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Papel da indústria química nas emissões de GEE é tema do Seminário de Mudanças Climáticas
Segunda-Feira, 11 de Novembro de 2013
Em 4 de novembro, a Abiquim, com apoio da Basf, Braskem, Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Conselho Internacional das Associações das Indústrias Químicas (ICCA), realizou o Seminário ‘Mudanças Climáticas: Em busca de soluções sustentáveis’, no auditório da CNI, em São Paulo. O evento contou com um público de mais de 120 pessoas, que assistiram a representantes da indústria química brasileira e internacional, governantes e autoridades de órgãos ligados à preservação do meio ambiente. Entre as autoridades, compareceram o presidente do Conselho Diretor da Abiquim, Henri Slezynger, o presidente-executivo da Abiquim, Fernando Figueiredo, o presidente da Braskem, Carlos Fadigas, a secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Mariana Meirelles, o secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do MMA, Carlos Augusto Klink, o diretor de Sustentabilidade da Braskem, Jorge Soto, e a gerente de Assuntos Regulatórios e Sustentabilidade da Abiquim e Nobel da Paz junto à OPAQ, Nicia Maria Mourão.
Na abertura do evento, Dr. Henri Slezynger destacou a importância da preocupação da indústria química com a redução da emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE) nas cadeias industriais. “A indústria química é a única capaz de criar condições para que outras indústrias e a sociedade em geral possam poupar energia e reduzir as emissões de GEE”, afirmou Slezynger. Em seguida, Carlos Fadigas, declarou que nos últimos seis anos, a indústria química reduziu a quantidade de emissões pela metade, de 550 para 270 quilos de CO2 por tonelada. “De 2005 a 2011, nós conseguimos economizar um bilhão de toneladas de CO2 ano a ano”, comemorou o presidente da Braskem. Mais tarde, Nicia Maria Mourão, gerente da Abiquim, citou três dos indicadores do Programa Atuação Responsável® que também apontam uma redução das emissões de CO2, principalmente em 2012 no Brasil. “Estamos trabalhando a cerca de 60% da média das emissões da indústria química internacional. Isso mostra a eficiência do trabalho da indústria química nacional”, ressaltou Nicia. Segundo os dados, houve uma redução de quase 15% no uso de gás natural, compensado, em parte, pelo uso de combustíveis de origem renovável.
Todos os presentes receberam um exemplar do Guia Executivo ‘Como saber se e quando é hora de empreender uma Avaliação de Ciclo de Vida’. A publicação do ICCA em parceria com a Abiquim orienta quanto ao conceito de ciclo de vida e como e quando deve-se empreender uma Avaliação de Ciclo de Vida (ACV) completa.
No painel ‘Marco Legal Brasileiro de Mudanças Climáticas’, foi debatida a necessidade de investir na área de proteção ao meio ambiente. De acordo com o secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do MMA, Carlos Augusto Klink, a expectativa é de, a partir deste ano, investir-se R$ 5 bilhões por ano no setor. Para o professor Luiz Pinguelli Rosa, o grande atual ator das emissões da indústria química, em geral, é o consumo de energia. O professor destacou a necessidade de promover a parceira entre as universidades e o setor empresarial para desenvolver tecnologias mais eficientes, visando à redução da emissão de GEE. Demetrio Florentino de Toledo Filho, do Departamento de Competitividade Industrial e Plano Indústria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), falou sobre os trabalhos da Comissão Técnica do Plano Indústria (CTPIn), e chamou a atenção para a necessidade de harmonização das políticas estaduais de mudança do clima e de se estabelecer um sistema de informação de GEE, com metodologias sólidas e compatíveis internacionalmente, para o relato de emissões.
