis”. O coordenador apresentou a visão do World Business Council for Sustainable Development, formado por 29 empresas, que abrangem os elementos: Valores das Pessoas, Desenvolvimento humano, Economia, Agricultura, Florestas, Energia, Construção, Mobilidade e Materiais, como cada um desses elementos deve evoluir a cada década para promover um planeta sustentável até 2050. 

Porto também explicou como a indústria química alemã criou a iniciativa Chemie 3, que une a Associação Alemã da Indústria Química – VCI, o Sindicato de Mineração, Química e Energia Industrial – IG BCE), e a Associação dos Empregadores Químicos da Federação Alemã – BAVC. “Eles entendem a sustentabilidade como uma obrigação de gerações presentes e futuras, e uma estratégia onde o sucesso econômico está em conjunto com a equidade social e a responsabilidade ambiental”.

O presidente do Conselho Diretor da Abiquim, Carlos Fadigas, realizou uma apresentação sobre as soluções da química para a sustentabilidade, na qual ressaltou a importância de a sociedade atual usar os recursos disponíveis sem comprometer as próximas gerações. Fadigas alertou que atualmente 16% da população consomem 78% dos recursos naturais. “É preciso entender a relevância da questão e enxergar-se como parte da solução”. 

Sobre a contribuição da indústria química para o meio ambiente, Fadigas explicou que entre 2006 e 2014 ela reduziu em 30% a emissão de gases do efeito estufa. “A química produz materiais que tornam os carros mais leves reduzindo o consumo de combustível, está presente nos materiais usados em pás eólicas que permitem a captação de energias alternativas e produz aditivos para alimentação animal que reduzem a geração de GEE na produção de carne”. Segundo o executivo o Brasil possui vantagens comparativas como sua biomassa e fontes de energia renováveis. “Mas é importante termos grandes investimentos e incentivos para tornar as vantagens comparativas em vantagens competitivas”.

O evento realizado pela Abiquim teve patrocínio de Braskem, Covestro, Evonik e Rhodia.



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