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Notícias Abiquim

Produção e vendas internas de produtos químicos crescem em outubro

Quinta-Feira, 27 de Novembro de 2014


Apesar da alta no mês, os índices mantêm declínio no acumulado de 2014

Conforme informações preliminares da Equipe de Economia e Estatística da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), os volumes de produção e de vendas internas de produtos químicos de uso industrial voltaram a subir em outubro de 2014, sobre setembro. A produção teve alta de 3,58% e as vendas internas cresceram 4,71%. De acordo com a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, a principal razão para as elevações foi a base deprimida de comparação do mês anterior, em razão da parada programada para manutenção do cracker da Braskem no Polo Petroquímico de Mauá (SP). “Essa parada teve impactos em diversas outras empresas, que aproveitaram para realizar manutenções preventivas no mês de setembro”, explica Fátima Giovanna.

No acumulado de janeiro a outubro de 2014, sobre iguais meses do ano anterior, o segmento manteve os resultados negativos em termos de volume. Nesse período, a produção caiu 4,68%, enquanto as vendas internas exibiram queda de 3,33%. A utilização da capacidade instalada média de janeiro a outubro ficou em 79%, três pontos abaixo do nível registrado nos primeiros dez meses no ano passado, indicando, assim, elevação da ociosidade do segmento para o pior patamar dos últimos oito anos. Apesar disso, o Consumo Aparente Nacional (CAN), que mede a demanda interna por produtos químicos, teve melhora de 1,4% de janeiro a outubro, sobre iguais meses do ano anterior. Como a produção caiu, as importações ocuparam uma fatia ainda maior da demanda e apresentaram crescimento de 11,6%. Na opinião da diretora da Abiquim, “a falta de competitividade do produtor local tem impactado não só o desempenho das vendas domésticas, mas também dificultado a remessa de produtos para o mercado internacional e estimulado a entrada de produtos fabricados em mercados atualmente mais vantajosos em termos de custos de produção”.

Na comparação dos últimos 12 meses encerrados em outubro, em relação aos 12 meses imediatamente anteriores, o CAN dos produtos químicos de uso industrial cresceu 2,5%, sendo que as variáveis inseridas no cálculo tiveram o seguinte desempenho: produção caiu 2,1%, exportações caíram 6,4%, enquanto o volume importado, dos mesmos produtos, teve crescimento de 9,9%. A participação das importações sobre o CAN chegou a 35,5% nos últimos 12 meses, maior valor registrado desde 1990. De acordo com Fátima Giovanna, a atividade econômica vem apresentando resultados muito aquém do que se esperava e as principais cadeias demandantes de produtos químicos não têm tido uma boa performance. “O crescimento do PIB, geralmente estimulador da demanda por produtos químicos, está bem abaixo do que o que se previa no início do ano”, lembra Fátima Giovanna. Para piorar o quadro, a diretora observa que 2014 foi agravado pelos riscos de um eventual corte no fornecimento de energia e/ou mini-apagões e pela dificuldade no fornecimento de água, devido à escassez de chuvas na região Sudeste. Além disso, as deficiências logísticas e a alta carga tributária têm tido alto impacto nas operações do setor químico. “Essa situação precisa ser resolvida se o Brasil quiser voltar a receber investimentos em química e não deteriorar ainda mais os resultados da balança comercial brasileira”, alerta a diretora.



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