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Notícias Abiquim

PETROQUÍMICA sai do país

Quarta-Feira, 07 de Novembro de 2012

Um dos sinais de perda de competitividade do gás natural no Brasil é o plano de expansão da Braskem. Se aqui a companhia tem em carteira apenas uma planta gasoquímica no Comperj, no exterior já são três projetos a gás natural em avaliação: um no Peru, um nos EUA – que consumirá gás de xisto – e uma planta de polietileno de US$ 3 bilhões, em parceria com a Idesa, que está sendo construída no México. “As empresas estão atrás de matéria-prima competitiva. Os grandes projetos vão para lugares onde há essa matéria-prima competitiva. Se o Brasil não mudar a política atual do gás, vai acabar perdendo o bonde”, comenta a diretora técnica de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna.

Produção de eteno nos EUA 

De acordo com a executiva, o setor químico vem operando com capacidade ociosa de 60% nas indústrias que usam gás como matéria-prima. E a perda de competitividade do insumo é um fator de risco para as margens das companhias, bem como para seus planos no país. Em abril, a Dow – que também fechou unidades em Portugal, Hungria e EUA – decidiu encerrar as atividades da fábrica de di-isocianato de tolueno (TDI), em Camaçari (BA). A decisão foi motivada pela redução de 28% para 14% da alíquota do imposto sobre importação de TDI, num momento de baixa competitividade do setor.  Na contramão, os EUA viram sua indústria petroquímica ressuscitar após o desenvolvimento do shale gas. Nos próximos três anos, é esperado, segundo projeções da Abiquim, um aumento de 11 milhões de t na produção norte-americana de eteno – volume quase três vezes maior que a produção brasileira atual, de 4 milhões de t anuais.  

Urgência

“O desenvolvimento do shale gas dá muita urgência ao tema da competitividade do gás nacional. A liderança brasileira na indústria petroquímica latino-americana, conquistada por seu pioneirismo, pode correr riscos pelo desenvolvimento do shale na Argentina e no México”, comenta o presidente do Conselho Diretor da Abiquim, Henri Slezynger. Hoje a produção da indústria química brasileira não vem conseguindo acompanhar o crescimento do mercado. Com isso, o aumento do consumo vem sendo suprido por importações, sobretudo de Rússia, EUA, Catar e Trinidad e Tobago, países onde o gás chega a ser três vezes mais barato que o do Brasil. / Brasil Energia - Portal


Resenha Petro & Gás, 07 nov. 2012.