O segundo painel debateu os ‘Instrumentos Econômicos Voltados às Mudanças Climáticas: Mitigação e Adaptação’. Na opinião da coordenadora da Câmara Temática de Energia e Mudanças Climáticas (CTClima) do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), Raquel Souza, não basta haver recursos disponíveis, mas garantir o acesso pleno a eles. De acordo com Aloisio Lopes Pereira de Melo, da Coordenação Geral de Meio Ambiente e Mudanças Climáticas do Ministério da Fazenda, os possíveis avanços tecnológicos, instrumentos ou ambiente necessário para que a inovação ocorra são pontos da agenda prioritária da pasta. Conforme garantiu o chefe de Departamento de Meio Ambiente do BNDES, José Guilherme da Rocha Cardoso, o BNDES criou o programa Fundo Clima, vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, que garantirá a destinação de R$ 360 milhões de reais em 2013 para projetos em prol do meio ambiente.
Na segunda etapa do evento, no painel coordenado por Jorge Soto sobre a contribuição da indústria química internacional e brasileira para a mitigação e adaptação às mudanças climáticas foram apresentados os roadmaps sobre catalisadores e construção civil recém lançados pelo ICCA. O diretor de Projetos Estratégicos do Centro de Tecnologia Ambiental da Dow Chemical – Michigan EUA –, Edward Rightor, explicou como os processos catalíticos podem ajudar o setor químico a contribuir com a preservação do meio ambiente. Rightor deu destaque às soluções da química para reduzir as emissões em edificações. Exemplo disso foi dado na apresentação da CasaE, da Basf, pela gerente de Sustentabilidade, Flavia Renata Tozatto. A construção tem o objetivo de mostrar produtos inovadores, desenvolvidos para tornar as construções mais sustentáveis e eficientes, conforme foi detalhado na maquete da CasaE apresentada durante o evento. “A estimativa de redução de energia elétrica é de até 70%. Reaproveitamos a água da chuva e também reduzimos a quantidade de resíduo gerado pela construção”, assegurou Flávia Renata. Em consonância com a ideia da CasaE, Edward Rightor acredita que entre as mensagens-chave para a indústria química nos próximos dez anos deve se considerar a identificação das oportunidades para acelerar a P&D e os investimentos. Para Suzana Kahn, este é o momento de se investir em tecnologias alternativas que não emitam tantos gases, pois a tendência é de elas se tornem usuais. “Trocar as tecnologias depois será muito mais custoso do que pagar mais caro agora e ter um parque industrial moderno e mais adequado para este mercado que tende a aquecer”, analisou Suzana.
O cenário internacional foi dado pelas apresentações de Shigenori Otsuka, do ICCA, e de Felipe Rodrigues Gomes Ferreira, que falou sobre as bases das negociações internacionais dos protocolos e convenções mundiais do clima e da preparação do Brasil para participação na Conferência das Partes sobre Mudanças do Clima (COP-19).
Na saída do Seminário, os participantes receberam a versão digital da publicação Estratégias Corporativas de Baixo Carbono para o Setor Industrial Químico. O material é um guia desenvolvido pela CNI e ICF Internacional, com contribuições da Comissão de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Abiquim, que tem o objetivo de auxiliar, através de um passo a passo, os profissionais que tenham responsabilidades relacionadas ao meio ambiente, gestão de risco, governança e/ou relação com investidores a consolidar a inserção da variável “mudança do clima” na sua estratégia de negócios, alicerçados nos pilares Diagnóstico, Implementação e Divulgação & Engajamento. Desta forma, as empresas químicas brasileiras que adotaram ações poderão consolidar sua posição nas ações de redução e mitigação de GEE, assim como outras empresas identificarão a sua situação nas questões das mudanças climáticas, para que todo o setor industrial químico avance em sua colaboração com o enfrentamento da mudança do clima.
Apresentações
Os arquivos em PDF das apresentações realizadas durante o evento estão disponíveis para download no Espaço do Associado do site da Abiquim. Também será disponibilizado, em breve, na área “Estudos” do Espaço do Associado, a versão digital da publicação ‘Estratégias Corporativas de Baixo Carbono’. Acesse com seu login e senha.
Informações à Imprensa:
Allcomm Partners
Ligia Leme
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Mario Henrique
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