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Notícias Abiquim

16 de setembro: Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio

Segunda-Feira, 15 de Setembro de 2014


Por Samy Hotimsky – Consultor Sênior da DuPont Sustainable Solution, PhD em Ciências Ambientais

O Protocolo de Montreal estabeleceu no ano de 1987 o controle de Substâncias Destruidoras da Camada de Ozônio (SDO). Desde 1988 o Brasil realiza ações para cumprir com as metas do Protocolo de Montreal por meio de dispositivos legislativos e políticas públicas. Além disso, o País vem recebendo recursos do Fundo Multilateral para a Implementação (FML) do Protocolo de Montreal para auxiliar na execução de projetos de conversão tecnológica. O clorofluorcarbono (CFC) é a principal substância destruidora da Camada de Ozônio. Foi amplamente utilizado entre as décadas de 1980 e 1990 na indústria de produtos e serviços, como a de refrigeração. O consumo do gás foi banido em 2010.

O Plano Nacional para Eliminação dos CFCs, aprovado em 2003, possibilitou a implantação de um sistema de recolhimento, reciclagem e regeneração de Substâncias Destruidoras da Camada de Ozônio (SDO) em todo o País, composto de cinco centrais de regeneração e 120 unidades de reciclagem para fluidos frigoríficos. Desde então, mais de 24,6 mil técnicos foram capacitados em boas práticas de refrigeração e mais de 200 empresas nacionais obtiveram apoio para a eliminação dos CFCs em equipamentos de refrigeração e na fabricação de espumas de poliuretano. 

O Brasil concluiu a eliminação dos CFCs em janeiro de 2007, três anos antes do previsto. Nos últimos 15 anos, o trabalho desenvolvido com recursos do FMI do Protocolo de Montreal conseguiu, por meio de suas ações, suspender o consumo anual de 10 mil toneladas de CFCs, evitando o equivalente à emissão de 50 milhões de toneladas de gás carbônico na atmosfera. 

Mais recentemente, as ações implementadas nesta área têm se concentrando na eliminação dos HCFCs (hidroclorofluorcarbonos), através de um programa específico que foca suas ações no desenvolvimento de tecnologias de alta eficiência energética e alternativas de baixo carbono e no reforço de parcerias públicas e privadas. Um exemplo dessas iniciativas é o projeto para substituir os resfriadores que utilizam CFCs e HCFCs em prédios públicos, assim como em equipamentos de refrigeração comercial em pequenos estabelecimentos – como padarias, açougues, mercados, entre outros – por equipamentos de maior eficiência energética e menor potencial de risco de aquecimento global, destruição da camada de ozônio e efeito estufa.

A indústria química, há mais de 30 anos, tem trabalhado em conjunto com governos e as entidades multilaterais para a eliminação dos SDOs. A indústria desenvolveu tanto substitutos químicos quanto tecnologias alternativas para os CFCs e HCFCs. Uma dessas alternativas são os hidrofluorcarbonetos (HFCs). Os HFCs foram necessários tanto tecnicamente quanto economicamente para a eliminação dos HCFCs nos países em desenvolvimento – bem como nos desenvolvidos. Um dos principais desafios a ser enfrentados daqui para frente é substituir os HCFCs por substâncias que não provoquem o aquecimento global, já que os HFCs são também gases que contribuem para as mudanças climáticas.



Samy Hotimsky participou do XV Congresso de Atuação Responsável, realizado pela Abiquim nos dias 12 e 13 de agosto de 2014, como palestrante da sala temática “Repercussões da escassez da água na competitividade da indústria química”, com a apresentação “Mudanças Climáticas – Ações empresariais de gestão: O caso Dupont”. Publicou este texto por indicação de membros da Comissão de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Abiquim.




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