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Produção e vendas internas de químicos sobem em julho, mas caem em relação ao ano passado

Sexta-Feira, 29 de Agosto de 2014

Principal motivo para o crescimento foi a fraca base de comparação a junho, que teve menos dias úteis

De acordo com dados preliminares da equipe de Economia e Estatística da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), o índice de produção subiu 5,17% e o de vendas internas apresentou alta de 5,34% em julho, ambos em relação a junho deste ano. Todavia, em relação a julho do ano passado, os dados são negativos: produção registra queda de 4,46% e vendas internas têm recuo de 10,20%. O desempenho adverso também é verificado nos primeiros sete meses do ano sobre mesmo período de 2013, com recuo de 6,64% e 5,26% nos índices de produção e vendas internas, respectivamente. 

Segundo a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, esses números são consequência da perda de competitividade da indústria local e da fraca atividade econômica, que vem apresentando resultados aquém do esperado. O cenário desfavorável fez com que as principais cadeias demandantes de produtos químicos não tenham registrado boa performance. Nessa mesma comparação, o Consumo Aparente Nacional - CAN (produção + importação - exportação), importante medida de demanda, manteve-se praticamente estável (+0,2%), se forem levados em consideração os produtos da amostra do Relatório de Acompanhamento Conjuntural (RAC). Mas, como vem ocorrendo há algum tempo, as importações dos produtos do RAC cresceram 11,6% de janeiro a julho, sobre igual período do ano passado, aumentando a participação dessa parcela sobre a demanda local, que já chega a 35%, maior nível registrado desde o início dos anos 1990.

Já a utilização da capacidade instalada teve leve melhora em julho, alcançando 81%, três pontos acima da taxa de junho. Entretanto, a média de janeiro a julho ficou em 78%, quatro pontos abaixo do patamar registrado nos primeiros sete meses no ano passado, indicando, assim, elevação da ociosidade do segmento.
Na análise dos últimos 12 meses findos em julho de 2014, sobre os 12 meses imediatamente anteriores, os índices de volume acentuaram os resultados negativos: produção caiu 3,44% enquanto vendas internas reduziram 4,37%. Na comparação dos 12 meses anteriores, findos em junho, o recuo era da ordem de 2,9%. 

O CAN cresceu 3,6% nos últimos 12 meses encerrados em julho, em relação ao mesmo período imediatamente anterior, tendo o seguinte desempenho: produção caiu 3,4%, exportações caíram 9,5%, enquanto o volume importado, dos mesmos produtos, teve crescimento de 10,1%. Além do aumento das importações, a dificuldade de colocação de produtos no mercado internacional evidencia a falta de competitividade.
Fátima Giovanna lamenta o cenário negativo: “Há muito tempo os produtos químicos não têm tido espaço para competir. O setor tem uma forte dependência em relação às suas matérias-primas, escassas no mercado doméstico e, em alguns casos, não competitivas, além dos insumos energéticos, estimulando importações, que já respondem por um dos maiores déficits do setor de manufaturados, de cerca de US$ 32 bilhões”.

Para piorar a situação, o quadro do início deste ano foi agravado pela crise energética, com riscos de um eventual corte no fornecimento de energia e/ou miniapagões, e possibilidade de falta de água, pela escassez de chuvas na região Sudeste. Tais problemas trazem insegurança e acabam encarecendo a produção do segmento, que opera em processo contínuo e não pode parar a produção de forma abrupta, sem um planejamento prévio. A elevação dos custos de produção no mercado interno, associada aos custos da energia e das matérias-primas, bem como as deficiências logísticas e a alta carga tributária, tem impactado sobremaneira o setor químico. Essa situação precisa ser resolvida se o Brasil quiser voltar a receber investimentos em química.



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