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Abiquim defende competitividade no 5º Fórum Brasileiro do Gás Natural

Terca-Feira, 26 de Outubro de 2021




No dia 19 de outubro, a Abiquim participou do 5º Fórum Brasileiro do Gás Natural, promovido pela ASPACER - Associação Paulista das Cerâmicas de Revestimentos, cujo tema central da edição foi “As Perspectivas do Novo Mercado de Gás Natural no Brasil”.

 

No segundo dia do evento virtual, sob o painel “Competição e Abertura do Mercado Final de Gás”, a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, destacou o quanto o gás natural é fundamental para a química, não só para a sobrevivência do parque instalado atualmente, mas principalmente para a expansão e novos investimentos que ele pode gerar. Hoje a indústria química representa 25% da demanda de gás do setor industrial, incluindo tanto o uso energético, quanto o uso matéria-prima, que transforma a molécula de metano e também os líquidos de gás em produtos de maior valor agregado, aproveitando todas as frações contidas no gás. Fátima pontuou sobre a característica de operação da indústria química, que opera em regime do processo contínuo, característica muito importante para o produtor de gás, uma vez que representa uma demanda firme.

 

“Nossa expectativa é a de que podemos quadruplicar a demanda por gás na química. Hoje estamos falando de um consumo entre 8 e 10 milhões de metros cúbicos/dia, incluindo os dois usos. Como matéria prima, o Brasil tem um enorme potencial de expansão. Ele entra com cerca de 80% dos custos de produção dos fertilizantes, por exemplo, cuja demanda do Brasil hoje é praticamente atendida por importações. O mesmo ocorre com o metano, lembrando que o Brasil já foi um dia autossuficiente nessas duas cadeias, hoje atendidas por importações”, explicou a diretora da Abiquim.

 

Fátima Ferreira enfatizou ainda que não é preciso esperar o crescimento da economia ou sequer a multiplicação do PIB para que se abra oportunidades para o País e para o produtor de gás, pois essa demanda já existe e é suprida pelo mercado externo. “A pandemia também trouxe uma série de questões sensíveis para o Brasil, mostrando que o ideal é sermos mais autossuficientes em cadeias que são consideradas estratégicas e importantes para a segurança nacional. Agora para que isso ocorra, voltamos para uma questão fundamental que é a competitividade”. A diretora ainda complementa: “O Brasil não é formador de preço em praticamente nenhuma das commodities que produz, e sequer formador de preços na química e no gás. Ainda assim tem de acompanhar a lógica internacional se quer fazer parte desse mercado externo. Então é absolutamente importante que todos os envolvidos - produtores, comercializadoras e indústria - se unam para acelerar a agenda regulatória da Agência Nacional do Petróleo (ANP), bem como tudo que está previsto no novo mercado de gás. E que este mercado seja competitivo em todos os elos da cadeia: na molécula, no transporte e na distribuição. Veja o exemplo dos EUA: se de um lado a química americana ressurgiu com o gás, a química viabilizou também agregação de demanda em outros setores, estímulos a novos investimentos, criação de empregos e arrecadação de impostos. Trouxe ainda valor para economia americana que foi a reversão do déficit comercial da química local”.


Participaram também deste painel a diretora executiva de gás natural do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Sylvie D’Apote; o diretor executivo da Gásbridge Comercializadora, Ricardo Pinto; e o gerente de gás natural da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (ABRACE), Adrianno Farias Lorenzon.

 

Informações sobre o evento, clique aqui  

 

Informações adicionais sobre o mercado do gás podem ser obtidas com a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira pelo e-mail: fatima.giovanna@abiquim.org.br