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Produção de químicos recua nos primeiros cinco meses do ano, enquanto importações sobem

Quinta-Feira, 26 de Junho de 2014

Produção nacional da indústria química registra queda de 7,07% de janeiro a maio de 2014. Demanda interna é mantida com alta de 11,5% das importações.

Conforme informações preliminares da Equipe de Economia e Estatística da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), apesar da melhora dos volumes de produção e de vendas internas de produtos químicos para uso industrial em maio, a base de comparação inclui os meses de fevereiro a abril, que tiveram desempenho ruim e puxaram as médias acumuladas de janeiro a maio de 2014 para patamares negativos, em relação ao mesmo período do ano passado. O índice de produção retraiu 7,07% e o de vendas internas caiu 2,60% no acumulado dos cinco primeiros meses do ano em relação a iguais meses de 2013. De janeiro a maio de 2014, o volume de Consumo Aparente Nacional (CAN) – medida da demanda interna – teve leve queda de 0,3%, na comparação com os mesmos meses de 2013. No entanto, as importações cresceram 11,5% de janeiro a maio deste ano, sobre igual período do ano anterior. Como a demanda manteve-se praticamente estável, os números mostram que o produtor nacional perdeu uma fatia ainda maior do mercado doméstico para o produto importado.

Além disso, o setor também não está conseguindo vender seus produtos no mercado externo. De janeiro a maio, as exportações, em volume, caíram 13,5%, sobre mesmo período de 2013. Para a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, os resultados evidenciam uma conjuntura crítica que tem se agravado. “Os produtos químicos são altamente dependentes de matérias-primas e de insumos energéticos que estão com preços em patamares muito elevados no Brasil. O resultado dessa falta de competitividade com o mercado externo é refletido no aumento da participação da importação na demanda interna”, analisa. Além dos custos de produção nacional, as deficiências logísticas e a alta carga tributária do Brasil também têm impactado a indústria manufatureira de forma geral. 

Embora a produção tenha crescido em maio (+9,49%) sobre o mês anterior, houve apenas recuperação das perdas verificadas em abril, quando havia sido registrada queda de 8,48%. Em relação a maio do ano passado, o índice de produção teve recuo de 7,07%. As vendas internas subiram 0,46% em maio, mas sobre a base negativa de abril, em que o índice havia exibido queda de 2,16%. Em relação a maio de 2013, as vendas caíram 5,34%. O índice de utilização da capacidade instalada ficou em apenas 78% em maio, quatro pontos acima da média do mês anterior, mas seis pontos abaixo daquela registrada em igual mês do ano passado. Na média dos primeiros cinco meses, a taxa de ocupação está em 78%, quatro pontos abaixo da de igual período de 2013. Segundo Fátima Giovanna, esse resultado expressa a ocorrência generalizada de paradas programadas para manutenção e também reflete a continuidade da falta de capacidade do setor para atender a demanda.  

Apesar do quadro ruim, a diretora espera que as medidas de estímulo à economia, anunciadas na última semana pelo Governo Federal, possam trazer algum alívio ao setor e dar um pouco mais de competitividade à produção local. Entretanto, alerta: “caso não consigamos reverter o quadro, o Brasil poderá caminhar na direção de desestruturar importantes cadeias produtivas, que são dependentes de produtos químicos nas suas bases de produção”.



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