Silicone ganha espaço no mercado de tratamento de água

Quinta-Feira, 14 de Novembro de 2013

No Ano Internacional da Cooperação pela Água, Comissão Setorial de Silicones da Abiquim lembra importância do produto químico no tratamento de água

De acordo com a Comissão Setorial de Silicones da Abiquim, o uso de silicone no tratamento de água e efluentes tem se destacado e ganhado espaço no mercado. Com vantagens técnicas sobre seus concorrentes tradicionais, o silicone quebra com facilidade a espuma resultante dos processos industriais, além de ser uma tecnologia mais limpa e sustentável, de baixo impacto ao meio ambiente. Com quebra imediata da espuma (knock down effect) e com tempo de ação longo (long term effect), os antiespumantes de silicone alteram a tensão superficial da bolha de espuma, tornando-a mais frágil. Nos últimos anos, tem havido um crescimento gradual no uso de silicone como antiespumantes. A indústria tem observado uma demanda do produto principalmente para uso em tratamento de efluentes e no processo de lavagem da fibra, eliminando a espuma, com baixíssimo impacto ao meio ambiente, na indústria de celulose. 

De acordo com a coordenadora de aplicação da Bluestar Silicones, Renata Ferreira, o maior desafio a ser vencido para o aumento do consumo do produto é o de disseminar o conhecimento sobre o silicone para esse fim. “Apesar de o custo ser mais elevado do que o dos concorrentes tradicionais, a dosagem do silicone é muito menor, por ser mais eficiente. Colocando na ponta do lápis, o silicone vale a pena”, esclarece Renata. Além disso, de acordo com a especialista, o silicone não reage com outros produtos químicos ou micro-organismos que possam estar presentes na água a ser tratada. Para a profissional, o produto é uma tecnologia limpa, porque é feita com base em água em baixas concentrações, de 10% a 20%, além de ser usado em pequenas quantidades, poluindo menos o meio ambiente.

Embora o produto possa ser usado para o tratamento de água de origem doméstica, a maior demanda ainda é da indústria. Além das fábricas de papel e celulose, que respondem por boa parte do consumo, as indústrias têxteis, que precisam lavar suas fibras, e de sabão em pó e detergentes são grandes consumidoras do silicone para o tratamento de água.

Em 2013 é celebrado o Ano Internacional da Cooperação pela Água, da Unesco. Em virtude disso, a Abiquim está realizando uma série de reportagens buscando conscientizar sobre a importância dos produtos químicos no tratamento adequado da água.