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ESTAGNAÇÃO na indústria química: produção e vendas em 2012 correspondem ao mesmo nível de 2007

Segunda-Feira, 04 de Marco de 2013

A fabricação de produtos químicos no Brasil encontra-se estagnada há seis anos. A elevada ociosidade no setor evidencia a falta de competitividade da indústria local no atendimento da demanda e pode significar, no médio e no longo prazo, desestímulo a novos investimentos. Segundo pesquisa realizada pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), a demanda interna por produtos químicos cresceu 7,1% no ano passado, em comparação a 2007, enquanto que no mesmo período, o Índice Geral de Quantum da produção registrou 0%. Ou seja, a procura interna por produtos químicos aumentou, mas a produção nacional estagnou-se, abrindo espaço para o crescimento das importações.RepequimDe acordo com a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, as empresas só conseguirão investir quando essa ociosidade se reduzir: “esse é um ponto importante e, por essa razão, se faz necessária a adoção urgente de algumas medidas pleiteadas pela Abiquim junto ao Conselho de Competitividade da Indústria Química, como a desoneração de PIS/COFINS sobre a compra de matérias-primas da primeira e da segunda geração, definição de uma política para o uso do gás natural como matéria-prima e adoção do regime especial para a indústria química (Repequim)”.
Importações ainda representam quase 30% da demanda
Apesar da estagnação do setor, os principais índices de volume dos produtos químicos de uso industrial fecharam 2012 com números positivos em relação ao ano anterior. A produção registrou aumento de 2,89%, enquanto que as vendas internas subiram 7,01%. No entanto, o resultado foi influenciado pelo baixo desempenho da indústria química em 2011, fortemente afetada pelos impactos dos apagões de energia elétrica, enfraquecendo desta forma a base de comparação entre os dois períodos. Outro dado que contribuiu para o crescimento dos números em 2012 foi a substituição das importações dos produtos da amostra do RAC (Relatório de Acompanhamento Conjuntural), cujo volume caiu 9,4%. A desvalorização do real frente ao dólar, no ano passado, colaborou para essa modificação no padrão de consumo. Mesmo registrando queda em 2012, as importações ainda representam quase 30% da demanda, sendo que parte desse volume poderia ser atendida por produção local.
Elasticidade em 2013
Em relação a janeiro de 2013, os resultados ainda preliminares indicam crescimento em termos de volume, sobre dezembro: +18,80% no índice de produção e +16,60% no índice de vendas internas. Porém, na comparação com o mesmo período de 2012, a produção deste ano cai 2,03% e as vendas internas crescem 3,96%. Para este ano, as expectativas são de que a indústria química mantenha a elasticidade histórica de crescimento em relação ao PIB (entre 1,25 a 1,5 vezes), porém isto pode significar aumento no déficit comercial, caso os problemas relacionados à falta de competitividade não sejam resolvidos./ Fator Brasil

RESENHA PETRO & GÁS: monitoramento web. Rio de Janeiro, 04 mar. 2013.  Matéria original disponível em: <http://www.revistafatorbrasil.com.br/ver_noticia.php?not=227581>. Acesso em: 04 mar. 2013.